Pesquisar este blog
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
A praga dos pedágios
A sanha arrecadatória do governo tucano não tem limites. O PSDB e o DEM, que governam o Estado de São Paulo há 16 anos, penalizam o cidadão paulista com o IPVA mais caro do Brasil e as maiores tarifas de pedágio do mundo. Enquanto no restante do Brasil existem 113 praças de pedágio, somente no Estado de SãoPaulo foram instalados 112 pontos de cobrança, desde o início das concessões rodoviárias em 1998. É um pedágio novo a cada 40 dias.
E, a partir de 1º de julho, viajar pelas estradas paulistas vai ficar ainda mais caro. Por autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), os reajustes vão variar de 4,18% a 5,21%. Ao contrário do que muitos pensam, mesmo quem não tem carro ou não circula pelas estradas estaduais acaba pagando pedágio, indiretamente. O custo da tarifa acaba sendo repassado pelas empresas aos produtos, serviços e o transporte coletivo, atingindo toda a população.
Os pedágios afetam diretamente os moradores de 242 municípios paulistas cortados por estas rodovias. Quem precisa ir de Americana a Campinas, diariamente, vai gastar R$ 78,40 por semana. Já quem vai de Americana a São Paulo de segunda a sexta-feira, por exemplo, terá uma despesa de R$ 183,00 a cada semana.
O pedágio em São Paulo é tão caro, que fica mais barato viajar para outro Estado. De São Paulo até Curitiba (PR), através de uma rodovia federal, gasta-se R$ 9,00 em tarifas para percorrer 400 quilômetros. Já para ir de Americana a São Paulo, pouco mais de 120 quilômetros, o custo será de R$ 18,30 a partir do dia 1º de julho, ou seja, mais de 100% de diferença.
Essa disparidade está nos modelos de concessão de rodovias.
O governo do PSDB, em São Paulo, prioriza o montante que as empresas pagam para ganhar a concessão, a chamada outorga. Leva quem pagar mais ao Estado. Esse valor, posteriormente, é repassado aos motoristas.
Já o modelo de concessão colocadoem prática pelo governo Lula prioriza a menor tarifa. Vence quem ofertar o preço de pedágio mais baixo para o usuário. Essa é a grande diferença.
Nosso mandato, com apoio dos demais deputados paulistas, tem buscado formas de amenizar o impacto dos pedágios na vida do cidadão. Infelizmente, o governo Serra-Goldman tem vetado todas essas iniciativas. Foi assim, por exemplo, com a proposta de abater do IPVA os valores gastos com pedágio.
Encontra-se em tramitação outro projeto, que proíbe a cobrança de pedágio nas rodovias estaduais sem que seja oferecida via alternativa ao usuário. Vamos aprovar essa proposta na Assembleia, para que mais uma vez fique carimbado, na testa do governador, que ele é quem não quer reduzir o custo dos pedágios na vida do cidadão paulista.
Deputado Antonio Mentor
Líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário