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domingo, 11 de outubro de 2015

Fosfoetanolamina sintética (fosfoamina), entenda porque essa substância não é um medicamento contra o câncer

Reproduzo na íntegra esta publicação:


"Dr. Felipe Ades

Oncologista
Fonte


É muito comum vermos na mídia novas moléculas e tratamentos milagrosos contra o câncer que, na prática, não são utilizados para o tratamento dos pacientes. Isto gera muita angústia em pessoas que estão em tratamento e uma espécie de teoria da conspiração, como se existissem interesses econômicos velados para que não se descubra “a cura” do câncer.
Uma reportagem recente começou a ser veiculada sobre a Fosfoetanolamina. Clique abaixo para ver.
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/jornal-da-eptv-2edicao/videos/t/edicoes/v/fundacao-osvaldo-cruz-ja-mostrou-interesse-em-substancia-que-pode-curar-cancer/4408937/
Para se avaliar se uma substância pode se tornar um medicamento contra o câncer é necessário que se conheça um pouco do processo de descoberta de novos medicamentos. Veja a imagem abaixo.
A fosfoetanolamina só foi estudada em laboratório. Nunca houveram estudos em pacientes com câncer.
A fosfoetanolamina só foi estudada em laboratório. Nunca houve estudos em pacientes com câncer. Os triângulos vermelhos são o início do processo, a pesquisa de laboratório, em seguida vêm os triângulos azuis, as pesquisas em seres humanos. Passada esta fase o medicamento deve receber aprovação órgão regulador (triângulo verde), no Brasil dado pela ANVISA. Em seguida o sistema de saúde avalia se vale a pena incorporar ou não o medicamento (no SUS por exemplo), esses são os triângulos roxos. Finalmente os médicos têm que começar a prescrever o remédio e os pacientes avaliarem se querem ou não tomá-los (triângulos laranjas).
Para que qualquer substância se torne candidata a ser um medicamento contra o câncer ela deve passar por várias fases de experimentação em laboratório. Essas experiências têm como objetivo avaliar se a substância é capaz de matar células de câncer in vitro, ou seja, células colocadas em pequenas garrafas de vidro ou plástico. Se for comprovada sua eficácia, os estudos passam então para experimentos com animais. Como regra geral tumores humanos são colocados em ratos e a substância é aplicada nestes animais para avaliar se consegue reduzir os tumores sem ser tóxica a ponto de causar a morte do animal, o chamado estudo in vivo.
fosfoetanolamina 2
Esquema que mostra as fases de desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer.
Ser capaz de matar uma célula cancerosa não é o suficiente para que uma substância seja um medicamento. Por exemplo, se colocarmos água sanitária em células cancerosas, todas elas vão morrer, porém, se injetada na veia de uma pessoa, a água sanitária vai causar sua morte. Oxigênio em altas concentrações gera radicais livres que matam uma fração importante das células cancerosas, no nosso corpo, esse efeito não acontece, e oxigênio suplementar não tem nenhum efeito contra o câncer.
Este período de experimentação em laboratório é longo, e demora muitos anos, é necessário que se conheça bastante da molécula antes que ela comece a ser testada em pessoas. A fosfoetanolamina sintética só tem estudos até esta fase, ela nunca foi testada em pessoas.
A partir deste momento, se a substância passar em todos os testes, ela está pronta para entrar em fase de testes com seres humanos. Em média, para cada 25 substâncias que comecem a ser testadas como potenciais medicamentos, apenas 1 se mostra eficiente para o tratamento do câncer. Os estudos em seres humanos são divididos em três fases, conhecidas como fase 1, fase 2 e fase 3. Na primeira fase doses muito baixas da substância são administradas para avaliar se há efeitos tóxicos do medicamento, caso o medicamento não cause problemas as doses vão sendo aumentadas até que se descubra a dose ótima para continuar as pesquisas. Nos estudos de fase 2 o medicamento é dado para pessoas na mesma dose e então se avalia, por exames de imagem como tomografias e ressonâncias por exemplo, se o medicamento foi eficaz em reduzir o tumor. Finalmente no estudo de fase 3, se avalia se a substância é melhor do que os tratamentos já disponíveis. Em geral muitas pessoas com câncer se voluntariam para entrar no estudo, o tratamento é então escolhido ao acaso, metade recebe o tratamento já existente e a outra metade a substância em teste. De tempos em tempos os resultados vão sendo comparados entre os dois grupos de tratamento, caso um grupo tenha resultados melhores que o do outro grupo, o estudo é encerrado e todas as pessoas começam a receber o melhor tratamento. Nem sempre o melhor tratamento é o novo, por vezes o tratamento já existente produz melhores resultados e menos efeitos colaterais.


Caso você esteja em tratamento e tenha interesse em participar de estudos com novos medicamentos existem muitas opções. Hoje há milhares de estudos abertos testando centenas de novos medicamentos. Clique aqui para saber como fazer para participar de um estudo clínico.
Apenas após ter todos esses resultados disponíveis a nova substância pode ser chamada de medicamento. Todos estes resultados devem ser submetidos à autoridade de saúde para que ela aprove que o medicamento seja comercializado e usado no dia a dia. Esta é uma política comum em todos os países do mundo. No Brasil esta avaliação é feita pela ANVISA (visite aqui o site), nos Estados Unidos pelo FDA (visite aqui o site), e na Europa pela EMA (visite aqui o site). Em nenhuma parte do mundo uma substância vai ser aprovada como medicamento para uso em humanos sem que tenha sido comprovada sua segurança e eficácia. Veja bem, chama muita a atenção uma substância que mata as células de câncer, mas pouco se fala sobre sua segurança. Uma substância que não se conhece pode ser muito perigosa para o corpo humano, se ela consegue matar uma célula cancerosa é bastante provável que ela consiga também matar uma célula saudável e possa trabalhar mais como um veneno do que como um medicamento. É extremamente importante saber também a relação desta substância com outros medicamentos de uso habitual como os remédios para pressão alta ou diabetes, aumentam ou diminuem seus efeitos? Causam mais efeitos tóxicos?
Para se obter informações relevantes sobre os medicamentos o melhor banco de dados é o pubmed.com (clique aqui para visitar), neste banco de dados são indexados todos os artigos científicos relevantes, são milhões de publicações e o número só aumenta todos os dias. As buscas podem ser feitas tanto pelo nome do autor, como do medicamento, como da doença, é parecido com uma busca no google. O processo científico tem que passar pela publicação e apresentação dos resultados em congressos. Só assim a comunidade científica vai poder avaliar se as descobertas de um pesquisador são importantes e se os estudos foram feitos de maneira correta. Inclusive, quando uma substância ou novo campo da ciência é descoberto e apresentado, vários outros pesquisadores começam a trabalhar juntos, acelerando o desenvolvimento. Hoje é praticamente impossível que um novo medicamento seja aprovado sem que nenhum estudo tenha sido apresentado e que o medicamento não seja de conhecimento da comunidade médica.


Quando eu fiz meu mestrado eu trabalhei com a substância PLX4042, hoje o medicamento Vemurafenib (nome comercial Zelboraf, veja aqui uma matéria sobre ele), muitos anos antes da aprovação como medicamento toda a comunidade científica já conhecia essa molécula. Em dezembro de 2013 eu assisti a apresentação dos inibidores de check point CDK4/6 no congresso americano, dois anos depois esses medicamentos foram aprovados para tratamento do câncer de mama, o chamado Palbociclib (veja aqui uma matéria sobre o estudo inicial, e o segundo estudo). Ao longo de 2015 vários estudo foram apresentados com imunomoduladores, finalmente depois dos resultados finais os medicamentos Nivolumab e Pembrolizumab hoje estão disponíveis (clique aqui para ver uma matéria). Nos últimos 4 anos, durante meu doutorado, eu participei de estudos com a molécula Pertuzumab, para o tratamento do câncer de mama, este estudo ainda está em andamento, com resultados previstos para o meio de 2016. O estudo já foi apresentado em diversos congressos e toda a comunidade científica aguarda seus resultados (clique aqui para ver uma matéria).



Mudando um pouco de tópico, eu gostaria também de falar sobre a teoria da conspiração que cerca a indústria farmacêutica e o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer. O que move a indústria farmacêutica? Como o próprio nome diz, se trata de uma indústria, e como qualquer indústria ela cria produtos que serão vendidos e revertidos em lucro para seus acionistas. Embora a saúde não possa ser tratada como um bem de consumo, como uma calça jeans ou um iphone novo, a lógica de mercado também se aplica quando falamos de medicamentos. Quanto melhor e mais eficaz for o medicamento, mais ele será vendido e maior será o lucro desta empresa. A indústria farmacêutica não tem nenhum interesse em “esconder medicamentos” que poderiam curar o câncer. Hoje, em todo o mundo, acontecem 14 milhões de novos casos todos os anos. Criar um medicamento que curaria 14 milhões de pessoas, todos os anos, seria o melhor negócio que alguém poderia ter.
Já quanto à veiculação de notícias na mídia que a gente vê todo dia no google. Há muita gente comprometida e competente escrevendo hoje, no entanto, o sucesso de uma matéria é medido pelo número de pessoas que a leem, o que pode hoje ser contabilizado pelo número de cliques dados na matéria na internet. Não necessariamente estas matérias são isentas, por vezes expressam a opinião do autor, como eu expresso a minha aqui, no entanto não necessariamente o autor é conhecedor ou especialista no tópico que ele está escrevendo. Quando houver matérias sobre câncer e novos medicamentos verifiquem se as sociedades oncológicas foram ouvidas, ou se pediram a opinião de um oncologista ou de agências reguladoras como membros da ANVISA. Toda história tem, no mínimo, três versões: a minha, a sua e a verdadeira.


Em conclusão a fosfoetanolamina sintética é uma substância que nunca foi testada em seres humanos, portanto, mesmo que pareça promissora para alguns pesquisadores, ela não é um medicamento contra o câncer até que se prove sua segurança e eficácia com estudos sérios e transparentes.
Você está a procura de um novo tratamento para o seu caso? Há muito medicamentos novos em estudo! Converse com seu médico e decida qual é o melhor para você! Clique aqui para saber como fazer para participar de um estudo clínico.
ATUALIZAÇÃO
Veja a nota da Fiocruz explicando a polêmica criada em torno da fosfoamina.
Fiocruz esclarece dúvidas sobre suposto medicamento contra o câncer.
ATUALIZAÇÃO 2 – Veja uma segunda reportagem da Globo onde é explicado porque a fosfoamina não é um medicamento.
“Cápsula da USP” contra o câncer não foi testada clinicamente; entenda.
ATUALIZAÇÃO 3 – Veja o que diz o Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) sobre a fosfoamina e o seu pesquisador.
Esclarecimentos à Sociedade
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Amigos, todos são bem vindos para comentar e perguntar. A opinião de todos é importante, no entanto, visto o grande número de dúvidas que ocorrem eu não terei tempo de responder a todas individualmente. Caso queira comentar verifique se sua dúvida já foi respondida ou comentada por uma outra pessoa. Um abraço!"

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Exame de sangue pode ser base para novo diagnóstico de câncer



Pesquisadores americanos estão testando uma potencial inovação: em vez de cortar um pedaço do tumor para fazer a biópsia do câncer, um exame de sangue promete encontrar pequenos trechos do DNA do câncer no sangue do paciente.

A expectativa é que o teste — muito menos oneroso que a biópsia tradicional ou a tomografia computadorizada — permitirá oncologistas a concluir rapidamente a eficácia do tratamento e uma forma de monitorá-lo, caso o câncer desenvolva uma resistência. Neste caso, o tratamento poderia ser abandonado rapidamente, poupando os pacientes de efeitos colaterais e permitindo que os médicos testem alternativas.



— Isso pode mudar definitivamente a forma como monitoramos a resposta aos tratamentos, assim como a possibilidade de resistência a eles. E, no futuro, também pode ser usado para o diagnóstico precoce — disse José Baselga, diretor médico do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, em Nova York.




Os pesquisadores, no entanto, ressaltam que ainda é necessário averiguar a precisão e a confiabilidade do novo teste. Até agora, poucos estudos foram realizados e apenas para alguns tipos de câncer, como os de pulmão e cólon. Mas os resultados preliminares são animadores. Um estudo do Instituto Nacional do Câncer dos EUA publicado este mês na revista “The Lancet Oncology”, envolvendo 126 pacientes com o tipo mais comum de linfoma, descobriu que o teste indicou a recorrência da doença mais de três meses antes da tomografia computadorizada. A biópsia líquida também identificou pacientes que provavelmente não responderiam às terapias.

