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sábado, 28 de agosto de 2010

Kajuru se equivoca ao criticar o Programa Bolsa Família



O jornalista Jorge Kajuru apelou para o senso-comum e para a falta de argumentos, no programa do Raul Gil, ao criticar o governo Lula. Ele alegou que preferia "mais educação no país" do que o Bolsa Família. Educação? Ora, o governo federal criou 14 novas universidades federais, escolas técnicas profissionalizantes, criou o Prouni levando mais de 714 mil pessoas à universidade particular etc. Como falar que o governo Lula não investiu em educação?  Kajuru é um jornalista pouco informado. Ele também utiliza argumentos falaciosos, já que o programa Bolsa-Família nunca impediu que o governo Lula investisse em educação. Será que Jorge Kajuru se informou? Obviamente que o governo federal sempre precisa investir mais na educação, mas isto não tira a importância do Bolsa Família e outros programas de transferência de renda.Educação também precisa receber investimentos dos Estados e dos Municípios, é bom lembrar. Mas políticas de transferência de renda e de investimentos em educação não são mutuamente excludentes.
Aliás, uma das condicionais do BF é que as crianças estejam matriculas na escola para que a família receba o auxílio. Falando nisto, uma notícia que  ele não leu:



Segundo o Ministério da Educação, exigência da frequência às aulas por parte do Bolsa Família faz toda a diferença. No ensino médio, a aprovação dos beneficiários do programa é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%). No ensino fundamental, os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82.3% da medida nacional). Os indicadores de abandono no ensino fundamental também revelam um impacto positivo: 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. Já no ensino médio, o índice de abandono é de 7,2% entre os beneficiários, enquanto a média nacional é de 14,3%.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério da Educação divulgaram novos dados revelando que o Bolsa Família tem um impacto positivo na trajetória educacional dos beneficiários do programa. Ao observar os índices de aprovação e abandono escolar dos estudantes da rede pública de ensino, o Ministério da Educação verificou que a exigência da freqüência às aulas por parte do Bolsa Família faz toda a diferença. 

Segundo pesquisa realizada pelo ministério, no ensino médio, a aprovação dos beneficiários do Bolsa Família é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%). No ensino fundamental, os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82.3% da medida nacional). Os indicadores de abandono no ensino fundamental também revelam um impacto positivo: 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. Já no ensino médio, o índice de abandono é de 7,2% entre os beneficiários, enquanto a média nacional é de 14,3%.



As pessoas não recebem o Bolsa Família por serem preguiçosas e sim por em muitos locais viverem em bolsões de pobreza, sem perspectiva de emprego. Kajuru disse que crianças criadas com o BF vão morrer de obesidade e burrice. Isso é ofensivo e ultrajante contra as pessoas que precisam de ajuda do governo. Como falar para alguém procurar emprego ou estudar se não tem o que comer e não tem forças para a nada?
Kajuru deveria ir até o sertão do nordeste, em lugares historicamente pobres, para ver se é simplesmente fácil falar em educação para quem não tem o que comer.
Cursos profissionalizantes para quem recebe o BF existem, assim como 2 milhões de famílias já abriram mão do benefício ao conseguirem emprego.

Ao falar sobre os institutos de pesquisa, Kajuru afirmou que estes dão 90% de aprovação a Lula. Mentira. Lula tem 78% de aprovação. Desacreditar as pesquisas eleitorais sem provas de que eles mentem também é algo irracional e, podemos falar, birrento. Quais as provas ele tem de que todos os institutos mentem?
Nenhuma. A argumentação dele é muito pobre. Ele pergunta para a platéia "quem já foi entrevistado pelo ibope?". Ninguém responde positivamente, mas isto não prova absolutamente nada. A platéia não corresponde ao universo entrevistado pelos institutos de pesquisa, por ser uma amostra muito pequena de pessoas. É uma argumentação com a falácia da incredulidade.

 É como se o TSE (Tribunal Superior eleitoral), todas emissoras de TV e todos os partidos políticos, que contratam pesquisas quantitativas e qualitativas estivessem sendo enganados há décadas pelos institutos de pesquisa e ele, "brilhantemente", tivesse descoberto que todos os institutos mentem e simplesmente forjam as pesquisas. Isto não é jornalismo de verdade, é pseudo-jornalismo, pois não há apuração e averiguação dos fatos. Kajuru obviamente não entende nada de metodologia de pesquisa científica. Quer apenas reforçar o senso-comum de apelar para a platéia, usando um argumento pouco correto e no estilo " eu não conheço ninguém que tenha sido entrevistado pelo Ibope, logo todas as pesquisas de opinião são falsas". Claro que erros de metodologia podem ocorrer e discrepâncias podem acontecer eventualmente, mas daí passar para a afirmação de que todos os institutos mentem é uma falácia. Talvez ele esteja apenas sendo dissimulado e com vontade de aparecer.

Se Kajuru tem alguma prova de que os institutos estão forjando as pesquisas e miraculosamente enganando o TSE e todos os partidos, ele devia apresentar uma denúncia no Ministério Público, levando suas provas. Mas  ele não tem nenhuma prova para embasar suas acusações e ao que parece quer apenas aparecer e polemizar. É uma pena que um jornalista que já teve um bom programa de esportes na Rede TV! agora precise disto: mendigar atenção em programas popularescos e de baixo intelecto para fazer acusações vazias.

Ele afirmou no programa que Lula mandou fechar sua rádio. Ora, quem manda fechar a rádio é o Ministério das Comunicações e não o presidente da república. No mais, será que a rádio de Kajuru não tinha irregularidades? Várias rádios são fechadas por falta de registro, interferência em outras faixas de comunicação etc, nunca por censura, como ele insinuou.




