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domingo, 24 de abril de 2011

Acordo prevê fim de sacola plástica em mercados de SP


Acordo entre o governo de São Paulo e supermercados prevê o fim do uso de sacolas plásticas até o fim do ano no Estado. A campanha será oficializada em maio, na feira anual da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
A extinção das sacolas plásticas, que demoram mais de cem anos para se decompor no ambiente, foi acertada entre o governo paulista, as grandes redes supermercadistas -Pão de Açúcar/Extra, Carrefour e Walmart, que têm 35% do setor no Estado- e também as redes pequenas.
São Paulo deverá ser o primeiro Estado do país a banir as sacolas plásticas -já há iniciativas assim em grandes cidades do país.
A medida, entretanto, não tem força de lei e é fruto de um acordo do governo com os supermercados. Feiras e lojas, por exemplo, poderão continuar a dar sacolas plásticas aos clientes.
A partir da data da feira da Apas, os estabelecimentos terão seis meses para deixar de distribuir as sacolas.
Juntamente com as garrafas do tipo PET (usadas em refrigerantes), as sacolinhas são os maiores poluentes de rios e de mananciais no país.
As sacolas plásticas serão substituídas por embalagens ecológicas, confeccionadas com uma espécie de "plástico verde" biodegradável de amido de milho. O material se decompõe em até dois meses. "É um material comestível. Seu filho vai poder comer a sacola", disse João Galassi, presidente da Apas, em tom de brincadeira.

ALTERNATIVAS
Cada sacolinha de milho custará R$ 0,19 -preço de custo- e será vendida nos caixas. A ideia é que a cobrança pelas embalagens diminua a sua utilização. Além da "sacola comestível", os supermercados venderão sacolas retornáveis de pano com a grife de entidades assistenciais, a R$ 1,80.
"Vamos incentivar entidades assistenciais e ONGs a fazer suas sacolinhas retornáveis. Os supermercados também vão comprar essas sacolas para vender no caixa." As caixas de papelão, nas quais o varejista recebe os produtos da indústria, também serão disponibilizadas aos clientes, prática que atualmente já acontece em alguns estabelecimentos.
Antes de levar o programa a todo o Estado, os supermercados testaram o programa em Jundiaí (58 km de SP). A substituição teve forte apoio popular e tirou de circulação 132 milhões de unidades em seis meses, o equivalente a 480 toneladas de plástico.
Estima-se que os brasileiros consumam 12 bilhões de sacolas por ano -média de 63 unidades por habitante.

Com GUILHERME CHAMMAS, colaboração para a FOLHA


Folha de SP-23 de Abril


No final, o consumidor vai ter que pagar mais. Em uma compra grande, vai ter um razoável custo com sacolas. Por que os supermercados não cobrem este custo de 19 centavos por sacola? Não adianta nada tirar de circulação as práticas sacolas de plástico se o consumidor vai ter que pagar por isto. Também nem sempre é prático levar as compras em caixas de papelão.

Comentário do Celso
Embora louvável a iniciativa no que se refere à poluição, porque empurrar para o consumidor o ônus da mesma? Porque não obrigar a estes estabelecimento o fornecimento de sacolas de papel como se faz nos Estados Unidos desde a década de 70? Caixas de papelão são projetadas para acondicionar e suportar o peso dos produtos a elas destinadas.

2 comentários:

Suzy Lacerda disse...

Acredito que deva se chegar a um acordo, dividindo as despesas. Nós consumidores, só queremos sacrifício por parte das empresas. Se queremos deixar um mundo melhor para nossos filhos, temos que também arregaçar as mangas.

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

As empresas são multi-bilionárias, não os consumidores.
Quem tem obrigação de fornecer sacolas ou qualquer outra maneira para transportarmos os produtos que COMPRAMOS com os supermercados são eles e não nós, os consumidores.
As empresas não são coitadinhas. É ingenuidade querer botar a culpa disso tudo no consumidor.