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sexta-feira, 11 de março de 2011

Terremoto seguido de tsunami deixa ao menos 23 mortos no Japão


O terremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa nordeste do Japão nesta sexta-feira, seguido de um tsunami com ondas de até dez metros de altura, deixou ao menos 23 mortos e causou sérios estragos em diversas cidades da região, segundo informações das autoridades locais.

As vítimas incluem um homem de 67 anos, esmagado por uma parede, e uma idosa, atingida pelo teto da própria casa, que desabou, ambos na região de Tóquio.
Outras três pessoas morreram soterradas dentro de casa em Ibaraki, a nordeste da capital.

A Agência Nacional de Polícia, entretanto, afirmou que ainda não é capaz de confirmar o balanço de mortos.

"Os danos foram tão grandes que ainda levará muito tempo até que consigamos reunir todas as informações", indicou um porta-voz do órgão.

Segundo as autoridades sismológicas japonesas, este é o pior terremoto dos últimos 140 anos no país.

Imagens da emissora de televisão japonesa NHK mostram carros, barcos e até mesmo casas sendo levados pelas ondas gigantes geradas pelo tsunami nas províncias de Aomori, Miyagi, Iwate, Fukushima e Ibaraki.

O terremoto também causou vários incêndios, entre eles um de grandes proporções em uma refinaria na província de Chiba, sem relatos de vítimas até o momento.
A NHK também exibiu chamas e fumaça negra saindo de um edifício em Odaiba, um subúrbio de Tóquio.

O tremor também paralisou em todo o país os serviços do "shinkansen", o trem-bala japonês. Em Tóquio foram desativados os serviços de metrô e de trens suburbanos, e passageiros foram retirados do aeroporto de Narita.

Cerca de quatro milhões de casas estão sem energia elétrica em seis províncias do país, segundo informaram as autoridades.

O terremoto, que ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 de Brasília) e alcançou 7 graus na escala japonesa --o nível máximo, teve epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de dez quilômetros.
O Japão, situado no "anel de fogo do Pacífico", sofre frequentes terremotos, que raramente causam vítimas devido às rígidas normas de construção vigentes no país.

Após o terremoto que ocorreu há dois dias no país, a Agência Meteorológica japonesa advertira que durante uma semana poderia haver réplicas, embora tenha sido estimado que a intensidade máxima seria de magnitude 4 pela escala japonesa --cujo nível máximo é 7.

Folha


O Japão é bastante preparado para lidar com danos de terremotos, mas mesmo assim sempre paga um preço alto por morar em uma região muito geologicamente ativa. Em breve veremos os fanáticos religiosos cristãos dizendo que este é um "sinal dos tempos", ignorando o fato de que terremotos acontecem desde os primórdios da Terra.

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