Prefeitura incentiva o uso do pagamento eletrônico que é o único aceito no sistema de integração de ônibus em São José
Carolina Teodora
São José dos Campos
Encontrar passes de papel está cada vez mais raro em São José dos Campos e a prefeitura garante: essa modalidade como vale-transporte está com os dias contados na cidade.
Para facilitar o gerenciamento do sistema de transporte público, a Secretaria de Transportes quer incentivar a aquisição pelos usuários do cartão-eletrônico.
A ideia é realizar mutirões em bairros para facilitar a retirada dos cartões. No primeiro semestre foram feitos mutirões no Campos de São José e Eugênio de Melo.
São José dos Campos
Encontrar passes de papel está cada vez mais raro em São José dos Campos e a prefeitura garante: essa modalidade como vale-transporte está com os dias contados na cidade.
Para facilitar o gerenciamento do sistema de transporte público, a Secretaria de Transportes quer incentivar a aquisição pelos usuários do cartão-eletrônico.
A ideia é realizar mutirões em bairros para facilitar a retirada dos cartões. No primeiro semestre foram feitos mutirões no Campos de São José e Eugênio de Melo.
A previsão da pasta é que o passe de papel seja extinto com o aumento das linhas integradas ---que permite o pagamento de uma única passagem por um período de 2 horas em viagens de mesmo sentido. Hoje, das 84 linhas de ônibus da cidade 32 são integradas.
Dolores Moreno Pino, diretora do Departamento de Transportes Públicos de São José, preferiu não dar uma previsão de quando o bilhete de papel vai acabar.
"Será um processo automático na medida em que o usuário perceber que o cartão é mais seguro, dá acesso a integração das linhas e é mais prático", afirmou. "Não temos um prazo definido para integrar as linhas e por isso não tem como saber quanto tempo vai durar o passe de papel".
Os números oficiais da prefeitura mostram que o processo não deve demorar. Este ano, das 235 mil viagens diárias realizadas no sistema de transporte público municipal, 52% são feitas com cartão. Há um ano, este número era de 40% de usuários.
Dolores disse que com o cartão eletrônico o usuário fica livre do risco de comprar passes falsos e ainda tem o valor ressarcido do saldo em caso de perdas.
"Além da vantagem para o usuário é muito melhor para a prefeitura gerenciar o sistema com o uso do cartão eletrônico. Pois podemos saber com precisão informações como quantos usuários estão no ônibus e quais as linhas com maior demanda", disse.
Enquanto isso, vendedores clandestinos que há mais de 10 anos vendem o passe de papel no centro da cidade reclamam da queda nas vendas e do risco de perder a única renda para sustento da família (leia texto nesta página). Tarifa.
A Secretaria de Transportes informou ontem que as concessionárias do sistema Júlio Simões e Expresso Maringá não entregaram este ano o pedido de reajuste da passagem.
O último aumento, que levou a passagem de R$ 2,10 para R$ 2,50, foi realizado em julho de 2009 após pedido das empresas. O valor da passagem de ônibus em São José é considerado hoje um dos mais caros do país.
'Vendedores' sofrem com a falta de passes
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Quem sobrevive da venda de passes de papel em São José reclama da medida da prefeitura e teme perder sua única fonte de renda.
Apesar da atividade ser considerada clandestina, pois as empresas são as únicas autorizadas a realizar a venda, pelo menos 10 pessoas no Centro da cidade sobrevivem desse comércio, alguma delas por mais de 17 anos.
"A prefeitura está pensando só nas empresas, porque para muito trabalhador vender passe é uma complementação da renda que hoje eles não têm mais como garantir", afirmou um dos vendedores de passe da rua 15 de Novembro que não quis se identificar, ele trabalha há 17 anos vendendo passes no centro.
Mesma reclamação tem o vendedor J.A.O., 64 anos. "Minha venda diminui uns 40% nos últimos meses. Está cada vez mais difícil encontrar passe e quando encontro, não consigo vender com a mesma margem de lucro de antes", disse.
Fonte: Jornal O Vale
Comentários:
É injustificável que São José ainda tenha vale-transporte de papel. A culpa é da dupla Emanuel-Cury, já que poderiam ter feito a licitação do transporte em 1997 e não fizeram. O sr. Eduardo Cury quando era secretário de transportes prometeu a licitação e não cumpriu na época. Dois outros pontos importantes: O transporte alternativo precisa estar integrado ao sistema de bilhetagem eletrônica, com catracas. Até onde sei, não existe nenhum motivo para isto ainda não ter sido feito. Também já foi demonstrado que o valor de R$ 2,50 é abusivo. Os vereadores da oposição já provaram que as planilhas de cálculo que as empresas de ônibus utilizam para cobrar este valor estão equivocadas. A melhor solução seria a municipalização do transporte , mas como isto não vai acontecer, espero que a prefeitura resolva logo todas as questões.
Sobre o o desemprego que o fim dos passe de papel pode vir a gerar, a prefeitura poderia oferecer cursos de capacitação profissional para os trabalhadores informais que atualmente dependem da venda de passes para sobreviver ou complementar a renda.
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