Juntar as escovas de dente com prazo preestabelecido para separá-las - caso o
amor não resista ao teste do convívio diário - poderá se tornar uma alternativa
de casamento legal no México.
Depois de enfurecerem as camadas conservadoras da sociedade mexicana com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, os parlamentares esquerdistas da Assembleia da Cidade do México apresentaram um projeto de lei que possibilitará, se aprovado, o estabelecimento de prazo de duração para o casamento.
A proposta de reforma do Código Civil da capital mexicana determina um período mínimo de dois anos para a duração dos matrimônios. Se, ao final do prazo, os pombinhos continuarem felizes com a união, poderão renovar o compromisso.
O objetivo do projeto seria poupar os casais que venham a se separar dos tortuosos processos de divórcio.
De acordo com pesquisas recentes, metade dos matrimônios realizados na Cidade do México terminam antes de completar dois anos. Além de facilitar a vida do casal que não deu certo, a medida visa poupar os cofres públicos dos gastos com a tramitação judicial dos divórcios.
De acordo com Leonel Luna, um dos responsáveis pelo projeto e membro do Partido da Revolução Democrática, a proposta poderá ser votada ainda neste ano.
A Igreja Católica, porém, não está nada satisfeita com a ideia. "Isso é um teatro eleitoral promovido por parlamentares irresponsáveis e imorais", disse o porta-voz da Arquidiocese da Cidade do México, Hugo Valdemar. O país tem a segunda maior população católica do mundo, atrás apenas do Brasil.
Uma vez mais a ICAR perde a aportunidade de se preocupar com coisas mais importantes como, por exemplo a conduta nada exemplar de seus homens de saia.
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