Um professor de judô foi preso nesta quarta-feira (20) suspeito de agredir um menino de 13 anos, aluno de uma escola municipal de Cariacica, ao ter se irritado com um funk que tocava no celular do garoto. As marcas da agressão ficaram no rosto e no pescoço do menino. O professor de arte marcial alega ter sido vítima de bullying.
O episódio aconteceu por volta das 8h30 da manhã. Alunos da 6ª série da Escola de Ensino Fundamental Angelo Zani, localizada em Mucuri, foram liberados para o pátio porque o professor de matemática havia faltado. Lá, eles dividiram a quadra com a turma de arte marcial do professor Jeferson Leandro Avelino, de 27 anos, que atua na escola como monitor voluntário do projeto do governo Federal "Mais Educação".
"O professor de matemática faltou e nós fomos liberados para a quadra. O professor estava lá com a turma dele e a gente foi bater bola na outra trave. Coloquei o meu celular para tocar e ele mandou baixar o volume. Eu baixei, mas ele ficou nervoso, segurou meu cordão, tentou me enforcar, me deu um soco e eu caí no chão", conta o menino de 13 anos.
O professor de artes marciais alega que tentou imobilizar o menino para tomar o celular quando recebeu um soco no rosto e revidou. Além disso também disse ter sido vítima de bullying. "Ele me fez bullying. Me chamou de gordo", disse.
A mãe do estudante, que é diarista, ficou revoltada com a situação e alega que a direção da escola não deu socorro ao filho. "Eles facilitaram a fuga do professor, pois ele não estava mais no local, e omitiram socorro ao meu filho. Além de não terem me avisado".
A direção da escola informou que prestou atendimento ao aluno agredido e se colocou a disposição da família para transportá-lo à delegacia para o registro da ocorrência. Na delegacia ninguém da escola acompanhava a família durante o depoimento.
O Professor, que trabalha no projeto do governo Federal há 3 anos, foi preso em casa pelos investigadores da Delegacia de Proteção à Crianças e ao Adolescentes (DPCA), no início da tarde. Na delegacia ele contou que foi ameaçado de morte pelo estudante. " Ele disse que ia me matar com um tiro".
O delegado Marcelo Nolasco informou que o professor vai responder pelos crimes de agressão ao adolescente e também pela exposição vexaminosa a que o menino sofreu na escola. O delegado arbitrou uma fiança de um salário mínimo para que o professor fique em liberdade durante a fase de inquérito.
O valor estipulado foi pago. Jeferson Leandro Avelino vai responder pelos crimes em liberdade. Segundo a Secretaria de Educação de Cariacica o professor foi ouvido pelo diretor da escola, Fernando Araújo, que fez um registro por escrito. O documento foi entregue à coordenadora do programa Mais Educação, pedindo o afastamento do professor do projeto.
A Gazeta
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