Entre os resultados bem sucedidos está o da professora Mary Susan Sabini, da cidade de Gardiner, no estado de Nova York. Seu câncer de pulmão resistiu a duas tentativas de quimioterapia . Os médicos no Centro de Sloan Kettering identificaram o DNA do câncer em seu sangue quando ela começou a tomar uma droga experimental em outubro.

Quatro dias depois, os fragmentos de DNA do câncer haviam desaparecido, o que seria um sinal de que o tratamento estava funcionando. Após alguns meses, ela passou por uma tomografia computadorizada, que confirmou o encolhimento do tumor.



— Cada câncer tem uma mutação que pode ser acompanhada por este método — explicou David Hyman, o oncologista de Sloan Kettering que está conduzindo o estudo da droga experimental de Mary Susan.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Metade da população desconhece a leucemia



Cerca da metade dos brasileiros não sabe que tipo de doença é a leucemia. E mais: 20% da população sequer sabe o que é leucemia. Esses números foram apontados por pesquisa Ibope, encomendada por uma indústria farmacêutica. Dos 50% restantes, 8% afirmaram ser um câncer, mas não conseguiram precisar qual.

— Ainda existe muita confusão em relação a leucemia, principalmente sobre os sintomas e o tratamento. Por outro lado, segundo a pesquisa, mais de 25% dos entrevistados disseram que conheciam alguém que já teve a doença — apontou o hematologista do Hospital Albert Einstein, Guilherme Perini, sobre outro dado do estudo que apontou que 28% afirmaram conhecer alguém com leucemia.



Entre outros números, o Ibope mensurou que os sintomas reais da doença, como infecções recorrentes, sangramentos e dores nos músculos e articulações, são citados, mas em menor proporção (12%, 17% e 17%, respectivamente) do que a perda de peso e a queda de cabelo (51%) que, na verdade, são sintomas do tratamento quimioterápico. A pesquisa constatou que 45% dos brasileiros desconhecem totalmente os sintomas da doença.




O Ibope ouviu mais de duas mil pessoas em todo o Brasil durante o mês de março deste ano e apontou ainda que dos 42% que especificaram exatamente o que é a leucemia, 29% são moradores das regiões Norte e Centro-Oeste; 40% do Nordeste; 46% do Sudeste e 48% do Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a região Norte é a única na qual o ranking dos cinco tipos mais incidentes de câncer entre os homens inclui as leucemias.

No geral, segundo o Inca, o câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira em 2015, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

De acordo com Perini, a população também desconhece que a leucemia pode ser tratada com remédios, além da quimioterapia e o transplante de medula óssea.

Ele explica que os tratamentos para as leucemia linfoide aguda (afeta células linfoides e se agrava rapidamente; mais comum em crianças pequenas) e para a leucemia mieloide aguda (afeta as células mieloides e avança rapidamente; ocorre tanto em adultos como em crianças) são a quimioterapia ou o transplante ou ambos.

Mas, no caso da leucemia linfoide crônica (se desenvolve vagarosamente; comum em pessoas com 55 anos ou mais) e da leucemia mieloide crônica (também se desenvolve vagarosamente e acomete principalmente adultos), os tratamentos podem ser menos agressivos.

Perini disse que para casos de mieloide crônica, remédios podem ser suficientes. E que o tipo linfoide crônica é o mais comum (cerca de 50% dos dentes com leucemia) e que proporciona "sobrevida alta".

— Nesse caso, há novas drogas aprovadas fora do Brasil que devem chegar em brave por aqui. Outra evolução no tratamento é a diminuição da taxa de mortalidade em casos de transplante.

BANCO DE DOAÇÃO

Segundo dados da última estimativa de novos casos de câncer do Inca, as leucemias são o nono tipo mais frequente de câncer entre homens e o décimo entre mulheres no Brasil.

São estimados 9.370 novos casos para cada 100 mil habitantes no país em 2015. Destes, 4.150 casos na região Sudeste (2.210 em homens e 1.940 em mulheres) mas com taxa bruta maior em na região Sul (estimados 1.140 novos casos em homens e 920 novos casos em mulheres, num total de 2.060 novos casos, com uma taxa bruta de 8,13 novos casos para cada 100 mil homens e 6,30 novos casos a cada 100 mil mulheres).

Segundo o Inca, qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea (retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia). O Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), com cerca de 3,6 milhões de doadores, é o terceiro maior cadastro do mundo, atrás dos EUA (cerca de 7 milhões) e Alemanha (cerca de 5 milhões).

Inicialmente, os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

Os dados do doador são cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Em caso de compatibilidade, outros exames de sangue serão necessários. Em caso de busca de doador não-aparentado, não há fila ou espera. Isso porque este procedimento depende única e exclusivamente da compatibilidade entre doador e receptor.

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o Inca também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea, de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento.

Hoje, um paciente inscrito no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) tem 88% de chances de encontrar um possível doador não aparentado compatível na fase inicial da busca. Destes 88%, de 50 a 60% vão ter um doador compatível confirmado.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Suíça testa novo tratamento contra o câncer


Carta Capital


O oxigênio é o ponto central de um estudo de combate ao câncer que cientistas estão desenvolvendo na Universidade de Zurique. Eles aplicam oxigênio nos tumores ao invés de reduzir a quantidade, como acontecia em terapias anteriores.

Os pesquisadores usam a molécula química ITPP (Inositol tris pirofosfato), com o intuito de normalizar os vasos sanguíneos modificados pelo tumor, elevando a sua oxigenação. Segundo o diretor do estudo, Pierre-Alain Clavien, depois começa-se com a quimioterapia.

“Em testes com animais, observamos que a quimioterapia é muito mais eficaz. Se combinarmos os dois métodos, conseguimos resultados muito bons”, explica.

Tumores no pâncreas, fígado e intestino grosso estão entre os tipos mais perigosos. Se a doença está em fase inicial, o paciente geralmente pode ser operado. Se o tumor já está avançado, o procedimento cirúrgico já não é mais possível, e é necessária radioterapia ou quimioterapia.

Esses tratamentos levam à inibição da formação de vasos sanguíneos, o que reduz o oxigênio disponível no tumor. Esse é até agora um método mais comum para fazer com que o tumor cresça mais lentamente.

Segundo Përparim Limani, do centro de doenças hepáticas e pancreáticas do Hospital Universitário de Zurique, estudos recentes mostram que tais métodos podem levar exatamente ao efeito contrário.

“A partir de um determinado tamanho de tumor, o fornecimento de oxigênio através do sangue não é mais suficiente para alimentá-lo. Forma-se a chamada hipóxia, ou seja, a redução do teor de oxigênio. Essa hipóxia altera o metabolismo do tumor e, assim, o seu comportamento.”

