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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estados Unidos vão apoiar sanções contra Coreia do Norte





O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que Washington deve apoiar a Coreia do Sul em suas medidas contra a Coreia do Norte, inclusive pedidos de sanções contra o regime norte-coreano no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), informou a Casa Branca em comunicado.



Obama disse ainda que a política externa dos EUA em relação ao regime de Pyongyang deve ser revista. "Esta revisão visa a assegurar que tomemos as medidas apropriadas e identifiquemos zonas onde seja necessário realizar ajustes", afirmou o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs.
Entre essas medidas, a Casa Branca considera apropriada a aplicação de sanções restritivas a Pyongyang.

O anúncio chega após Seul ter confirmado que pedirá ao Conselho de Segurança da ONU que adote sanções contra Pyongyang pelo ataque contra a corveta Cheonan, torpedeada por um submarino norte-coreano, afirmou nesta segunda-feira (14) o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak.
O presidente também anunciou hoje a suspensão total de suas relações comerciais com a Coreia do Norte, e deixou claro que reagirá militarmente a qualquer outra ação de Pyongyang.
Em mensagem em cadeia nacional de TV, Lee anunciou ainda que Seul impedirá o tráfego de navios norte-coreanos pelas rotas marítimas do Sul.
Na sexta-feira passada, o ministro sul-coreano da Defesa, Kim Tae-Young, afirmou que Seul faria Pyongyang "pagar" pelo ataque à corveta.
Uma investigação internacional sobre o naufrágio da Cheonan revelou que o navio foi torpedeado por um submarino norte-coreano.
A corveta de 1.200 toneladas explodiu e naufragou em 26 de março passado, matando 46 marinheiros, quando se deslocava na zona da ilha de Baengnyeong, no Mar Amarelo, na fronteira marítima com a Coreia do Norte.
Pyongyang nega qualquer envolvimento na explosão da corveta.
A tensão na península coreana aumentou após as investigações sobre o naufrágio da corveta Cheonan revelarem o envolvimento de Pyongyang. Em reação às declarações de Seul, o regime ameaçou retaliar com guerra caso sofresse punições pelo vizinho do sul.
Na última quinta-feira a Pyongyang acusou a vizinha Coreia do Sul de fabricar provas para implicar o país no naufrágio da corveta e alertou ainda que qualquer tentativa de retaliação pelo naufrágio será respondida com uma guerra.
Reações
O governo chinês repetiu nesta segunda-feira (24) seu apelo para que todas as partes envolvidas na tensão entre as duas Coreias exerçam "calma e prudência" após a escalada de tensão na região.
O incidente com o Cheonan deve ser tratado "de maneira justa e objetiva", "assim como outros assuntos internacionais", disse o porta-voz do ministério do Exterior da China, Ma Zhaoxu.
No Japão, a movimentação na península coreana fez com que o premiê voltasse atrás de uma decisão prévia, optando pela manutenção de uma base dos Estados Unidos em Okinawa.
O premiê Yukio Hatoyama justificou hoje sua decisão ao assegurar que a aliança com Washington é "de suma importância, levando em conta a atual situação na península coreana e na Ásia", informou a agência local "Kyodo".
Hatoyama fez esta afirmação um dia após divulgar um plano pelo qual a base aérea de Futenma, no sul de Okinawa, será transferida para o norte da mesma ilha, apesar de durante sua campanha eleitoral ter se comprometido a tirá-la de Okinawa e inclusive do Japão.
O premiê se referiu assim à tensão entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, depois que Seul acusou na quinta-feira passada Pyongyang de torpedear em março uma de suas corvetas e matar 46 marinheiros.
Após esse fato, o Governo japonês defendeu a importância de sua aliança com os EUA e sua presença militar no arquipélago para garantir a segurança e a estabilidade na região.
Hatoyama assegurou hoje que o novo pacto que vai ser concretizado com Washington terá "um novo marco de trabalho" no qual se dará "plena atenção ao meio ambiente e à segurança dos moradores".



Comentários:
De um lado, temos a agenda capitalista e imperialista querendo se impor à qualquer custo, com os EUA querendo que os norte-coreanos sejam democratizados à sua maneira e não à gosto do freguês. Do outro, temos um regime comunista que sofre fortes sanções dos EUA e o resto do mundo. Quando o comunismo está no ponto que agrada os americanos, como a China, eles negociam pacificamente e não reclamam do regime. Quando este não concorda com a agenda norte-americana, são os primeiros a protestarem. Os Estados Unidos também não se incomodam com os regimes sauditas, que são seus aliados e reprimem fortemente as mulheres, por exemplo. Com tudo isto, cria-se uma tensão desnecessária. Se acabassem as sanções econômicas à Coréia do Norte, o até certo ponto "radicalismo" deste regime não iria resistir por muito tempo.
Apesar da troca de ameaças, não creio que isto se transforme em um conflito nuclear, pois a Coréia do Norte seria derrotada facilmente. Coreanos do sul e do norte têm a obrigação histórica de negociar, em vez de ficarem em uma inócua disputa de egos e orgulho. Seria bom se os norte-coreanos tivessem acesso à democracia partidária e à liberdade de informação e expressão ocidental? Sim, mas eles mesmos devem atingir isso, sem imposição da grande águia americana.



2 comentários:

Athena disse...

E não nos podemos esquecer que a divisão da Coreia foi obra dos EUA. Logo,eles são os grandes responsáveis pelas tensões entre norte e sul.

Anônimo disse...

e será ke a Coreia N é esse inferno todo ke a midia diz ??