Pesquisar este blog

sábado, 20 de março de 2010

Marina Silva e suas propostas descabidas

O que virá depois, Marina? O bolsa-carro voador?



Disposta à conseguir um lugar no segundo turno das eleições presidenciais de outurbro, Marina Silva atingiu o ápice do absurdo ao propor algo completamente utópico:




"Colaboradores e especialistas envolvidos na elaboração do programa de governo da pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), decidiram incluir na proposta duas ideias novas no debate político brasileiro: a substituição de toda a frota de táxis do país por carros elétricos..."


Fonte: Partido verde


Para começar, a indústria automobilística ainda não possui modelos 100% elétricos de boa autonomia, que seriam fundamentais para os taxistas. A Chevrolet possui um modelo a ser lançado no ano que vem chamado "Volt", mas obviamente terá um custo fora da realidade brasileira. Outro problema: O abastecimento de eletricidade. Todas as cidades com táxis, que nessa proposta dela deveriam ser elétricos, deveriam possuir postos de recarga das baterias, o que exigiria um investimento exorbitante e que não possui demanda o suficiente. Abririam postos só para os táxis, em todas as cidades? Improvável. Quais modelos de carros elétricos Marina quer trazer para o Brasil? Como obrigar que taxistas invistam tanto em algo cuja tecnologia ainda não está pronta?


Mais uma questão crucial: E a manutenção? Como e onde fazer a manutenção de toda uma frota de taxis elétricos em nosso país, sendo que o carro elétrico nem sequer é uma realidade economicamente viável aqui, muito menos em países com pesquisas avançadas para este tipo de veículo como os EUA?


Em Israel, a partir de 2011 uma pequena frota de carros elétricos estará disponível. O projeto é pioneiro, demanda mais de 1 bilhão de dólares e pode ter sucesso à médio prazo em um país de pequena escala. Como aplicar isso a um país desigual como o Brasil?


Existiriam talvez outra opções. Este pequeno veículo ou este carro da FIAT, que nem sequer foi lançado. De qualquer forma, como recarregá-los?




Trecho de uma matéria sobre os carros elétricos israelenses:

"Segundo o diretor as empresa responsável pelos carros, o carro elétrico também pode significar independência da importação de petróleo de países com regimes extremistas. Em 2011, a empresa pretende ter pelo menos cem estações e milhares de postos de recarga espalhados por Israel.

Quando o projeto for implantado comercialmente, os consumidores vão notar outra diferença. Os carros elétricos não vão estar à venda nas concessionárias, como os carros regulares. Vai ser preciso se tornar assinante da empresa. No pacote da assinatura estão incluídos o carro, as estações de recarga, baterias e toda a rede de infraestrutura."



Será que a turma do cada vez mais utópico partido verde pensa que isto é viável no Brasil? Se sim, de onde viria o dinheiro? Como aplicar isto em nosso país? Gostaria de ver os detalhes técnicos sobre esta proposta descabida, quando Marina-amiga-da-exploração-de-índios-pela-natura Silva lançar seu programa de governo.
Alguém poderia alegar que esta é uma proposta para longo prazo. Ainda assim, precisam demonstrar sua viabilidade técnica e econômica.


Resumo da história: Marina e sua turma propõem algo que não existe nem sequer nos países desenvolvidos. Em vez desta proposta de faz-de-conta, ela poderia propor que os táxis que fossem movidos à gás natural tivessem algum benefício, como isenção de IPVA.
Outra questão interessante: Táxi não é transporte de massa. Propor algo similar para os ônibus, pensando em uma frota nacional de ônibus elétricos e/ou híbridos seria bem mais interessante.


Ônibus híbrido nacional: movido a eletricidade e diesel-boa alternativa para o transporte público de massa





Estimular o uso do táxi é estimular os engarrafamentos, queira ou não.


Se um político propõe um grande salto, maior que a sua perna, deve explicar como vai fazê-lo. De onde Marina vai tirar o dinheiro para implantar no Brasil uma tecnologia ainda em desenvolvimento e que nem sequer virou realidade em países desenvolvidos? 
Esta proposta mais parece uma daquelas demagogias patéticas que vemos em tempos de eleição, como quando Geraldo Alckmin, durante a campanha para a presidência de 2006 afirmou que venderia o avião presidencial para construir hospitais.




Página sobre ônibus híbridos


Revista híbrida



Um comentário:

Julio Cezar Cruzeta disse...

Alguém deveria avisar a Marina que este papel ridículo ao qual ela 'se entregou' fará um tremendo estrago em sua biografia.

Entrar nessa canoa furada dos ecochatos eu entendo, afinal existe um 'apelo' mundial nesse sentido, até na 'mundo dos Jetsons', mas pelo menos deveria evitar que um bando de idiotas manchem toda sua história de luta em prol de um país com mais justiça social.