Os tumores ficariam então mais agressivos e iniciariam uma migração pela corrente sanguínea e vasos linfáticos para os órgãos onde existe mais oxigênio. Neste ponto, ocorre o perigo da metástase, ou seja, o início de uma nova formação tumoral a partir de outra.

Segundo Hellmut Augustin, professor do Centro Alemão de Pesquisas sobre o Câncer, o maior desafio ainda é a metástase. “O tumor primário acessado pelo cirurgião é geralmente removido. Mas o que leva na verdade à morte é a metástase, a fase que menos entendemos.”

Em janeiro deste ano, a autoridade reguladora de medicamentos na Suíça (Swissmedic) e a Comissão de Ética Cantonal de Zurique aprovaram o estudo do método envolvendo o ITPP. A expectativa é que 70 pacientes sejam submetidos ao tratamento. O objetivo inicial é determinar a dose ideal para os pacientes e testar a tolerância.

“Além disso, nós esperamos tirar as primeiras conclusões sobre o efeito do ITPP nos tumores”, afirma Limani. Se os testes com o tratamento forem bem-sucedidos, calcula-se que a autorização para a comercialização possa ser dada em um período de três a cinco anos.

A Universidade de Zurique havia definido a nova abordagem, no mês de janeiro, como “uma maneira radicalmente nova de combate ao câncer.”

Os cientistas alemães, no entanto, são cautelosos. “Ainda é preciso verificar se no final o método funciona melhor ou não. A conclusão de que é uma mudança radical é um pouco exagerada. De qualquer forma, se trata de uma abordagem interessante”, opina Augustin.

sábado, 25 de outubro de 2014

Butantã vai testar droga contra o câncer em humanos



O Instituto Butantã entrou na reta final para os testes clínicos - com humanos - de uma nova droga contra o câncer produzida a partir de uma proteína encontrada na saliva do carrapato-estrela (Amblyoma cajennense). Os experimentos feitos com camundongos e coelhos, inteiramente concluídos, mostraram que a proteína levou à regressão de tumores renais, de pâncreas e do tipo melanoma, além de reduzir metástases pulmonares derivadas desses tipos de câncer.

De acordo com a coordenadora do estudo, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, o instituto está esperando autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos em humanos. "Confirmamos que a proteína ataca e mata as células cancerígenas sem oferecer risco às células saudáveis. Os testes pré-clínicos foram um sucesso e temos tudo pronto para termos um medicamento inovador para tratamento do câncer com menos efeitos colaterais", disse.




Segundo ela, as pesquisas foram iniciadas há cerca de dez anos no Laboratório de Bioquímica e Biofísica. Mas o impulso definitivo aconteceu em 2013, com a construção de uma nova infraestrutura, exclusivamente voltada para o projeto, financiada com recursos de mais de R$ 15 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O instituto conseguiu também parceria com a indústria farmacêutica nacional para realizar os testes. Segundo ela, o modelo de pesquisa e desenvolvimento traçado pelo instituto é um marco para a ciência brasileira. "Graças à expertise do instituto e à estrutura do laboratório, conseguimos produzir a proteína em biorreatores dentro das condições exigidas pelos órgãos reguladores e adiantamos os testes de estabilidade e toxicidade."

Assim, segundo ela, foi possível levar a pesquisa até um estágio tão avançado que a indústria se sentiu confortável para fazer uma formulação e tocar os ensaios pré-clínicos. "Com isso, acredito que conseguimos criar um modelo de desenvolvimento de novos fármacos viável para o País", disse. Transformar as pesquisas feitas na bancada dos laboratórios em produtos disponíveis no mercado, segundo ela, é um notório gargalo para a produção de novos medicamentos.

Saliva de carrapato

De acordo com Ana Marisa, o interesse inicial do laboratório no carrapato-estrela não tinha nenhuma relação com o câncer. Os cientistas queriam entender como a espécie, que se alimenta de sangue de animais, é capaz de impedir sua coagulação. "Analisamos uma série de substâncias na saliva do carrapato e encontramos uma proteína que inibia uma fase importante do processo de coagulação sanguínea. Como é difícil trabalhar diretamente com a saliva do animal, analisamos os genes envolvidos com a expressão dessa proteína e, com técnicas de engenharia genética, expressamos essa proteína em bactérias", afirmou.

Durante os vários testes com a nova molécula - batizada de Amblyomin-X -, os pesquisadores notaram que, além de inibir a coagulação em células de vasos sanguíneos, ela matava células tumorais. "Testamos em culturas e células, em camundongos, depois em coelhos. O resultado era sempre o mesmo: as células normais permaneciam ilesas e as células tumorais morriam", disse.

Utilizando marcadores biológicos, os cientistas acompanharam a trajetória da molécula no organismo dos animais. "Nos animais sem tumores, vemos a molécula dar uma volta e ser excretada. Nos que têm tumor, ela fica estacionada. Isso demonstra a baixa toxicidade da droga", disse Ana Marisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Info

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Lei dos 60 dias passa a valer a partir do exame de diagnóstico de câncer



O Ministério da Saúde publicou esta semana portaria que resolve impasse trazido pela Lei dos 60 Dias (12.732/12), que dá ao paciente de câncer o direito de ser tratado em até 60 dias após o diagnóstico da doença. Com a nova publicação, o que vale é a data do diagnóstico da doença no exame (laudo patológico).

Pela regulamentação anterior, o prazo começava a valer apenas a partir da inclusão do diagnóstico no prontuário eletrônico, o que só acontece na primeira consulta depois que o resultado dos exames ficam prontos.

Para a mastologista e presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, Maira Caleffi, a lei perdia o efeito com a antiga regulamentação, já que o prazo de 60 dias só começava a contar depois que o paciente conseguisse a consulta com o médico especialista, o que poderia levar meses para acontecer.

“A lei já trazia essa nova determinação, mas veio a regulamentação e trouxe uma variável, com isso ficava mais difícil ter a contagem dos 60 dias”, explicou ,

Segundo Maira, além disso, a regulamentação condicionava a contagem do prazo à inclusão do diagnóstico no Sistema de Informações do Câncer (Siscan), que ainda não funciona em todo o país. Lançado pelo Ministério da Saúde em outubro do ano passado para receber prontuários computadorizados enviados pelas secretarias de saúde, até o dia 22 de maio o sistema só tinha chegado a 1.546 municípios, cerca de 30% do total existente no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, nos 1.546 municípios que utilizam o sistema, 1.093 casos de câncer foram registrados nos últimos meses. Desses, 57% tiveram início do tratamento antes de 60 dias.

