Um ônibus da linha 304 (Colonial-Pça.Afonso Pena) foi incendiado em frente ao acampamento do Pinheirinho, por volta das 23h10 desta segunda (16). A polícia afirma que moradores atearam fogo no veículo, em protesto contra a ordem de reintegração. As famílias que ocupam o terreno alegam que os responsáveis pelo ataque ao ônibus não são moradores do local.
A PM não sabe se havia passageiros dentro do ônibus da viação Saez Peña, no momento em que ele foi parado. Na manhã de hoje, poucos ônibus da empresa estão circulando na cidade e passageiros estão reclamando da demora dos mesmos.
Na madrugada desta terça (17), o advogado dos moradores do Pinheirinho, Toninho Ferreira, afirmou que uma juíza federal concedeu a suspensão da reintegração de posse, na área ocupada. Jairo Salvador, defensor público, esteve no acampamento e confirmou a vitória temporária dos sem-teto.
Cerca de 1.800 policiais militares, incluindo homens da Cavalaria e do Canil, chegaram a cercar o terreno de 1 milhão e 300 mil m² no bairro, mas não entraram.
Durante a tarde desta segunda, a PM usou um helicóptero para jogar panfletos sobre o terreno, solicitando às famílias que deixassem do local e informando que a reintegração de posse já havia sido determinada pela Justiça.
"Cidadão de bem. A reintegração da área do Pinheirinho é uma decisão da Justiça e deverá ser cumprida em breve. A PM não deseja que haja qualquer tipo de enfrentamento. Sua colaboração é muito impotante para que sua família e seus bens estejam protegidos e em segurança. Procure deixar o local antecipadamente, de maneira voluntária. Evitando assim qualquer tipo de desconforto. Estamos comprometidos em proporcionar segurança e tranqulidade a você e ao seus familiares. Polícia Militar do Estado de São Paulo", dizia o panfleto.
Moradores do acampamento tomaram a Estrada do Imperador, comemorando a conquista. Segundo informações, eles irão fazer uma passeata hoje até a prefeitura de São José, para comemorar a continuidade da ocupação.
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