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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Direita, censura e o medo de Dilma Roussef
Os setores reacionários da direita odeiam saber que Dilma será, muito provavelmente, a próxima presidente do Brasil. Da mesma forma que caluniavam Lula, afirmando que se ele virasse presidente o país se tornaria uma república comunista, agora tentam fazer o mesmo terrorismo com a candidatura da ex-ministra da Casa Civil. Dizem que o PT quer implantar a censura contra a imprensa, mas nunca se venderam tantos jornais e revistas no país.
Quantas revistas foram apreendidas a mando do governo federal? Quantos jornalistas foram presos? O número de internautas também aumentou e nunca foi tão fácil adquirir um plano de banda larga.
É até engraçado ver setores da direita dizendo que Dilma vai censurar a imprensa, sendo que a mesma direita é a que sente saudades da ditadura militar, que apreendia jornal na banca, prendia e matava jornalista e fechava veículos de comunicação.
Em 1989 e até em 2002, afirmavam que os investidores sairiam do país e alegavam que o governo Lula transformaria o Brasil em uma república comunista com o Foro de São Paulo, dentre outras mentiras. Hoje, às vésperas da eleição, a direita vê que seu candidato José Serra se demonstrar um retumbante fracasso e precisa apelar para o discurso do medo e do terror.
Não podemos negar que existe o Foro de São Paulo, que reúne partidos de esquerda da América Latina. A direita, que não suporta ver debates democráticos na esquerda, inventa mentiras sobre o PT e o Foro. Grupo que aliás fica na esfera da discussão teórica e ideológica e nunca atentou contra a democracia de nenhum país. As FARC de fato já dizeram parte do Foro, antes de infelizmente enveredarem pelo caminho da luta armada. Depois disso, em 2005, não foram mais convidados para o Foro.
O fato é que Dilma tem compromisso com a democracia e a liberdade de imprensa, pois assim como Lula, sabe que os jornais são importantes para o Brasil. Veículos como Folha de São Paulo, Veja e O Estado de S. Paulo tiveram total liberdade para criticar o governo do PT, mesmo que nem sempre as críticas foram justas.
Sendo assim, o discurso paranóico, reacionário e delirante da direita brasileira contra Dilma Roussef não passa de um eco de sua incompetência. A direita, após Fernando Henrique Cardoso, o PSDB e o DEM não foi capaz de apresentar uma candidatura à presidência que demonstrasse a viabilidade de suas idéias para melhorar o país. Então o que resta aos tristes direitistas é apresentar um candidato à vice-presidência como Índio da Costa, genro do banqueiro preso Cacciola, que afirma sandices do tipo " O PT apoia o narcotráfico".
Pobre direita. Sem discurso, sem propostas e sem futuro.
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