A regulamentação foi alterada através da Portaria 1.220/14, publicada ontem (4) no Diário Oficial da União.

Agência Brasil

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Convênios deverão oferecer 37 remédios orais para o tratamento domiciliar do câncer



A nova lista de procedimentos que devem ser oferecidos pelos planos de saúde passa a vigorar hoje com o acréscimo de 87 novos tratamentos e medicamentos.

A mudança vale para planos contratados a partir de 2 de janeiro de 1999 e para os anteriores, mas já adaptados.

De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), a cobertura obrigatória passa a incluir 37 medicamentos orais para o tratamento domiciliar de diferentes tipos de câncer. Entre eles, câncer de mama, útero, ovário, intestino e rim.

Também serão inclusos 50 novos exames, consultas e cirurgias. Na lista, estão 28 tipos de cirurgias por videolaparoscopia (procedimento menos invasivo, que reduz os riscos para o paciente).

Veja quais são os 50 novos exames e os 37 medicamentos incluídos na lista da ANS

Está prevista ainda a ampliação do número de consultas e sessões com profissionais de fonoaudiologia e nutrição, que passa de 6 para 12, e a inclusão do tratamento com fisioterapeuta, além de 12 consultas com psicólogo e psicoterapeuta.

Na cobertura odontológica, deverão ser oferecidos os enxertos periodontais e testes de acidez na saliva.

GENÉTICA

Com as novas mudanças, a ANS amplia a cobertura obrigatória dos planos com relação a novos exames para detectar doenças genéticas.

Um deles é o de análise dos genes BRCA1/BRCA2, usado no diagnóstico de câncer de mama e ovário hereditários. A alteração nesses genes fez com que a atriz Angelina Jolie retirasse as mamas em 2013, de forma preventiva.

Também terá cobertura obrigatória o diagnóstico da síndrome de Lynch, câncer hereditário que atinge em especial o cólon e o reto.


Folha

domingo, 1 de dezembro de 2013

A CURA DO CÂNCER, por Drauzio Varella


Se um dia você ouvir que foi encontrada a cura do câncer, não leve a sério.

O que chamamos de câncer é, na verdade, um conjunto de mais de cem doenças que, em comum, têm apenas a célula maligna. Não só os tumores originados nos diversos órgãos apresentam características próprias, como aqueles oriundos de um mesmo tecido evoluem de forma variável em cada indivíduo. Por exemplo: estima-se que para um câncer de mama atingir 1cm de diâmetro pode levar de dois a 17 anos, conforme o caso. Há tumores que se disseminam pelo organismo antes de serem detectáveis pelos exames radiológicos mais sensíveis, enquanto outros de aparência idêntica, operados quando já mediam 5cm, nunca se espalham.

É evidente que a escolha do tratamento precisa levar em conta todas essas peculiaridades. Para tanto, é fundamental identificarmos fatores prognósticos: conjunto das características que dão idéia da gravidade do quadro e da probabilidade de resposta à terapêutica.

Na década de 1970, sugiram os primeiros estudos cooperativos internacionais. Neles, pesquisadores de vários centros reúnem em pouco tempo centenas, milhares de pacientes com o mesmo tipo de câncer, divididos de acordo com determinados fatores prognósticos, para distribuí-los ao acaso com a finalidade de receber esquemas de tratamento que serão comparados estatisticamente no final. Esses estudos provocaram uma revolução na cancerologia. Decidir a melhor forma de tratar alguém deixou de depender exclusivamente da impressão subjetiva do médico.

Hoje, por mais promissora que seja uma droga, só será aprovada para uso clínico caso demonstre eficácia nesses estudos internacionais com milhares de pacientes. Como consequência, dispomos de medicamentos bem avaliados, com índices de resposta previsíveis e toxicidade conhecida. Esse processo, no entanto, é caro e demorado. A indústria farmacêutica calcula que são necessários no mínimo dez anos de pesquisa
para lançar um novo produto no mercado, a um custo médio de um bilhão de dólares.

Para complicar, a experiência mostra que cada medicamento descoberto ajuda a curar apenas certos subgrupos de pacientes e a prolongar por mais alguns meses a sobrevida dos incuráveis.

Todos os tumores avançados que curamos nos dias atuais exigem combinações de várias drogas, frequentemente associadas a modalidades como cirurgia e radioterapia.

Cenário atual

Este é o cenário atual: a sociedade exige remédios eficazes e seguros, mas eles consomem tempo e dinheiro para provar sua utilidade. Num congresso internacional realizado neste mês na cidade americana de New Orleans, um pesquisador fez o cálculo de quanto gastaria um doente com câncer de intestino avançado que vivesse 18 meses à custa do uso dos principais antineoplásicos disponíveis: US$ 250 mil, sem contar gastos com analgésicos,
exames, consultas ou internações! – “Que país poderá pagar essa despesa?” – perguntou ele.

Tradicionalmente, os avanços tecnológicos ficam mais baratos à medida que se popularizam. Entretanto, isso não acontece com a maioria dos medicamentos usados em oncologia; eles entram no comércio a um preço elevado para serem logo substituídos por inovações mais caras ainda.

Prevenção e diagnóstico precoce

Como não viveremos as décadas necessárias até a ciência descobrir e testar todas as drogas necessárias, o que fazer para não morrermos de câncer?

Antes de tudo, lembrar que essa é uma doença passível de prevenção: perto de 40% dos casos são provocados por cigarro. Vida sedentária, consumo exagerado de álcool, dietas pobres em vegetais e ricas em alimentos altamente calóricos que levam à obesidade são responsáveis por mais 30% (só para citar as causas evitáveis mais importantes).

Mas, como nos defender dos tumores que surgem ao acaso ou por predisposição genética?

Nessas situações, a única solução é o diagnóstico precoce. Alguns exames, como a mamografia, permitem evidenciar tumores antes de atingirem 1cm, apresentação curável em quase 100% dos casos. Outros, como a colonoscopia, permitem não apenas visualizar o intestino por dentro e surpreender tumores iniciais, como retirar lesões na fase pré-maligna para evitar sua progressão.

Estudo das proteínas Quanto às neoplasias para as quais não existem métodos preventivos, a solução virá com o estudo das proteínas.

