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terça-feira, 18 de maio de 2010

Marina Silva:Traidora de sua história, inimiga dos índios


Fonte da montagem:Blog Agência assaz atroz


Índios atacam exploração apoiada por Marina Silva


Defendida pela senadora Marina Silva (PV-AC), a exploração comercial de um fruto típico do Acre gerou um processo judicial por biopirataria contra a Natura. A gigante do setor de cosméticos tem relações próximas com a pré-candidata do PV a presidente.
A empresa é ré em uma ação do Ministério Público Federal na Justiça Federal do Acre em razão do suposto aproveitamento ilegal do fruto do murmuru, que é usado na produção de xampus e sabonetes.
A acusação é de uso comercial a partir do conhecimento tradicional do fruto pela etnia ashaninka, que vive na fronteira com o Peru.
Em 2001, o murmuru constava de um acervo de plantas do Acre levado por Marina à Natura, para possível exploração econômica. Em 2003, foi assinado um termo de compromisso nesse sentido entre a empresa e o governo do Acre, intermediado pela senadora.
A Natura é considerada exemplo de compromisso com o meio ambiente por Marina. Juntando doações da empresa e de seus diretores, foi a segunda maior contribuinte da última campanha da senadora, em 2002, com R$ 30 mil. Seu presidente, Guilherme Leal, é mencionado como possível vice na provável chapa de Marina em 2010. A maior doadora foi a Pirelli, com R$ 50 mil.
Em agosto de 2007, a Procuradoria entrou com ação contra a Natura e mais duas empresas de cosméticos, em nome dos índios, cobrando compensação financeira. "A Natura, embora negue, acessou conhecimento tradicional sobre o murmuru. [...] Não é digno de crença que, como gigante do ramo, não tivesse obtido dados a partir dos resultados das pesquisas junto aos ashaninkas", diz a ação.


"Uso indireto"
A base legal da ação é a medida provisória 2.186, de 2001, que assegura às comunidades indígenas "benefícios pela exploração econômica por terceiros, direta ou indiretamente, de conhecimento tradicional".
No caso, a Natura é acusada de "uso indireto", uma vez que o conhecimento teria sido repassado por um pesquisador que trabalhou com os ashaninkas nos anos 1990.
A empresa diz que teve acesso ao princípio ativo do murmuru na "vasta literatura científica" sobre o tema. A Procuradoria rebate que essa literatura baseou-se nas tradições dos ashaninkas, o que não isentaria a empresa de pagar pelo uso.
"Se você entrar na floresta procurando a esmo plantas, vai passar um século até achar algo. É evidente que foi pelo conhecimento dos ashaninka que se chegou ao murmuru", diz o procurador Anselmo Lopes.
A promotoria pede que os réus paguem 50% dos lucros obtidos com a venda dos produtos à base de murmuru como compensação. Ainda não há data para o julgamento do caso.

Fonte

Comentários:
Marina Silva atualmente é uma hipócrita, demagoga e traidora de sua história. Já em 2009, apoiou esta empresa possivelmente em troca de boas verbas para financiar sua campanha, até o presidente da Natura ser escolhido seu vice.
Uma pessoa minimamente coerente com sua trajetória jamais apoiaria a exploração dos índios. Ainda bem que Marina não tem nenhuma chance nessa eleição. Talvez para ela índio bom seja o índio quietinho, que não reivindica nada e se dispõe à aparecer ao lado dela diante das câmeras. Após esta eleição, o mais provável é que ela caia no esquecimento e volte para o Acre.




3 comentários:

Leila Soraya Menezes disse...

Apenas para balizar o seu post, seria fazer juz ao seu jornalismo publicar igualmente a "Nota de Repúdio" do povo Ashaninka, publicada no blog http://apiwtxa.blogspot.com, no dia 04/09/2009:

Nota de Repúdio

Repudiamos a matéria da Folha de São Paulo "Índios atacam exploração apoiada por Marina", que tenta atrelar à Senadora Marina Silva um caso de desrespeito a nossos direitos que na realidade nada tem a ver com ela.

Nossa briga é com um pesquisador e empresas que utilizaram indevidamente nosso conhecimento tradicional, e a senadora não teve nenhuma participação nisso.

Marina é nossa aliada de longa data, e sempre defendeu os interesses dos povos indígenas e dos Ashaninka.

A comunidade Apiwtxa do povo Ashaninka do rio Amônia lamenta que a Folha de São Paulo cite esse caso tentando envolver a Senadora Marina Silva.

A comunidade Apiwtxa do povo Ashaninka do rio Amônia lamenta, igualmente, que uma luta tão importante para o nosso povo, e para todos os povos que lutam para ver respeitados os seus conhecimentos tradicionais, tenha sido citada tão levianamente pelo jornal Folha de São Paulo."

Comunidade Apiwtxa do povo Ashaninka do rio Amônia, Aldeia Apiwtxa, 4 de setembro de 2009.


http://apiwtxa.blogspot.com/2009/09/nota-de-repudio.html

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes-Jornalista disse...

Cara Leila:
O fato é que existem bons indícios de que a Natura explorou os índios.
Marina Silva lavou as mãos diante deste fato e mesmo com acusações tão graves contra a
empresa, colocou o presidente desta como seu vice.

Leila Soraya Menezes disse...

Obrigada por sua resposta.

No entanto, e mesmo não sendo da área do Direito, sugiro a leitura atenta da Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF), que acusa ao empresário Fábio Dias Fernandes (proprietário da empresa Tawaya, de Cruzeiro do Sul, AC) de se apropriar indevidamente de conhecimentos tradicionais da etnia indígena ashaninka. A acusação de biopirataria refere-se ao uso do ativo de murmuru (Astrocaryum ulei Burret), cujo conhecimento teria sido obtido ilicitamente pelo senhor Fabio Dias que, ao patentear e comercializar a pasta e o sabonete de murmuru, acabou por envolver em crime tanto a Natura quanto o INPI, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Daí ser possível entender a Nota de Repúdio assinada pelo povo Ashaninka.

A Ação Cível é pública, e pode ser acompanhada aqui: http://www.trf1.gov.br/Processos/ProcessosSecaoOra/ConsProcSecaopro.php?SECAO=AC&f=1&proc=200730000021173&data=251626

Veja lá!

Abraços,
Leila