Os supermercados do Estado de São Paulo não distribuem mais sacolas plásticas descartáveis a partir de hoje. O consumidor terá como única opção gratuita para levar suas compras para casa as caixas de papelão. Ainda assim, os supermercados não serão mais obrigados a oferecer as caixas aos consumidores. Só as fornecerão se quiserem.
Os supermercados venderão sacolas retornáveis. Pelo acordo com o Procon-SP, eles terão de oferecer ao consumidor pelo menos um tipo de sacola reutilizável que custe, no máximo, R$ 0,59. Essa medida deverá valer só até agosto deste ano. Depois, poderão cobrar o preço que quiserem.
Outra possibilidade é o consumidor levar suas próprias sacolas reutilizáveis de casa.
Haveria uma outra alterativa, que eram as sacolas plásticas biodegradáveis, vendidas por R$ 0,19 cada uma. Essas sacolas são feitas com amido de milho e seriam mais benéficas ao meio ambiente, por se degradarem mais facilmente. Mas a associação de supermercados de São Paulo desistiu da distribuição até mesmo dessas sacolas plásticas pagas.
Uma opção,que ainda não está valendo, será uma espécie de "empréstimo" pago de sacolas. O cliente pagará um valor por sacola e, se devolvê-la ao supermercado, receberá o dinheiro de volta. Essa sacola está sendo chamada de "vaivém". Mas ainda não há datas nem detalhes definidos, como preço do "empréstimo".
Fim da distribuição é iniciativa dos supermercados
O fim da distribuição das sacolinhas é uma iniciativa da Apas em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com o governo do Estado. Segundo a Apas, 95% dos 1.200 associados aderiram à campanha.
Inicialmente, a distribuição deixaria de ser feita em 25 de janeiro. A medida chegou a entrar em vigor, mas em fevereiro um acordo assinado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, Procon-SP e Apas determinou que as sacolas continuassem a ser distribuídas gratuitamente até esta terça (2). O objetivo foi dar mais tempo de adaptação aos consumidores.
Com o fim do prazo de adaptação, os supermercados ainda terão de seguir uma das determinações previstas no acordo: eles terão de oferecer ao consumidor pelo menos uma sacola reutilizável que custe, no máximo, R$ 0,59. Essa medida deverá ser cumprida até agosto deste ano.
Até 3 de fevereiro do ano que vem, os atendentes também deverão informar o consumidor, no caixa, antes do pagamento de qualquer produto, sobre o não-fornecimento de sacolas descartáveis. Caso a informação não seja dada, os supermercados terão de oferecer uma opção gratuita para o consumidor levar as compras para casa.
"Nesses últimos dois meses, distribuímos 72% menos sacolas plásticas do que no mesmo período do ano passado", diz o presidente da Apas, João Galassi. Para ele, desta vez a medida enfrentará menos resistência dos consumidores.
Ontem mesmo eu já tive problemas no Extra de São José dos Campos. Um dia antes da data oficial já não estavam fornecendo as sacolas de plásticos e só havia caixas de papelão de água sanitária. Como eu não queria comprar uma sacola retornável que vendiam a R$ 0,59, peguei uns poucos itens gelados, paguei pelos mesmos, e deixei mais de 30 outros itens na gôndola sem levar.
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