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sábado, 2 de abril de 2011
Bueiro explode em Copabacana, no Rio de Janeiro:Cena que se repete há mais de 60 anos
RIO - Um bueiro de ferro foi alçado a uma altura de quatro metros, por volta das 20h desta sexta-feira, na esquina da Rua Bolívar com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, abrindo uma cratera de seis metros de diâmetro e destruindo pelo menos duas pistas da via. A Light informou que houve uma explosão na câmara subterrânea que fica sob a pista central da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Segundo a empresa, as causas do problema ainda estão sendo apuradas. A Secretaria municipal de Saúde informou que cinco feridos na explosão deram entrada no Hospital Miguel Couto. Três homens apresentavam queimaduras e ferimentos em várias partes do corpo. O estado deles é estável, e eles permanecerão internados. Outros dois homens tiveram ferimentos leves, estão sendo atendidos na emergência e serão liberados. Entre os feridos, estava um taxista que passava com o veículo pelo local, e foi atingido pela tampa do bueiro. Outras duas vítimas eram entregadores do Supermercado Zona Sul, e foram identificados apenas como Alessandro e Fernando. A quarta e a quinta vítimas ainda não foram identificadas.
Ao ser socorrido dentro do carro por funcionários do supermercado, o taxista sangrava muito por um ferimento aberto na cabeça. Alessandro foi ferido pedaços de asfalto, e Fernando teve o braço queimado pelas chamas.
O trânsito ficou confuso na região. Segundo o Centro de Operações Rio, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana está interditada na altura da Rua Miguel Lemos até a Rua Bolívar (inicialmente, o fechamento ocorreu na altura da Rua Xavier da Silveira). Policiais do 19º BPM (Copacabana), soldados do Corpo de Bombeiros e técnicos da Light ainda estão no local, pois há riscos de novas explosões. Apesar disso, centenas de curiosos insistem em permanecer no local.
Testemunhas contaram que o cenário na hora da explosão era de guerra, com pânico e correria. Entulhos de ferros, pedaços de asfalto e pedras cobrem parte da Avenida, e o engarrafamento se estendeu por toda a Zona Sul. Houve muita fumaça e aglomeração de curiosos. A explosão foi exatamente embaixo da faixa para a travessia de pedestres. Segundo testemunhas, se o sinal estivesse aberto para pedestres, dezenas de pessoas poderiam ter sido vítimas e até mesmo morrido.
O fornecimento de energia no momento da explosão foi cortado, mas já está restabelecido. Técnicos da Light informaram que um cabo primário de energia e mais um sobressalente ficaram completamente destruídos. Eles afirmaram que não podem investigar as causas do acidente até que a câmara subterrânea seja resfriada.
Moradores do bairro contaram que a luz na região piscou por alguns segundos em uma raio de alguns quarteirões do local, e o barulho pôde ser ouvido da Avenida Atlântica. As pessoas que estavam no cinema Roxy saíram das salas de exibição.
O Globo
Este fato não é novidade e pelo visto há companhia de luz, mesmo com toda a modernidade de hoje, não consegue evitar o problema, o que é vergonhoso. Na rua Fenando Mendes, também em Copacabana, o mesmo fato aconteceu em 1957:
Estamos na Rua Fernando Mendes em Copacabana e vemos os estragos causados não só pelo incêndio dos transformadores localizados na câmera subterrânea mas também por uma forte exposão como podemos observar pelas vidraças do velho Hotel Excelcior quebradas. O fogo é tão forte que além de sair pelos tampões da câmara subterrânea escala pelo poste de ventilação, recurso esse hoje em desuso na cidade.
Fonte
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Um comentário:
Cabe aqui uma correção à reportagem: bueiro é para escoar água pluvial, no caso a tampa de ferro fundido é para cobrir o acesso a um "poço de inspeção".
Mais uma vez, a explosão pode ter causa na manutenção preventiva das instalações elétricas subterrâneas, inexistente para essa péssima empresa, a Light.
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