Por fim, exemplos de algumas coisas feitas na área da educação pelo Governo Lula:


Lula inaugura escolas técnicas no Rio
Quinta-feira, 05 de março de 2009 - 15:00


Cabo Frio – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta quinta-feira, 5, três escolas técnicas federais no Rio de Janeiro. Duas são campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, localizados nas cidades de Duque de Caxias e Volta Redonda. A terceira escola, que fica em Cabo Frio, faz parte do instituto federal fluminense.






Nesta sexta-feira, 6, ele inaugura quatro escolas técnicas federais no Espírito Santo. As escolas, localizadas nas cidades de Linhares, Aracruz, São Mateus e Nova Venécia, são campi do Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Espírito Santo.






O investimento total nas três unidades do estado do Rio de Janeiro será de R$ 16,5 milhões. Juntas, trarão 3,6 mil vagas em cursos de educação profissional para o estado. No Espírito Santo, as obras custaram R$ 22 milhões. Juntas, as escolas trarão 4,8 mil vagas em cursos de educação profissional.






As inaugurações fazem parte do cronograma de entrega de escolas técnicas federais que marcam o centenário da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. Serão entregues este ano 100 novas escolas, oferecendo educação profissional gratuita a estudantes do ensino médio e superior. Em cada escola, o investimento total é da ordem de R$ 5,5 milhões. O custeio anual de cada uma das instituições é de R$ 3,3 milhões por ano.


Lula inaugura 78 escolas federais de educação profissional
01 de fevereiro de 2010 • 17h49 • atualizado às 18h40


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (1º) da inauguração simbólica de 78 escolas federais de educação profissional, para ensino médio e curso superior técnico, licenciatura (química, física e matemática) e pós-graduação. As escolas ficam em diversas regiões do país e 32 já estão em funcionamento. As demais entrarão em atividade a partir de março.


Segundo o Ministério da Educação (MEC), até o final do ano, o país terá 380 escolas técnicas com mais de meio milhão de vagas disponíveis.


Na avaliação do pesquisador em educação e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Gaudêncio Frigotto, o governo reagiu positivamente sob a ameaça de um "apagão educacional", no qual setores em expansão da economia temiam a falta de mão de obra qualificada, como, por exemplo, o setor petrolífero, mineral e da construção civil.


Ele, no entanto, assinala que a oferta de cursos profissionalizantes deve ser feita sem perder a qualidade do ensino. "É uma iniciativa muito importante, resta saber se a qualidade que o ensino técnico federal já tinha será mantida. Se sim, excelente", comentou.


Frigotto também espera que os cursos profissionalizante "não enfoquem apenas o mundo do trabalho", disse fazendo referência à formação técnica e humanista dos estudantes.


A mesma preocupação manifestou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão. "Tem que ser uma formação ampla de qualidade, que atenda à juventude. Um ensino não apenas para treinar, mas que proporcione um abordagem que prepare o cidadão."


De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Moreira Pacheco, a abertura de novas escolas técnicas não atende apenas às demandas de mercado, mas toda a cadeia de arranjos produtivos locais.


Segundo ele, a criação das escolas é "baseada em diagnósticos locais", feitos por meio de audiências públicas. O resultado, de acordo com o secretário, é que há uma grande empregabilidade das pessoas (índice de 75% dos egressos) e a maioria dos formados acaba trabalhando em um raio de 50 quilômetros da escola técnica.


Segundo o MEC, até o final do ano os investimentos no ensino técnico terão atingido R$ 1,1 bilhão.


Para quem recebe o Bolsa Família:


Beneficiários do Bolsa Família participam de cursos profissionalizantes




A articulação de ações entre o poder público e o empresariado local em torno de cursos profissionalizantes para beneficiários do Programa Bolsa Família - coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - tem obtido resultados positivos em Nova Lima, município da grande Belo Horizonte (MG). No final de 2008, duas turmas – uma, de formação básica para cozinha profissional, e outra, de mecânica para motos e autos – foram finalizadas. Mais de 50 pessoas receberam qualificação profissional e passaram a ter chances reais de conquistar um emprego.







'Programa Próximo Passo é saída do Bolsa Família', diz Lula
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o Programa Próximo Passo do governo federal funciona como uma porta de saída para beneficiários do Bolsa Família. "Estamos formando as pessoas do Bolsa Família e arrumando emprego para elas", disse, em seu programa semanal Café com o Presidente.


Na semana passada, Lula participou da cerimônia de formatura de 1,2 mil alunos do Próximo Passo na área de construção civil. O objetivo, segundo ele, é que esses trabalhadores sejam empregados em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no Minha Casa, Minha Vida.


Por fim, Kajuru é duas caras. Chamou Raul Gil de "imbecil" em seu programa e agora vai ao programa dele?


Um comentário:

Vera Lúcia de Oliveira disse...

Não assisto ao programa do Raul Gil, porque não faz meu gênero, mas, nas poucas vezes em que assisti ao quadro "Para quem vc tira o chapéu?", percebi que ele é TUNGANO, e como tal, só leva ao programa seus asseclas, que aproveitam pra "descer a lenha" no presidente Lula. Um desses foi o boçal do Tom Zé e hoje, o "Kanjuru", um fanfarrão que só é convidado pra dar entrevistas, devido às idiotices que fala. Não passa de um PALHAÇO! Tenho certeza de que ele conhece a amplitude dos programas sociais do governo Lula, que vc expôs aqui, mas ele precisava puxar o saco do Sílvio Santos, pra ver se consegue uma boquinha no SBT!