“Laranja Mecânica” (“A Clockwork Orange”, 1971), de Stanley Kubrick, completa 40 anos em 2011. O filme, que retrata uma sociedade futura onde a violência se generalizou, é uma das obras máximas do diretor americano e ganhará uma edição comemorativa em blu-ray, que chega ao mercado (nos EUA) no final de maio.
O pacote traz dois discos com material inédito sobre a produção, o documentário “Turning Like Clockwork” (25 min.), um longo depoimento do ator Malcom McDowell, protagonista do filme no papel do perturbado Alex DeLarge, o documentário “Still Tickin’: The Return of Clockwork Orange” e um making of.
Baseado em novela homônima de Anthony Burgess, “Laranja Mecânica” traz uma linguagem inventada, o “nadsat”, espécie de gíria que mistura inglês e russo e é utilizada pelas gangues de adolescentes na trama. O livro apresenta ainda o termo “ultraviolence” (“ultraviolência” na tradução brasileira), uma forma extrema de violência gratuita praticada pelo protagonista, sua única fonte de prazer.
O título “A Clockwork Orange” encerra um trocadilho encriptado e intraduzível. A palavra “orange” faz alusão a “órang”, “homem” em malaio (mesma raiz da palavra “orangotango). Segundo o próprio autor explicou em um ensaio, o título evoca “uma entidade orgânica, cheia de caldo e doçura e perfume, que é transformada em um autômato”.
Tanto o livro quanto o filme são uma fonte inesgotável de inspiração para o pop. Artistas tão diversos como David Bowie, Kylie Minogue, Lady Gaga e Cavalera Conspiracy já fizeram menção a personagens ou passagens da obra, em suas músicas e clipes.
E se você é fã de “Laranja Mecânica, não deixe de assitir também ao filme “If….” (assim mesmo, com quatro pontinhos), também estrelado por McDowell e considerado uma referência para Kubrick em sua adaptação cinematográfica.
“A Clockwork Orange 40th Anniversary Edition” chega às lojas dos EUA no dia 31 de maio, por US$ 34,99.
Um filme antológico que marcou época e tem uma plasticidade que só Kubrick sabia imprimir em seus filmes. A trilha sonora foi composta por Walter Carlos com o primeiros sintetizadores, nota por nota, que mais tarde fez operação de mudança de sexo e passou a chamar-se de Wendy Carlos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário