Desejar a morte de alguém é uma das coisas mais baixas que um ser humano pode fazer. Tenho visto muitas pessoas, de certas preferências políticas, desejando a morte do ex-presidente Lula. É um ato de ignorância que demonstra falta de caráter.
"Que o câncer te vença", "já vai tarde" e "já morreu" foram algumas das coisas chocantes que li, em murais de perfis de alguns jornais no Facebook.
Primeiramente, demonstra ignorância ao acharem que câncer significa automaticamente "morte".
Discordar da visão política de alguém, de um governo ou algo assim é saudável. Já desejar a morte de uma pessoa com uma doença tão cruel como o câncer é mal-caratismo puro. Os principais líderes da oposição tiveram a grandeza de torcer pela pronta recuperação do ex-presidente, até agora.
Já algumas pessoas, que se dizem "humanas" torcem para ele morrer. Pior é ver esta atitude vinda de pessoas que se dizem muito religiosas, que ficam compartilhando mensagens cristãs em seus murais e agora mostram suas verdadeiras faces. Para quem deseja a morte do Lula, torço de coração que a pessoa nunca passe por um câncer ou nunca veja alguém lutando contra esta maldita doença.
No exterior, quando um político de um partido está com uma doença grave, eleitores e partidários de outras agremiações sempre torcem por sua pronta recomendação, pois diferenças políticas à parte, é gente que merece o desejo do melhor.
Particularmente posso não concordar com certos prefeitos ,vereadores, deputados e ex-presidentes, mas jamais vou desejar que um destes políticos sofra com o câncer ou qualquer outra doença tão triste.
Alguns usam um argumento falacioso: " Por que ele não se trata no SUS?". Primeiramente, esta pergunta já é por si só desrespeitosa com quem está se tratando pelo sistema público de saúde, pois insinua que quem passa pelo mesmo certamente vai morrer.
O SUS em si funciona, porém depende também dos governos municipais e estaduais. Muitas vezes os recursos chegam à quem administra estes e não são bem utilizados. O Brasil precisa de uma otimização dos recursos do mesmo nas três esferas (federal, estadual e municipal), cortando a corrupção que muitas vezes atinge os recursos da saúde, os gastos desnecessários, o dinheiro direcionado de maneira equivocada que poderia equipar hospitais etc.
No mais, o tratamento do ex-presidente em um hospital particular não é ilegal ou imoral, pois ele ganha um bom capital dando palestras no Brasil e no exterior, podendo custear seu tratamento no Sírio Libanês. Qual o crime nisto? Qual o pecado?
Quem está sugerindo para ele se tratar no SUS, se trata no mesmo? Ou são pessoas, que têm inveja de ver um migrante que saiu da extrema pobreza, foi presidente duas vezes sem nenhuma formação acadêmica e agora é respeitado no Brasil e no exterior? Aliás, um dado: se um dia você precisar de um transplante, ele será feito pelo SUS e a taxa de sucesso é maior do que 98%. Portanto é melhor parar de insinuar que o Sistema Único de Saúde é uma grande desgraça.
Uma notícia que vai chocar muitas pessoas:
Transplantes: Einstein chega a 1500 transplantes pelo SUS
Hospital comemora e desponta como multiplicador de conhecimento pioneiro entre profissionais de todo o país.
Dezembro de 2009 ficará marcado na história do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) como o mês em que a instituição alcançou a marca de 1500 transplantes de órgãos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E esse nem é o único motivo de comemoração. Na busca para aumentar a doação de órgãos no país, os programas realizados pelo HIAE têm apresentado resultados melhores do que o esperado.
O Sistema Nacional de Transplante (SNT) subsidia, pelo SUS, mais de 90% dos transplantes realizados no país. O HIAE é, desde 2002 e por iniciativa própria, uma das instituições credenciadas para a realização dessas cirurgias.
Desde então, o Einstein tornou-se responsável pelo maior número de transplantes de fígado da América Latina. Hoje é também um dos principais transplantadores de rim no Brasil e o terceiro maior em transplantes de coração, no estado de São Paulo. “O contrato do HIAE com o SUS faz parte do Programa de Filantropia da instituição. Atingir esse número, de 1500 transplantes, demonstra o sucesso desse programa, criado para ajudar a população e dar acesso às melhores práticas cirúrgicas possíveis”, explica o dr. Ben-Hur Ferraz Neto, gerente médico do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do HIAE. “Temos orgulho de contribuir com a sociedade brasileira em área tão nobre da medicina”, afirma o médico.
A partir do momento em que o indivíduo é encaminhado ao HIAE, por médicos de todas as regiões do país, torna-se um paciente do hospital para sempre. O atendimento é realizado desde a primeira avaliação, passando pelo tempo em que fica na lista de espera por um órgão e permanecendo por todo o acompanhamento após o transplante.
