Já neste primeiro dia, podemos ter uma noção do que vamos assistir até o final da campanha.
O programa eleitoral de Dilma Roussef desta noite foi melhor que o da tarde. Dinâmico, mencionou várias conquistas do governo atual, como a geração de empregos, o SAMU, as UPAs (Unidades de pronto-atendimento) 24 horas e o contentamento em geral da população com o governo Lula. Em um diálogo, Dilma conversava com o presidente, que apareceu bem mais no programa desta noite e certamente atraiu muitos votos para sua candidata. A qualidade das imagens estava irretocável, com uma edição precisa e que atingiu certamente o eleitor. Os jingles do PT continuam no tom certo. Emotivos, com boas letras, melodias simples e que não cansativos para o eleitor, nada daquela música de campanha pegajosa. Serra vai sofrer justamente por não ter carisma e não ter o apoio de um líder carismático como o presidente Lula. Dilma, é verdade, não tem o mesmo carisma do presidente, mas está se soltando ao longo da campanha, mostrando personalidade e que não entrou para a vida pública recentemente.
Televisão é emoção, precisa entusiasmar quem assiste, mesmo quando apresenta muitas informações. Foi o que faltou à propaganda de Serra.
O PSDB tem um grave problema de marketing. Produz sempre programas com ma narração monocórdia, sem empolgação, citando dados friamente e com o locutor fazendo uma narração em off que tenta criar um clima artificial de amizade com o telespectador. O jingle, que cita o presidente Lula, é pedante e tenta induzir quem ouve a pensar que Serra é o candidato do presidente. Soma-se isto à favela artificial do clipe do jingle e o resultado é um grande fracasso eleitoral.
Sobre Serra, seguem as inverdades de sempre. Quer aparecer como autor dos genéricos, quando o verdadeiro autor é Jamil Haddad. O tucano se intitula também autor do programa de combate à aids que mais teve sucesso no mundo, quando este foi de autoria de Adib Jatene. No mais, a realidade das AMEs (ambulatórios médicos de especialidades) não corresponde ao que foi apresentado na televisão. A marcação de consultas demora meses e as imagens mostradas no programa de José Serra também não condizem com o cotidiano de quem precisa marcar consulta nos ambulatórios do estado de São Paulo. Talvez, se Serra não subir nas pesquisas, só veremos uma mudança nos programas do PSDB-DEM: ataques à candidata do PT. Se fizerem isto, apenas vão acentuar o descontentamento do público com o candidato tucano.
Os partidos de extrema-esquerda, PSOL, PCO, PCB e PSTU continuam batendo cabeça com o estilo "atirar para todos os lados". Utilizam um discusrso que não atrai o eleitor, repetindo sempre as palavras "burguesia" e "banqueiros". Os eleitores querem saber o que foi feito pelos partidos e o que poderá ser feito e não gritaria à qualquer custo.
O programa de Marina Silva veio mostrar o que todos já sabiam: ela só sabe falar sobre meio-ambiente. O programa, curto, tenta ser didático,mas é tedioso. Não demonstra propostas e parece um documentário feito para crianças do ensino fundamental sobre a natureza.
Programa de Dilma Roussef:
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