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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
HORROR: Outra criança morre em acidente com jet ski
Um menino de 9 anos morreu em acidente com jet ski por volta das 13h40 deste domingo (26) na Prainha Tahiti, na Represa Billings, em Ribeirão Pires. Mitchell Guilherme Pereira de Carvalho estava em um bote inflável amarrado à embarcação, que era pilotada pelo pai, o coordenador de transporte coletivo Antonio Edvan Moreria Carvalho, 40. O bote se chocou contra a pilastra de sustentação de uma ponte na Rodovia Índio Tibiriçá.
Em depoimento aos policiais militares que atenderam à ocorrência, o pai declarou que o acidente foi causado por outro jet ski, que passou próximo ao bote e provocou uma onda. A embarcação onde o menino estava foi de encontro ao pilar, no qual Mitchell bateu a cabeça. Ele foi socorrido pelo pai e levado ao Hospital Ribeirão Pires.
No mesmo bote estava Maxwell Pereira da Silva, 14 anos, primo de Mitchell, que escapou do acidente sem ferimentos. Ele estava do lado do bote que não atingiu o pilar. Segundo integrantes da Capitania dos Portos que estiveram em Ribeirão Pires para avaliar o caso, o bote inflável só poderia levar uma pessoa. Porém, não quiseram entrar em detalhes.
Abalado, o pai disse que não queria que o filho tivesse entrado na água, mas que o levou a um passeio por insitência de Mitchell. Segundo ele, o jet ski foi comprado em sociedade com Gilberto Fales Lira, 37. Este o aguardava em um pier, a cerca de 1,5 quilômetro de onde aconteceu o acidente.
Representantes do Clube Náutico Tahiti, próximo ao local do acidente, estiveram na delegacia para dar esclarecimentos. Eles informaram que o acidente ocorreu fora dos limites do espaço de lazer. No entanto, a entrada e a saída para a represa são feitas por dentro do clube.
MARINHA - O pai do garoto apresentou documentação do barco registrada na Capitania dos Portos em 2008. Os representantes da Marinha não disseram se o documento está dentro da validade nem se o pai do menino tem licença para pilotar o jet ski.
Segundo o delegado André Rodrigues, que não é o responsável direto pelo caso, o pai provavelmente será indiciado por homicídio culposo (sem intenção). Antonio Edvan deverá responder ao processo em liberdade, mediante pagamento de fiança de R$ 630.
A família é da Vila Matilde, na Capital, e tinha ido passar o domingo na represa. O velório e o enterro serão no Cemitério da Vila Formosa. Até o fechamento desta edição, o delegado responsável pelo caso, Roberto da Silva, não tinha se pronunciado sobre o acidente.
Fiscalização sobre embarcações na represa é falha
Reportagem publicada pelo Diário em novembro apontava que a fiscalização sobre o uso de jet skis e barcos na Represa Billings é falha, e que os pilotos colocam em risco a vida das pessoas que procuram o local para lazer. Isso porque desrespeitam a distância mínima entre embarcações a mortor e banhistas, que é de 200 metros. À época, a Marinha informou que a Billings é inspecionada periodicamente, cumprindo planejamento da Capitania dos Portos.
No entanto, bombeiro que costuma trabalhar na Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, disse ser "rara" a presença de funcionários da Marinha para fazer a fiscalização.
Em maio, o garoto Everton Nunes dos Santos morreu afogado após cair de um jet ski em braço da Billings, em São Bernardo. Ele e um amigo teriam pedido a um homem que os levasse a um passeio. O jet ski virou, o piloto tirou um dos meninos da água, mas não conseguiu resgatar Everton.
Há uma semana, menina de 3 anos foi morta em Bertioga
A Polícia Civil de Bertioga, na Baixada Santista, deverá iniciar hoje a perícia no jet ski que atropelou e matou a menina Grazielly Almeida Lanes, 3 anos, no dia 18, na Praia de Guaratuba. A perícia não havia sido realizada até ontem porque a polícia aguardava a chegada de um perito com conhecimentos náuticos.
A perícia deverá esclarecer se a embarcação apresentou falha mecânica ou se houve falha humana. O jet ski, que foi acionado pelo menor V.A.C, 13, está registrado em nome da Central de Energia e Tratamento de Reciclagem da Amazônia, que seria de propriedade do padrinho de V.A.C., José Cardoso.
Em depoimento, o adolescente assumiu que acionou a embarcação e que teve autorização de Cardoso para usar o equipamento.
O advogado da família de Grazielly, José Beraldo, disse que vai solicitar à polícia o depoimento de I., 13, que acompanhava V.A.C no momento do acidente. (Da AE)
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