“Além disso, os resultados apresentados pelos transplantes no HIAE são mesmo diferenciados. No mínimo, 10% superiores à média em São Paulo. Isso significa que temos 10% mais pacientes transplantados vivos do que a média dos hospitais no estado”, afirma.
Ao todo, o HIAE realiza 12 mil consultas por ano, atendendo pacientes antes e depois do transplante.
Entre os pacientes do HIAE na lista de espera por órgãos - controlada pela Secretaria de Estado da Saúde - 600 esperam por um rim, enquanto 200 esperam por um fígado. Cem pessoas aguardam a chegada de pâncreas e rim (ao mesmo tempo), seis estão à espera de um pulmão e 20, de um novo coração.
De 2002 a 2009, o HIAE realizou 110 transplantes privados e 1500 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A demanda, pelo SUS, é muito maior, claro. Afinal, atende pessoas que, sem essa ajuda, não teriam condições de arcar com as despesas de uma cirurgia desse porte e acabariam morrendo”, explica o médico.
Hospital comemora e desponta como multiplicador de conhecimento pioneiro entre profissionais de todo o país.
Dezembro de 2009 ficará marcado na história do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) como o mês em que a instituição alcançou a marca de 1500 transplantes de órgãos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E esse nem é o único motivo de comemoração. Na busca para aumentar a doação de órgãos no país, os programas realizados pelo HIAE têm apresentado resultados melhores do que o esperado.
O Sistema Nacional de Transplante (SNT) subsidia, pelo SUS, mais de 90% dos transplantes realizados no país. O HIAE é, desde 2002 e por iniciativa própria, uma das instituições credenciadas para a realização dessas cirurgias.
Desde então, o Einstein tornou-se responsável pelo maior número de transplantes de fígado da América Latina. Hoje é também um dos principais transplantadores de rim no Brasil e o terceiro maior em transplantes de coração, no estado de São Paulo. “O contrato do HIAE com o SUS faz parte do Programa de Filantropia da instituição. Atingir esse número, de 1500 transplantes, demonstra o sucesso desse programa, criado para ajudar a população e dar acesso às melhores práticas cirúrgicas possíveis”, explica o dr. Ben-Hur Ferraz Neto, gerente médico do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do HIAE. “Temos orgulho de contribuir com a sociedade brasileira em área tão nobre da medicina”, afirma o médico.
A partir do momento em que o indivíduo é encaminhado ao HIAE, por médicos de todas as regiões do país, torna-se um paciente do hospital para sempre. O atendimento é realizado desde a primeira avaliação, passando pelo tempo em que fica na lista de espera por um órgão e permanecendo por todo o acompanhamento após o transplante.
“Além disso, os resultados apresentados pelos transplantes no HIAE são mesmo diferenciados. No mínimo, 10% superiores à média em São Paulo. Isso significa que temos 10% mais pacientes transplantados vivos do que a média dos hospitais no estado”, afirma.
Ao todo, o HIAE realiza 12 mil consultas por ano, atendendo pacientes antes e depois do transplante.
Entre os pacientes do HIAE na lista de espera por órgãos - controlada pela Secretaria de Estado da Saúde - 600 esperam por um rim, enquanto 200 esperam por um fígado. Cem pessoas aguardam a chegada de pâncreas e rim (ao mesmo tempo), seis estão à espera de um pulmão e 20, de um novo coração.
De 2002 a 2009, o HIAE realizou 110 transplantes privados e 1500 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A demanda, pelo SUS, é muito maior, claro. Afinal, atende pessoas que, sem essa ajuda, não teriam condições de arcar com as despesas de uma cirurgia desse porte e acabariam morrendo”, explica o médico.
Estes são fatos históricos, não é necessário partidarismo para reconhecê-los. Pode-se discordar das políticas de seu governo, mas o que mencionei acima são fatos incontestáveis.
Torço sinceramente que quem agora chega na baixeza de desejar a morte e o sofrimento do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva nunca sofra com um câncer ou nunca veja um parente próximo lutando contra esta doença. Cada vez que alguém fala isto, a palavra "humanidade" perde um pouco do sentido.
Comentário do Celso:
Pode-se concordar ou discordar do posicionamento político de Lula, mas desejar-lhe a morte por causa do aparecimento de um câncer é coisa de gente chula, baixa e que nunca passou pelo tratamento desta doença, ou não teve conhecidos e/ou parentes que foram vitimadas por ela.
Não me lembro de ninguém ter mandado a Dona Ruth Cardoso ir se tratar no sistema público de saúde do Estado de SP, que é perfeito na visão dos tucanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário