Não sei quantos dos leitores se enquadram nesse perfil, mas as pesquisas
mundiais da Samsung indicam que a maior parte dos usuários costuma comprar um
televisor novo a cada quatro anos. Não é necessariamente uma troca. Às vezes, o
TV velho vai para outro cômodo, ou até outra casa (de praia, sítio, de um
parente). E há aqueles que compram mais um TV, para o quarto do filho, por
exemplo. Somando tudo, é com esse prazo de troca que trabalha a indústria em
geral, me disse Michael Zoeller, diretor da Samsung para o mercado europeu, hoje
de manhã, aqui em Dubrovnik, durante a Conferência Global de Imprensa da IFA
2012.
De olho nessa estatística, o que fizeram os estrategistas da marca coreana,
hoje a mais vendida no mundo? Se você pensou em atualizações pela internet,
acertou. A partir de agora, os TVs da Samsung (pelo menos os top de linha)
poderão ser atualizados via software, que o usuário irá baixar na plataforma
Smart Hub; em alguns casos, o download será automático e você em casa nem irá
perceber. “Não há mais como pensar em TV sem ser smart”, diz Zoeller, que
revelou um dado impressionante: dos 250 milhões de TVs (plasmas e LCDs) vendidos
anualmente no mundo inteiro, 60% já são desse tipo; 30% são 3D; e apenas 10% não
são uma coisa nem outra. “A tendência, porém, é que todos passem a ser smart
muito em breve”, prevê o executivo alemão, que dirige a terceira maior operação
da Samsung hoje. “O próximo passo será tornar inteligentes todos os aparelhos da
nossa linha, inclusive os eletrodomésticos, que logo poderão conversar
com TVs, celulares etc. Esse é um caminho sem volta”.
E por que os tais quatro anos? Bem, a estratégia da Samsung é que um TV
adquirido hoje possa ser atualizado, somente com software, várias vezes durante
esse período. Depois de quatro anos, as inovações de design e funcionamento
interno serão tantas que o consumidor naturalmente irá querer trocar seu
aparelho. “Mas estamos montando toda a nossa estrutura para atualizações
constantes, e não apenas nos aplicativos de parceiros”, explicou Zoeller,
enquanto mostrava, na tela, um colega seu, em Londres, gravando e transmitindo
na hora, ao vivo, um pequeno vídeo. “Viu só? Essa é a mais nova atualização do
Skype. Ele gravou o vídeo com seu tablet e nós vimos aqui alguns segundos
depois. É puro software”.
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