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segunda-feira, 2 de maio de 2011
CIA: 'Vingança por morte de Bin Laden é quase certa'
O diretor da agência de inteligência americana, a CIA, Leon Panetta, disse que é "quase certo" que a Al-Qaeda tente vingar a morte de Osama bin Laden. "Bin Laden está morto, mas a Al-Qaeda não. Os terroristas quase certamente tentarão vingá-lo. E nós devemos - e iremos - continuar atentos e determinados", disse Panetta.
Mais cedo, militantes do Taleban e da Al-Qaeda no Paquistão disseram à BBC que a morte de Osama bin Laden "não vai ficar sem resposta".
O porta-voz da principal facção paquistanesa do Taleban, Ehsanullah Ehsan, falou por telefone com a agência de notícias AFP. "Se ele (Bin Laden) foi martirizado, nós vamos vingar sua morte e lançar ataques contra os governos americano e paquistanês e suas forças de segurança. Essas pessoas são, na verdade, inimigos do Islã. Se ele (Bin Laden) se tornou um mártir, é uma grande vitória para nós, porque o martírio é o objetivo de todos nós", disse Ehsan.
Bin Laden se mudou para o Afeganistão em 1996, de onde passou a comandar a Al-Qaeda com o apoio do Taleban, que controlava o país. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o governo americano ordenou que o Taleban entregasse Bin Laden ou entregasse o poder, o que resultou na invasão do Afeganistão por forças dos Estados Unidos.
Hamas
O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, condenou o que chamou de "assassinato" de Osama bin Laden, apesar das relações ambivalentes entre o grupo e a Al-Qaeda. O premiê do Hamas, Ismail Haniyah, chamou Bin Laden de "guerreiro árabe sagrado" e disse que o assassinato é a continuação de uma política americana baseada na opressão.
No passado, o Hamas tentou, por vezes, se distanciar de Bin Laden temendo que a Al-Qaeda estivesse se apoderando da causa palestina de forma prejudicial ao movimento. Já Bin Laden criticou o Hamas por participar de eleições democráticas nos territórios palestinos em 2006.
Recentemente, o Hamas enfrentou oposição em Gaza de grupos inspirados pela Al-Qaeda que acham que o grupo se tornou moderado demais. Marcando as diferenças entre as facções palestinas, o Fatah, que controla a Cisjordânia, disse que a morte de Bin Laden é positiva para a causa da paz no mundo.
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