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sábado, 15 de maio de 2010

"Segurança nacional" tem roteiro razoável, mas diverte

Thiago Lacerda: Cumpre bem o papel de herói da pátria

O filme "Segurança nacional", dirigido por Roberto Carminati, tenta trazer para o Brasil uma trama comum no cinema-norte americano, com muito terrorismo, patriotismo e participação ostensiva do exército na história. A história gira em torno do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) e sua importância no combate aos aviões dos narcotraficantes que transportam drogas para o Brasil. Em um papel um pouco canastrão e totalmente inspirado nos heróis militares de filmes americanos, Thiago Lacerda faz o papel de Marcos Rocha,  agente especial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Com suas investigações, o presidente Dantas, vivido por Milton Gonçalves, precisa dar as ordens e comandar as estratégias para combater o terrorismo nuclear de um grupo de traficantes, que na vida real poderia ser uma mistura de Cartel de Medelin com FARC. Ângels Vieira tem uma atuação mediana como a diretora da Abin Glória, que aparenta acumular mais funções do que alguém em tal cargo teria na vida real.


O lado fraco do filme fica justamente por conta das cenas de Marcos Rocha com sua namorada Fernanada, vivida pela pouco conhecida atriz Vivian Victorette. As cenas parecem ter saído de qualquer novela da Globo, chegando a cansar até os noveleiros que estiverem no cinema. O destaque da atuação vai obviamente para Milton Gonçalves, papel no qual os roteiristas certamente se inspiraram no presidente Lula. Em uma cena, o então presidente Ernesto Dantas chega para um evento e é saudado e abraçado por crianças, que estão devidamente acenando bandeiras do Brasil. A analogia com a popularidade de Lula é inevitável.
Algumas partes da história são sem pé nem cabeça. Talvez por ser um dos maiores financiadores do filme, Santa Catarina aparece como um local estratégico para o governo federal, com direito à base subterrânea para o presidente se esconder em um centro de operações e estado onde acontece boa parte do desenrolar da história.
Para quem gosta de cenas de exército e aeronáutica, o filme é espetacular. As cenas dos aviões da Força Aérea, como o vôo dos Supertucanos e da esquadrilha de jatos F5 são muito bem feitas, com um toque de "Top Gun" no melhor estilo cinema hollywoodiano, principalmente pelos closes nos pilotos e nas turbinas dos aviões. Os momentos de ação do exército, onde os soldados dominam os traficantes e salvam os reféns também foram muito bem gravadas e são bastante realistas.
Apesar do roteiro não ser um primor, o filme diverte e mostra um pouco do cotidiano da vigilância do território amazônico feito pelo SIVAM , pela FAB e pelo Exército. Vale o ingresso.






O presidente Ernesto Dantas





Supertucanos: ação no melhor estilo "Ases indomáveis"


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