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domingo, 15 de janeiro de 2012

Resenha do filme Sherlock Holmes 2: O jogo das sombras



Com toques na medida certa de humor britânico refinado, lutas e jogos de raciocínio, o detetive britânico mais arrogante e famoso da literatura está de volta. A franquia iniciada em 2009, dirigida por Guy Richie e estreada por Robert Dwney Jr. e Jude Law, que voltam nos papeis de Holmes e Watson ganha sua sequencia, cujo terceiro filme já está em pré-produção. No novo filme, o detetive e seu fiel escudeiro encaram o astucio Professor Moriaty.

Como a primeira aventura de ambos no cinema não empolgou os espectadores, os produtores corrigiram os equívocos do mesmo em “O jogo das sombras”.
A ação da película exige bastante atenção do espectador, para captar todas as artimanhas nas quais Sherlock se envolve, ao desvendar as armadilhas de seus inimigos. O ambiente da Inglaterra do século XIX está perfeito, regado a narrativas em off, diálogos afinados e montagem fragmentada linear. A trama é bastante intrincada, com Sherlock calculando sempre seus movimentos, deixando o público ansioso para ver o que vai aconecer.



A dupla Robert Downey Jr. e Jude Law está mais entrosada e demonstra empenho na atuação. Robert tem seu humor melhor aproveitado no roteiro e o ator mostra seus trejeitos engraçados mesmo sem diálogos: boa parte de sua graça e de seu humor ácido está em seus trejeitos, que integram a personalidade do detetive. Seu sotaque inglês também está mais evidente e natural, além das soluções mirabolantes que ele encontra para os percalços encontrados em sua aventura.

Críticos de cinema em Hollywood especulavam, ao longo do primeiro filme, que Moriarty poderia ser interpretado por Brad Pitt, mas Jared Harris caiu bem no papel, embora falte-lhe um pouco de carisma, que não compromete o enredo.

A batalha final entre ele e Holmes ocorre após uma luta de xadrez, com um antevendo o que o outro irá fazer, tanto no tabuleiro quanto no combate direto, sendo uma das melhores cenas da franquia ate agora.

A cena da fuga pela floresta utilizou alta tecnologia, com uma câmera que grava até mil quadros por segundo ( uma câmera comum faz 24). Correndo com ela através das árvores, vemos a potência dos disparos feitos contra os protagonistas, que passam em alta velocidade destruindo tudo pela frente. Este é o malévolo arsenal que Moriarty quer espalhar pela Europa, cujo plano é destruído aos poucos por Sherlock.

O filme é mais um daqueles que faz uma boa sinergia entre realidade e ficção, pois na história, Moriarty quer iniciar a Primeira Guerra Mundial, a qual na vida real começou um pouco depois da época em que se passa a história.

Como disse antes, a ambientação da época e fantástica. Um dos exemplos disto é o automóvel de Sherlock andando pelas ruas da Inglaterra, em meio as carruagens e chamando muita atenção, por sua grande inovação naquele tempo.

Watson agora casou-se com Mary (Kelly Reilly), com direito a uma hilária cena de casamento, na qual o intrépido ajudante do detetive está completamente bêbado. Sherlock também conta com o auxílio da cigana Simza (Noomi Rapace) e seu excêntrico irmão Mycroft (Stephen Fry). As cenas de ação da atriz sueca são marcadas por uma trilha sonora memorável de ninguém menos que Hans Zimmer, utilizando muitos violinos. Convém ressaltar que a personagem cigana não desperta interesse romântico de Sherlock e falta-lhe algo para o público se interessar mais por ela.

Resumindo, a película tem muito mais acertos do que erros. "Sherlock Holmes- O jogo das Sombras" mantém o personagem carismático, divertido e deixa uma sensação agradável ao sair do cinema.

Trailer:

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