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sábado, 16 de abril de 2011

55% da população urbana vê filmes piratas no Brasil



Mais da metade dos brasileiros residentes em áreas urbanas veem filmes piratas, revela levantamento inédito da Associação Cinematográfica dos EUA (MPAA, na sigla em inglês), obtido com exclusividade pela Folha.

O foco principal do estudo são as perdas ocasionadas pela pirataria na economia durante doze meses até o terceiro trimestre de 2010. De acordo com a pesquisa, a compra de DVDs falsificados é a modalidade mais comum, praticada por 45% da população urbana.

Segundo estimativas da MPAA, 456 milhões de unidades de filmes piratas circularam no país no período da pesquisa. O consumo ilegal de filmes ocasionou, por estes cálculos, perdas diretas de R$ 4 bilhões ao setor cinematográfico no país.

O estudo aponta que, por conta da pirataria de filmes, o Brasil deixou de arrecadar R$ 976 milhões em impostos e, se contabilizadas as perdas indiretas, o país teve extraído de seu PIB R$ 3,5 bilhões.

Ainda nas contas da indústria cinematográfica, os danos diretos e indiretos da pirataria à economia podem ser traduzidos na perda de 92 mil empregos no período de um ano.

Realizado a pedido da própria MPAA, que representa os maiores estúdios do planeta, o estudo desconsiderou no balanço das perdas a porcentagem de entrevistados que disseram ter assistido a cópias legais após verem versões piratas (18%).

Segundo a MPAA, 52% dos brasileiros disseram que teriam visto o filme em sua verão legal caso não houvesse a opção pirata.

Pesquisa divulgada pela Federação do Comércio na última terça-feira mostrou que apenas 28% dos brasileiros foram ao cinema em 2010.

PESQUISA

O estudo foi conduzido pelo instituto de pesquisa Ipsos e pela consultoria Oxford Economics. A MPAA promoveu levantamentos idênticos em países da Europa, Ásia e América do Norte -apenas Canadá e Austrália tiveram seus resultados divulgados por enquanto.

No Brasil, foram ouvidas 3.005 pessoas com idades entre 18 e 64 anos. Foi considerado pirataria o ato de assistir a um filme por meio "não autorizados", incluindo download, streaming (transmissão on-line), transferência de cópias piratas de um computador para o outro e até mesmo pegar emprestado filmes piratas.

São representados pela MPAA os estúdios Disney, Sony Pictures, Universal Studios, Warner Brox, 20th Century Fox e Paramount Pictures.

Folha

O número deve ser bem maior.

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