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sábado, 19 de março de 2011

Pentágono confirma ataque naval e diz que é 1ª etapa de operação na Líbia



O Pentágono confirmou neste sábado que navios de guerra americanos e britânicos lançaram um ataque a cerca de 20 alvos do sistema integrado de defesa área da Líbia, a primeira etapa da operação internacional Odissey Dawn, algo como Odisseia do Amanhecer.

O ataque foi focado em bases de defesa aérea no oeste da Líbia, onde estão concentradas as forças do ditador líbio, Muammar Gaddafi. Os alvos incluem bases de ataque de mísseis terra-ar e os sistemas de comunicação das Forças Aéreas. O primeiro ataque foi lançado às 16h e, no total, 112 mísseis foram lançados.


"A maior parte das forças do governo líbio fica nesta região. Foram escolhidas bases que representam ameaça direta ou estavam sendo usadas para atacar o povo líbio", disse o porta-voz do Pentágono, almirante Bill Gortney.

Segundo o porta-voz, mísseis de cruzeiro Tomahawk foram lançados de navios americanos no Mediterrâneo.

O objetivo primário era destruir a defesa de Gaddafi contra os aviões militares que entrarão nas próximas etapas da operação, que tem como objetivo final impor a zona de exclusão aérea no país. A medida foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), na noite de quinta-feira passada.

"Nossa missão é desenhar o espaço de batalha para que nossos parceiros possam executar [a operação]", resumiu.

Gortney diz ainda que as operações visam a evitar ataques das forças do governo contra os rebeldes da oposição e civis, "principalmente em Benghazi", reduto dos rebeldes líbios no leste do país.

O Pentágono diz que a avaliação dos resultados do ataque deve demorar, já que são necessárias entre seis e 12 horas para terem os primeiros dados.

Gortney ressaltou ainda que os EUA não mantêm aviões no país e, em nenhum momento, chegou a enviar forças terrestres ao país africano.

A declaração confirma o que um funcionário americano disse mais cedo à agência Reuters, de que o governo Obama quer limitar seu envolvimento, ao menos nas fases iniciais da crise e que as forças americanas devem focar os esforços na proteção das missões aéreas da França e outros países.

Gortney afirmou ainda que o comando da operação deve passar "nos próximos dias" para a Polônia.

O Pentágono disse ter apoio da comunidade internacional para a ação. Segundo a fonte consultada pela Reuters, participam da operação Itália, Reino Unido, Canadá e França.

Cerca de 25 navios, incluindo três submarinos armados com mísseis Tomahawk, estão estacionados no Mediterrâneo. Cinco aviões de vigilância também estão na área.

Horas antes, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reforçou o apoio americano à intervenção internacional na Líbia e ressaltou que o objetivo é proteger a população. 'Nós temos todas as razões para temer que, se não fizermos nada, Gaddafi vai realizar atrocidades indescritíveis', disse.

POR AR

Mais cedo, um caça francês lançou neste sábado o primeiro ataque internacional contra as forças de Gaddafi, desde que a resolução do Conselho de Segurança sobre a intervenção foi aprovada, na noite de quinta-feira.

Folha

É sempre desagradável quando há um confronto como esse. Gaddafi de fato massacra sua população e é um ditador, mas poderíamos questionar se países têm o poder de "polícia do mundo". Tudo o que podemos fazer é que sejam poucas as baixas civis e que o confronto não se espalhe tanto pelos países árabes.

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