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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Juro para a pessoa física é o maior em 21 meses, diz BC



Os juros cobrados pelos bancos em suas operações de crédito com pessoas físicas subiram para 45% ao ano em março de 2011, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira (27). O crescimento frente ao mês de fevereiro foi de 1,2 ponto percentual, visto que a taxa estava em 43,8% ao ano.
No primeiro trimestre deste ano, a elevação da taxa de juros dos bancos foi bem maior: de 4,4 pontos percentuais. Com isso, atingiu o maior patamar desde junho de 2009, quando estava em 45,6% ao ano, segundo dados da autoridade monetária.

Já a taxa média geral (empresas e pessoas físicas) de juros dos bancos também avançou no mês passado, quando atingiu 39% ao ano, na comparação com 38,1% ao ano em fevereiro deste ano. No trimestre, a taxa subiu quatro pontos percentuais, pois estava em 35% ao ano no fechamento de 2010. Ao mesmo tempo, também cresceram os juros cobrados nas operações com empresas, que passaram de 30,6% ao ano em fevereiro para 31,3% ao ano em março. Nos três primeiros meses deste ano, a taxa subiu 3,4 pontos percentuais.
Início de abril
Os números do BC mostram que a escalada das taxas de juros bancárias teve prosseguimento no começo de abril. A autoridade monetária informou que a taxa cobrada dos bancos nas operações com pessoas físicas subiu 2,1 pontos percentuais em abril, até o dia 12, para 47,1% ao ano. A taxa geral de todas as operações de crédito bancário, por sua vez, avançou 1 ponto percentual no começo deste mês, para 40,1% ao ano. Os juros de pessoa jurídica, porém, ficaram estáveis no início deste mês.
Medidas do BC
A subida na taxa básica de juros cobrada pelas instituições financeiras acontece após a decisão da autoridade monetária, no começo de dezembro, de aumentar a alíquota do recolhimento compulsório dos bancos, retirando R$ 61 bilhões da economia. Segundo pesquisa realizada pelo BC com o mercado financeiro, a medida equivaleu à uma subida da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual.
Além disso, em janeiro, para controlar a inflação, o Banco Central subiu a taxa básica de juros de 10,75%, no fechamento de 2010, para 12% ao ano em abril deste ano, um crescimento de 1,25 ponto percentual. A subida da taxa básica de juros também contribui para pressionar para cima os juros das operações de crédito dos bancos. O objetivo do governo, com estas medidas, é tentar conter a subida da inflação, registrada nos últimos meses.
Principais linhas de crédito
Em março, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial de pessoas físicas somou 174,6% ao ano, com forte aumento de 7,2 pontos percentuais frente ao patamar de fevereiro (167,4% ao ano). No primeiro trimestre, o crescimento foi um pouco menor, de 3,9 pontos percentuais. Com isso, o juro do cheque especial continua sendo um dos mais altos de todas modalidades, juntamente com o cartão de crédito.
Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras somou 47,3% ao ano em março, com queda de 0,7 ponto percentual na comparação com fevereiro deste ano (48% ao ano). No primeiro trimestre, porém, a taxa avançou 3,2 pontos percentuais, informou o Banco Central.
Para aquisição de veículos, os juros médios das operações dos bancos somaram 29,9% ao ano em março, contra 27,3% ao ano em fevereiro. Nos três primeiros meses deste ano, a taxa subiu 4,7 pontos percentuais, pois estava em 25,2% ao ano no fim de 2010.
No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 44,5% ao ano em fevereiro para 44,1% ao ano em março. Apesar da queda contra fevereiro, a taxa avançou cinco pontos percentuais no primeiro trimestre, visto que estava em 39,1% ao ano em dezembro do ano passado. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 29,3% ao ano em março deste ano. Neste caso, a elevação foi de dois pontos percentuais no primeiro trimestre.

G1

Uma dica:
Procure em seu banco um tipo de conta que não paga taxas. No Itaú, por exemplo, existe a IConta. Você só pode utilizar os meios eletrônicos (caixas automáticos e internet, por exemplo) e não paga nenhuma taxa. Todos os bancos são obrigados por lei à terem uma modalidade de conta assim.

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