Os tumores malignos às vezes aumentam a produção de certas proteínas normalmente excretadas pelos tecidos normais. A detecção delas na corrente sanguínea permite o diagnóstico precoce: é o caso do PSA, o exame para detectar o câncer de próstata.

Nos tumores em que ainda não foram identificadas proteínas desse tipo, a ciência básica deverá desenvolver todo esforço para fazê-lo. A tarefa é achar uma agulha no palheiro: encontrar, no meio de cerca de um milhão de proteínas presentes no sangue, qual delas foi produzida especificamente pela célula tumoral. O conhecimento para tanto está disponível, o que falta é um Projeto Proteinoma de cooperação internacional, como foi o Projeto Genoma que identificou todos os genes humanos em 12 anos.

O conhecimento dessas proteínas exclusivas das células malignas possibilitará inquéritos populacionais com a finalidade de identificar os indivíduos que correm risco de apresentar câncer, de modo a surpreendê-lo na fase inicial. Permitirá ainda avaliar a agressividade de cada caso e a probabilidade de resposta ao tratamento proposto, para evitar o que acontece atualmente: tratarmos cem doentes com esquemas tóxicos, caríssimos, que beneficiarão apenas vinte.

http://drauziovarella.com.br/cancer/a-cura-do-cancer/

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Causas e sintomas do linfoma



O sistema linfático é composto por órgãos, vasos e tecidos linfáticos e pelos linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas), que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema de defesa do organismo.

O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce sem parar e se dissemina pelo organismo.

Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e grau de agressividade diversos. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma de não-Hodgkin. Os primeiros ocorrem em um tipo de célula linfoide conhecido como célula de Reed-Sternberge; os segundos são mais comuns e podem surgir em outras células do sistema linfático.

Causas e Diagnóstico

Alguns linfomas estão relacionados a infecções crônicas, que podem predispor à mutação das células linfáticas. Outros podem ocorrer devido a fatores ambientais, como a exposição a produtos químicos. Na maioria dos casos, no entanto, não há causa definida, mas os linfomas ocorrem mais em idosos.

O primeiro sinal do linfoma é a presença de linfonodos (ínguas) mesmo quando não há nenhuma infecção. Nesse caso, os glóbulos brancos proliferam desordenadamente, gerando o crescimento anormal dos linfonodos. Em geral, os linfonodos infecciosos são dolorosos, ao contrário daqueles presentes nos linfomas.

Quando isso acontece, o paciente deve ser submetido a uma biopsia do gânglio alterado, que será analisada por um patologista. Feito o diagnóstico, o próximo passo é o estadiamento, para identificar outras áreas possivelmente acometidas pelo câncer. Também são pedidos exames de imagem para auxiliar no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento mais usado é a quimioterapia, complementada, em alguns casos, com a radioterapia. A quimioterapia é mais eficaz no linfoma do que nos demais tumores sólidos, como câncer de pulmão e de intestino.

Os anticorpos monoclonais, proteínas presentes no sistema de defesa do organismo alteradas em laboratório, também podem ser utilizados no tratamento associados à quimioterapia.

Recomendações

* Evite a exposição prolongada a produtos químicos, em especial aos produtos agrícolas;

* Pacientes infectados com o vírus HTLV e o vírus HIV correm risco maior de desenvolver linfoma, portanto devem estar mais atentos aos sintomas;

* Faça um autoexame frequentemente. Quanto mais você conhecer o próprio corpo, mais depressa identificará possíveis alterações físicas;

* A incidência de linfoma aumenta com a idade; por isso os idosos, principalmente os de ascendência europeia, devem redobrar a atenção;

* Procure um médico se notar a presença de uma íngua (gânglio) no pescoço, axila, virilha, especialmente se ela não for dolorosa, tiver crescimento rápido, e você não apresentar nenhum outro sinal de infecção.

Fonte-Site do Dr. Drauzio Varella

domingo, 22 de setembro de 2013

Advogado com câncer consegue na Justiça tratamento em hospital particular



O advogado Gabriel Massote, 29 anos, conseguiu na Justiça que seu plano de saúde cubra a internação e a cirurgia em um hospital particular. Massote, que sofre de leucemia, gravou um desabafo enquanto estava internado em um hospital de Goiânia, Goiás. O vídeo gerou comoção e indignação entre os internautas.

Na última quinta-feira (19), a Justiça divulgou um parecer obrigando a Unimed-GO a pagar todas as despesas com o transplante de medula óssea e o tratamento no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Massote pagava o plano de saúde desde 2006. Em 2011, descobriu que estava com leucemia, mas o plano de saúde se negou a pagar o tratamento. A mãe do advogado vendeu a casa e o carro para cobrir os custos.




Em uma primeira ação judicial movida pela família contra a Unimed-GO, a empresa foi obrigada a reembolsar os R$ 320 mil gastos com a internação. Na decisão liberada na quinta-feira, o plano é obrigado a pagar o restante do tratamento no Hospital Sírio-Libanês.

A Unimed-GO alegou que o hospital não fazia parte da rede credenciada pelo plano.

R7




Mais sobre o caso:


Liminar manda Unimed custear transplante no Sírio Libanês




Em liminar assinada nesta quinta-feira (18), a juíza Heloísa Silva Mattos (foto), em atuação na 4ª Vara Cível de Goiânia, mandou a Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico autorizar, em 24 horas, a internação de G.M.P. no Hospital Sirio Libanês, em São Paulo (SP), para realização de transplante de medula óssea.

Ele sofre de leucemia linfocítica aguda e precisa do procedimento para sobreviver mas não encontrou, em Goiânia, instituições médicas habilitadas para fazê-lo.

A liminar foi deferida em ação de obrigação de fazer cominada com indenização por danos morais com pedido de tutela antecipada. Nela, G.M.P. relatou que, ao ser informado da necessidade de se submeter à intervenção, procurou o Hospital Araújo Jorge, na capital, e foi informado que a instituição não dispõe de autorização do Ministério da Saúde para a realização do transplante de medula óssea alogênio não aparentado, indicado para seu caso. Segurado da Unimed desde 2006, ele descobriu que o Sírio Libanês estava apto para o procedimento e mantinha convênio com o plano de saúde para tanto. Contudo, a seguradora não autorizou sua realização.

