Em nosso país, somente uma revista, a Carta Capital, deixa claro que apóia uma candidata à presidência: Dilma Roussef.
É evidente que não existe imparcialidade total na cobertura jornalística, mas por outro lado, alguns candidatos recebem melhor tratamento em alguns veículos. Por exemplo, a revista Veja sempre ignora ou dá pouco espaço para os problemas envolvendo o governo paulista. Já as denúncias envolvendo governos petistas sempre ganham páginas e mais páginas, enquanto escândalos envolvendo governos tucanos raramente podem ser lidos nesta revista semanal, como o caso da Alstom e o governo de São Paulo. Apoiar oficialmente um candidato não significa que as matérias irão propriamente denegrir os outros, mas que a linha editorial daquele veículo está mais propícia à determinada candidatura.
O Editorial da Revista ou do Jornal serve justamente para isto: sabermos qual o enfoque daquele veículo, qual a linha de pensamento do dono do jornal e de seus editores, que assuntos mais priorizam etc. Sendo assim, nada mais justo e natural de que jornais e revistas digam claramente quem estão apoiando na campanha, para assim o leitor saber qual candidato terá mais evidência naquele veículo.
Em um mundo utópico e perfeito, todos os candidatos teriam tratamento igual na mídia, com espaço igual em um jornal, por exemplo. Porém , isto nunca ocorre. O jornal X sempre vai publicar uma foto com um ângulo desfavorável ao candidato Z, uma revista sempre vai publicar em sua capa uma fotografia do candidato Y em uma pose mais favorável, o enfoque de uma matéria no jornal no jornal W sempre vai dar destaque a um dado mais desfavorável sobre o candidato B, ignorando algo positivo sobre ele e por aí vai.
Já que isto ocorre naturalmente, é mais do que interessante para o leitor que os jornais digam claramente quem estão apoiando. Espero que a imprensa no Brasil amadureça a um ponto que isto passe a ser corriqueiro, a exemplo do que a Revista Carta Capital já faz.
Carta Capital: Sem enganar o leitor
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