Os fabricantes de HDs adoram citar termos esotéricos (muitos destes inventados
por eles mesmos) na hora de descrever seus produtos. Felizmente você pode
ignorá-los: há poucas coisas nas quais você deve prestar atenção antes da compra
para ter certeza de que fez a escolha certa.
O que não importa
Recursos que são mencionados por apenas um fabricante: os
fabricantes costumam inventar termos para descrever uma função ou explicar o que
acontece dentro de seus produtos. Por exemplo, “no-touch ramp load technology” é
simplesmente uma forma pomposa de dizer “redução de vibração” e “Intelliseek” é
marketês para “velocidade de rotação variável”.
Isso não quer dizer que estes recursos não sejam importantes, mas que muitos
deles são “enfeites” para fins promocionais que não trazem uma vantagem
competitiva quanto ao desempenho. São grandes as chances de que um HD de outro
fabricante tenha recursos semelhantes, mas os chame por outro nome ou sequer os
anuncie.
O que às vezes importa
Velocidade de rotação (medida em RPM): muitos dos HDs atuais não
especificam mais o número de rotações por minuto, mas ele ainda importa. Um
disco de 10.000 RPM é mais rápido que um de 7.200 RPM, que é mais rápido que um
de 5.400 RPM. O problema é que por enquanto não há um grande foco competitivo
neste quesito.
Entre os fabricantes de HDs para o consumidor, a Western Digital é a única
com um modelo de 10.000 RPM, e ele é um produto de nicho. A maioria dos HDs para
desktops, com a exceção daqueles projetados especificamente com desempenho em
mente, tem velocidade variável que vai de 5.400 e 7.200 RPM, dependendo da
tarefa, e são bons o suficiente para praticamente todos os usos em casa. HDs
portáteis são onde você irá notar a maior diferença, já que nesta categoria há
um grande salto entre um HD de 5.400 e 7.200 RPM. Ainda assim você raramente
verá um HD externo portátil de 7.200 RPM. E se encontrar, pagará bem mais por
ele.
O que sempre importa
Conectores e interfaces: você precisa ter certeza de que o HD que
você está comprando é compatível com seu computador. Isto é ainda mais
importante se você estiver comprando uma unidade SSD ou um HD interno, já que de
nada adianta um HD com conector SATA de 6 Gb/s se seu PC não tem uma interface
compatível.
Entre os HDs externos, procure um modelo com a interface mais rápida que seu
PC puder suportar. Isso geralmente signifa eSATA ou USB 3.0, mas só a USB pode
alimentar o HD sem a necessidade de um adaptador externo. Recomendamos um HD USB
3.0 mesmo que seu computador ainda não tenha uma interface compatível, já que
eles também funcionam em qualquer porta USB 2.0, embora com velocidade reduzida.
São grandes as chances de que seu próximo computador terá USB 3.0, então o HD já
estará “preparado para o futuro” e poderá acompanhá-lo por um longo tempo.
Capacidade: cautela, espaço em disco e canja de galinha não fazem
mal a ninguém. Não caia na besteira de pensar “não vou precisar de tanto espaço”
e compre o maior HD que puder pagar. A diferença entre um HD de 1 TB e um de 1.5
TB pode ser tão pequena quando R$ 50, por 50% a mais de espaço. Invista.
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