Ao deferir a liminar, Heloísa Mattos observou que G.M.P. comprovou, nos autos, a existência de contrato com a Unimed, o qual abarca tratamento oncológico e transplantes. “Não há que se falar em tempo de carência, tendo em vista que o documento, datado de 7 de janeiro de 2011, prevê a carência de 180 dias para o tratamento oncológico”, salientou a magistrada.

Ainda segundo a juíza, o segurado juntou prova da indispensabilidade do tratamento bem como declaração do Hospital Sírio Libanês acerca da possibilidade imediata do procedimento. “O transplante de medula configura condição necessária à sobrevivência do autor (G.M.P.) em virtude da enfermidade que possui, o que mostra presente o caráter de urgência necessário para deferimento da medida”, considerou Heloísa. Pela liminar, a Unimed ficou responsável por todas as despesas relacionadas ao transplante, incluindo medicamentos, taxas, honorários médicos e qualquer outra despesa devida ao transplante. (Texto: Patrícia Papini – Centro de Comunicação Social do TJGO)


É absurdo o fato de que, mesmo pagando uma das versões mais caras do plano de saúde, a Unimed tenha se recusado a pagar o tratamento dele em São Paulo, tendo em vista que em Goiânia o procedimento não poderia ser feito. Não é incomum o fato de que planos de saúde se recusam a custear tratamentos ou fazem outras coisas absurdas, como rejeitar clientes idosos.

Leia aqui, no blog dele, mais detalhes sobre o caso.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Linfoma: o que é e como tratar



O sistema linfático é responsável pela defesa do organismo. Ele é composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas) que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Quando uma célula normal desse sistema se transforma, cresce de maneira desordenada e dissemina-se pelo organismo, temos o surgimento de um câncer: o linfoma.

Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e graus de agressividade diferentes. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma de não-Hodgkin. O primeiro ocorre em um tipo de célula linfoide conhecido como célula de Reed-Sternberge; o segundo é mais comum e pode surgir em outras células do sistema linfático.

Causas e Diagnóstico – Apesar de não ter causa conhecida, alguns linfomas estão relacionados a infecções crônicas, outros podem ocorrer devido a fatores ambientais, como a exposição a produtos químicos. Por não ter causa conhecida, não há como prevenir o linfoma. O diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de descobrir e tratar a doença a tempo.

O primeiro sinal é a presença de ínguas, mesmo quando não há nenhuma infecção ou dor. Conhecer o corpo é importante, assim fica mais fácil identificar possíveis alterações físicas. O oncologista do Hospital de Câncer de Barretos, Gilberto Colli, lembra que quem tiver um caroço no pescoço, em baixo do braço, rápida perca de peso ou febre de origem indeterminada deve procurar um médico. “As vezes a pessoa tem um gânglio que não dá importância e pode ser um primeiro sinal do linfoma”, comenta.

Gilberto Colli explica que o linfoma pode acontecer em qualquer faixa etária, mas tem dois picos de aumento da incidência: entre a infância e a adolescência e por volta dos 40 anos. A doença é tratada com quimioterapia e ou radioterapia. “Normalmente, o paciente com uma ou duas sessões de quimioterapia já se sente muito bem. Começa a ter apetite, a recuperar peso e fica com outro astral”. Dr. Colli ressalta que boa parte dos casos é altamente curável. Mas, para que seja considerado curado é preciso que o paciente tenha finalizado o tratamento e não apresentado a doença há pelo menos cinco.

Muitos pacientes com câncer temem a quimioterapia devido à queda de cabelo causada pelo tratamento. Ainda não existem medidas preventivas, mas o oncologista explica que o cabelo não demora a crescer e nem todos precisam raspar a cabeça: “Apesar de ser um choque, pois muda a aparência, com o fim do tratamento o cabelo volta a crescer normalmente”, afirma Gilberto Colli.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Um passo para a cura do câncer



Um dos grandes obstáculos no tratamento do câncer, principalmente em seus estágios terminais, quando as metástases já se espalharam pelo corpo, é matar os tumores sem, no entanto, matar o doente antes. As altas doses de radiação ou quimioterapia necessárias para eliminar as células tumorais também atacam as saudáveis, debilitando os pacientes a um ponto em que seu organismo não consegue mais funcionar. É algo como tentar regar um vaso com uma mangueira de incêndio: a água em excesso acaba por matar a planta. Agora, porém, cientistas da Universidade de Michigan descobriram um mecanismo biológico capaz de proteger o trato gastrointestinal dos danos das terapias e mantê-lo em funcionamento, aumentando exponencialmente as chances dos pacientes sobreviverem a quantidades normalmente letais de remédios ou radiação.

- Acreditamos que isso eventualmente vai permitir a cura do câncer mesmo em estágio terminal. Se nossas previsões estiverem corretas, as pessoas não vão mais morrer de câncer – afirma Jian-Guo Geng, professor da Universidade de Michigan cujo laboratório foi responsável pela descoberta, publicada em artigo na edição desta semana da revista “Nature”. - Todos os tumores em diferentes tecidos e órgãos podem ser eliminados por altas doses de quimioterapia ou radiação, mas o desafio atual no tratamento do câncer em estágio terminal é que na verdade matamos os pacientes antes de matarmos os tumores. Mas agora temos uma maneira de fazer com que os pacientes tolerem doses letais de quimioterapia ou radioterapia. Dessa forma, o câncer pode ser erradicado com crescentes doses de ambas.

Geng e sua equipe descobriram que certas proteínas se ligam a moléculas específicas nas células-tronco intestinais, responsáveis por naturalmente reparar danos nos órgãos e tecidos locais, fazendo com que elas se multipliquem rapidamente. Quantidades normais destas células não conseguem fazer frente ao estrago causado pelas doses maciças de remédios ou radiação capazes de eliminar o câncer metastático, mas com seu exército reforçado o trato gastrointestinal pode continuar em operação. Isso permite que o corpo dos pacientes continue a absorver nutrientes e a realizar outras funções ao mesmo tempo em que impede que as bactérias presentes no intestino invadam a corrente sanguínea, o que, diz Cheng, dá a eles maiores chances de sobreviverem a doses cada vez maiores dos tratamentos até que os tumores sejam erradicados.

No estudo, feito em camundongos, 50% a 75% dos animais que receberam as proteínas toleraram quantidades de quimioterápicos que de outra forma seriam letais, enquanto nenhum dos camundongos do grupo de controle, que ficaram sem as proteínas, morreram. Cheng destaca, porém, que o método ainda não foi testado em humanos, então não há como saber se o trato gastrointestinal das pessoas seria preservado como o dos animais. Além disso, diz, mesmo que no futuro o tratamento se prove eficiente em humanos, ainda seriam necessários pelo menos dez anos para ele ficar disponível para uso nos hospitais.

