Oficialmente banidas dos supermercados de São Paulo, as sacolinhas plásticas ainda são utilizadas pelos pequenos mercadinhos de bairro, além de farmácias, açougues, padarias e feiras.
Mais pulverizados no Estado, esses estabelecimentos estão fora do acordo da Apas (associação dos supermercados) --que reúne 90% dos supermercados com mais de um caixa-- e sentem dificuldade para fazer a mudança.
O Mercado de Vila Maria, loja de conveniência que vende de verduras a carnes na avenida Guilherme Cotching (zona norte), preferiu não aderir ao fim da sacolinha porque os fabricantes cobram até R$ 100 por 5kg de sacolas biodegradáveis, enquanto o pacote de embalagens tradicionais sai por R$ 40.
"Para a gente, não vale a pena. Não conseguiríamos repassar esse custo nem vender a sacola", disse Rafael Prata, gerente do Vila Maria.
No Supermercado das Meninas, misto de supermercado e padaria da avenida Conceição, na Vila Paiva (zona norte), o gerente Eduardo Cardoso preferiu utilizar as sacolas oxidegradáveis --tecnologia de degradação no ar que não depende de compostagem-- para distribuir gratuitamente aos clientes.
O preço é praticamente o mesmo, mas os ambientalistas dizem que ela deixa resíduos desconhecidos no solo --os fabricantes contestam.
Cardoso conta que distribuiu mais de cem ecobags como brinde de Natal para os fregueses, mas que poucos deles se lembram de trazê-las quando fazem as compras.
"Se tirar a sacolinha plástica, as vendas podem cair muito aqui. É diferente de um supermercado, em que as pessoas vão com lista para comprar muitas coisas."
Com a produção em menor escala de sacolas plásticas, comerciantes que vendem essas embalagens acreditam que os preços devem subir.
A Embalart, loja de embalagens de Santana, reforçou os pedidos no final do ano passado para manter o preço. "Quem precisa da sacolinha e não ganha mais no supermercado vem aqui comprá-las", disse Everton de Souza, da Embalart.
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