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segunda-feira, 15 de março de 2010

"Criação" mostra lado mais emotivo de Darwin



"Criação" (Creation), que entra em cartaz no Brasil nesta sexta-feira (19)  conta duas histórias paralelas: as descobertas de Charles Darwin em torno da evolução das espécies e seus problemas familiares. Ainda entristecido com a morte de uma de suas filhas, este grande cientista vacilava em escrever e publicar seu livro , "A origem das espécies", pois sua esposa Emma acreditava que Deus estava punindo-o por causa de suas descobertas. É curioso ver os diálogos entre Darwin e alguns de seus amigos, como o botânico Joseph Dalton Hooker e o biólogo Thomas Henry Huxley, que insistiam para que ele publicasse seu livro, pois ele havia matado Deus. De uma certa forma isto é verdade, pois o darwinismo enterrou o conceito do criacionismo bíblico, que apregoa que a Terra possui 6000 anos e que todas as espécies foram "criadas" exatamente como hoje são. Atualmente, só pessoas com pouco conhecimento científico ou infelizmente cegadas pelo fanatismo religioso não reconhecem que a evolução da vida não é só uma teoria, mas sim  um fato.

As cenas que demonstram o famoso cientista escrevendo seu livro são emocionantes, pois mostram seu ímpeto em revelar o mundo suas descobertas e sua paixão pela ciência. Quem não gosta do stablishment religioso vai se indignar como Darwin na cena em que ele aparece na igreja (à contragosto, com sua esposa), ouvindo um sermão que fala sobre "as criaturas que foram criadas por deus completamente perfeitas". A retratação da Inglaterra do final do Século XIX também está perfeita no filme, com seus costumes estranhos para nós, como quando médicos tentavam curar doenças com terapias de duchas frias.




Sua filha Annie, que também veio a falecer é outra personagem interessante. Sempre inquieta, curiosa e querendo aprender mais, sempre pedia ao pai com os irmãos para que ele contasse detalhes de sua viagens no navio Beagle, como quando Darwin esteve na Argentina e encontrou esqueletos de preguiças gigantes. É revoltante a cena em que Annie chega em casa após ser castigada na escola, pois o reverendo não gostou quando ela afirmou que dinossauros haviam existido.
É um filme para ser visto, revisto e certamente ser passado nas escolas, para que as crianças desde cedo deem a devida importância à ciência e à biologia.
Trailer legendado:




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