LONDRES - A solução para os problemas sexuais pode estar na revisão de alguns hábitos diários - dos remédios à comida, segundo reportagem publicada no jornal "Daily Mail". Comer muito pão e outros carboidratos refinados, por exemplo, pode atrapalhar a vida sexual.
- Alimentos refinados liberam açúcar mais rapidamente que os integrais e muito açúcar é associado à queda de energia, o que significa que não haverá energia para o sexo - diz Helen Bond, da Associação Dietética Britânica.
Além disso, o açúcar engorda e aumenta o nível de estrogênio no corpo, o que diminui a libido.
- Se você é obesa, se sente menos atraente e também reduz o fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais - diz o ginecologista Peter Bowen-Simpkins.
A bebida também pode ser um problema: o quinino da água tônica, por exemplo, baixou os níveis de testosterona em ratos, de acordo com pesquisadores da University of Lagos, na Nigéria. Em outro estudo foi constatada uma baixa concentração de espermas relacionada à substância.
Remédios
Remédios para a pressão arterial podem reduzir a libido e causar disfunção erétil "porque reduzem a frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo e o sangue muitas vezes não chega aos genitais", explica o cardiologista Graham Jackson, da Guy's & St Thomas's Hospital.
Os piores são os betabloqueadores como propranolol e atenolol, de acordo com uma revisão publicada este mês na International Journal of Clinical Practice. O relatório diz que pacientes tratados com um novo tipo de betabloqueador chamado nebivolol melhoraram a função erétil em 69%.
Para quem trata de calvície, atenção: a finasterida, também conhecida como o remédio Propecia, pode causar longos períodos de baixa libido. Uma pesquisa do professor Michael Irwig, da George Washington University, mostrou que 94% dos homens que tomavam a droga desenvolveram baixo desejo sexual; 92% sofreram de disfunção erétil e 69% tiveram dificuldades de orgasmo.
Já os analgésicos à base de opiáceos como codeína e morfina podem suprimir a atividade no hipotálamo - área do cérebro envolvida no controle dos níveis de hormônio. Cerca de 95% dos homens e 68% das mulheres que tomaram o remédio por muito tempo tiveram diminuição de relações sexuais.
- Se você está preocupado com isso fique com analgésicos à base de paracetamol e ibuprofeno - diz Neal Patel, da Royal Pharmaceutical Society.
O Globo
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