Tenho visto muita gente desesperada dizendo que " o fim dos tempos está chegando", por causa dos recentes terremotos. Postemos uma notícia para acalmar os desesperados:
Depois dos últimos terremotos no Haiti e no Chile, muita gente anda se perguntando se a quantidade e a intensidade dos tremores não está aumentado. Mas especialistas consultados pelo R7 dizem que tanto a frequência quanto a ocorrência deles são normais.
Nos últimos dez anos, o ano com maior número de tremores foi 2004, com 31.194 no total. Neste ano já houve 2.293 tremores. Com base em dados coletados desde 1900, o USGS (Instituto Geológico dos Estados Unidos) diz que é esperado que ocorram 17 grandes terremotos (magnitude entre 7,0 e 7,9) e um acima de 8. O órgão diz que nos últimos anos "o número de terremotos de magnitude maior que 7 tem se mantido praticamente constante".
Segundo o físico Umberto José Travaglia, técnico do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), hoje existe um monitoramento mais amplo do que havia há 30 anos e um espalhamento populacional muito maior do que até alguns anos atrás, o que cria essa sensação de que os tremores se tornaram mais frequentes ou de que atingiram mais pessoas.
- Não dá pra gente dizer que está numa época de tremores mais graves nem que não estamos. O movimento das placas tectônicas não é contínuo e nem tem a mesma velocidade de oscilação.
Prova disso é que, segundo o USGS, em 1931 havia cerca de 350 estações capazes de detectar e medir terremotos. Hoje, esse número é de 8.000 e as informações chegam rapidamente, por meio de correio eletrônico, internet e satélite.
Afonso Lopes, professor de geofísica e sismologia do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP concorda com seu colega de Brasília. Para ele, os movimentos das placas são lentos e estão dentro da normalidade, e a impressão da população de que os terremotos estão mais fortes e mais frequentes é incorreta.
- Sabe o que acontecia quando ocorria um tremor de terra no meio da Amazônia? Nada. Ninguém sentia, nenhuma obra caía e ninguém noticiava. Hoje, muita gente sentiria, temos grandes obras na região, como as hidrelétricas do Madeira, e a imprensa é muito eficiente.
Fonte:Portal R7
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