Fazer as compras no supermercado envolverá uma logística mais complexa a partir de quarta-feira, quando as sacolinhas plásticas deixarão de ser distribuídas gratuitamente em São Paulo.
Quem não quiser sair do estabelecimento com as coisas na mão terá de se "lembrar" de levar a sua própria ecobag ou carrinho de feira.
Existem tamanhos, modelos e materiais --papel, pano, lona, juta, plástico, plástico etc.-- para todos os gostos, bolsos e exigências de uso.
Na melhor das hipóteses, o consumidor vai ganhar do supermercado uma caixa de papelão usada (há risco de contaminação) ou, novidade, terá de comprar uma sacolinha biodegradável por R$ 0,19 --alvo das mais ferozes críticas e resistências, respondidas pelos supermercado por um simples "não compre e leve sua ecobag".
Os críticos dizem que essa sacola não resolve o problema porque não há compostagem, capaz de degradar lixo orgânico, no país.
Mas a sacola compostável é a que melhor se adequa à realidade de lixões e de aterros sanitários, onde elas se degradam em dois anos.
Sem coleta seletiva, o plástico vai para o mesmo lugar e demora mais de cem anos para se decompor.
LOGÍSTICA
A logística das compras exigirá também pensar como confinar em um mesmo espaço produtos secos, molhados, comestíveis e perecíveis com artigos de limpeza, inseticidas e líquidos químicos --outra das reclamações.
Quem usava a sacolinha para o lixo ou para coletar cocô de cachorro terá de comprá-la --outra reclamação.
E isso é só o começo da longa saga de responsabilidades, sacrifícios e custos financeiros que virão. Depois vem a coleta seletiva --a meta do país (não é só do poder público) é universalizá-la em 2014.
A mudança é fruto de um acordo dos supermercadistas; não tem força de lei, participa quem quer. Se algum furar não acontece nada, é um acordo.
Por que os supermerdados? Porque eles despejam 90% dessas embalagens no país, daí a iniciativa setorial de "cuidar" desse assunto.
Será assim com todas as cadeias produtivas. O novo marco regulatório dos resíduos sólidos prevê que cada uma defina como retirar de circulação resíduos que produzirem --como os mercados farão com as sacolinhas.
Os supermercados paulistas empurram para os clientes um problema criado por eles próprios, sem repassar aos preços das mercadorias o lucro estimado de R$ 72.000.000,00 mensais que terão. Porque não adotam sacolas de papel como é feito nos Estados Unidos? É a maximização dos lucros!
2 comentários:
Moro em Jundiaí-SP, aqui já faz um ano que tem essa lei. Por coincidencia o pai do vice-prefeito seria sócio da fabrica que faz a tal sacolinha biodegradável.
E os outros itens que também são de plástico: Sacos p/legumes (que o pessoal usa como sacolinha), embalagens te quase tudo, produtos em geral, etc. Serão proibidos???
Esses outros tipos não serão proibidos.
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