- Por enquanto, encontramos apenas uma maneira de proteger os intestinos de camundongos – reconhece. - Nosso próximo passo é atingir uma taxa de sobrevivência de 100% dos animais que tiveram as proteínas injetadas e receberam doses letais de quimioterapia e radioterapia.


O Globo

Um dos maiores problemas das neoplasias é que elas se tornam resistentes aos tratamentos muitas vezes, ao longo destes. Burlar a capacidade da doença "evoluir" também é uma das formas de tornar os medicamentos quimioterápicos mais eficazes.

sábado, 1 de junho de 2013

Hospital usa super-heróis na luta contra o câncer infantil



Diversos hospitais mundo afora optam por criar ambientes coloridos e artísticos que contribuam com a recuperação dos pacientes infantis, estimulando a imaginação das crianças no lugar do confinamento em espaços frios e intimidantes.





O Hospital A.C. Camargo, em sua unidade dedicada ao câncer, recorreu ao universo dos super-heróis para mudar a percepção negativa que as crianças tem do tratamento.


Equipamentos e medicamentos ganharam uma nova roupagem, utilizando elementos dos personagens da DC Comics. Os soros de quimioterapia são exibidos para as crianças como super-fórmulas, em corredores chamados de Hall da Justiça, e histórias em quadrinhos que explicam a doença e motivam na luta contra os vilões.


A criação é da JWT Brasil.




Exame

sexta-feira, 8 de março de 2013

SP terá serviço integrado de atendimento a doente com câncer



DE SÃO PAULO - O Estado de São Paulo passa a implementar hoje um serviço que integrará os procedimentos de combate ao câncer nas unidades públicas de saúde. A intenção é ampliar o acesso aos tratamentos, uniformizar procedimentos e agilizar a chegada dos pacientes aos locais de atendimento.

Chamada de "Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer", em homenagem à apresentadora que completaria 84 anos hoje, a iniciativa tem um aporte de R$ 143,5 milhões que serão aplicados na melhoria de unidades e na criação de novos centros de atenção à doença.

A rede vai unir 71 centros públicos espalhados pelo Estado e terá um Centro de Regulação Oncológica, que ficará em São Paulo. Inicialmente, 13 pontos vão receber recursos.

"Hoje, em alguns casos, as pessoas fazem uma peregrinação em busca de um local para fazer o seu tratamento. Algumas se cadastram em mais de um hospital. Agora, o centro vai fazer o encaminhamento para o melhor lugar e vai distribuir o fluxo de pessoas", disse Paulo Hoff, presidente do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira).

Segundo Hoff, as chances de cura para o câncer estão entre 60% e 70%. O acesso rápido ao tratamento é fundamental para os bons resultados.

"A rede entra no contexto de organizar a estrutura que temos hoje no Estado e para otimizar os atendimentos. Quanto mais cedo é o diagnóstico, maior é a chance de sucesso."

O objetivo do sistema, a médio prazo, é que todas as pessoas do Estado que procurem o sistema público de saúde iniciem o tratamento contra o câncer em menos de 60 dias e que o local de atendimento fique a, no máximo, duas horas de sua casa. São Paulo tem cerca de 130 mil casos da doença por ano.




Folha de São Paulo

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Países estão despreparados para cuidados com o câncer, alerta OMS



Mais da metade dos países no mundo têm dificuldade para prevenir o câncer e oferecer tratamento aos pacientes, segundo alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde). Isso significa que, nessas localidades, não há um controle eficiente da doença que inclua prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados.

No Dia Mundial do Câncer, lembrado hoje (4), o órgão destacou a necessidade urgente de ajudar países em desenvolvimento a reduzir as mortes provocadas pelo câncer e a oferecer tratamento de longo prazo apropriado, na tentativa de evitar o sofrimento humano e proteger o desenvolvimento social e econômico.

Mortalidade por câncer de mama no Brasil supera a dos EUA

HPV é a principal causa de câncer de colo de útero. Entenda

De acordo com a organização, o câncer permanece como a principal causa de morte em todo o planeta — 7,6 milhões de pessoas morreram em razão da doença em 2008 e, a cada ano, quase 13 milhões de casos são diagnosticados. Mais de dois terços desses casos e dos óbitos são detectados em países em desenvolvimento, onde as taxas de incidência, segundo a OMS, aumentam de forma alarmante.

“Pesquisas sugerem que, atualmente, um terço de todas as mortes por câncer são causadas por hábitos modificáveis incluindo o tabagismo, a obesidade, o abuso de álcool e infecções. Se detectados precocemente, muitos tipos de câncer como o câncer de mama, o câncer cervical e o câncer colorretal podem ser curados com sucesso”, informou a organização.




Um estudo recente feito pela própria OMS em 185 países demonstra que até mesmo localidades que contam com políticas de controle do câncer têm dificuldade para traduzir o comprometimento do governo em ações. Apenas 17% dos países africanos e 27% dos países subdesenvolvidos têm planos de controle do câncer com uma quantidade de recursos suficientes para que possam ser implementados.




Outro dado alarmante mostra que menos da metade dos países no mundo têm registro detalhado da incidência da doença. “Esses registros são importantes para capturar informações de qualidade em relação aos números e aos tipos de câncer para que políticas nacionais eficazes de controle da doença possam ser desenvolvidas, implementadas e avaliadas”, acrescentou a OMS.




R7

sábado, 29 de dezembro de 2012

SUS terá 11 novas terapias para câncer



O Ministério da Saúde lançou um pacote de medidas para remodelar o tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lista de procedimentos foi atualizada, com a inclusão de 11 terapias, readequação de 20 e exclusão de 9, consideradas obsoletas. Além da revisão dos procedimentos, o ministério criou uma gratificação para incentivar hospitais a fazer mais cirurgias.

"O País dispõe de centros com capacidade para aumentar o número de atendimentos com a infraestrutura existente", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O incentivo será dado para hospitais classificados com porte A e B, que realizam, respectivamente, mais de 1,6 mil cirurgias para tratamento de pacientes com câncer por ano.

Aqueles que superarem a meta receberão um acréscimo de 20% nos valores pagos pelos procedimentos. "A ideia é que centros ganhem em escala. Muitos podem perfeitamente trabalhar em três turnos, realizando, por exemplo, cirurgias ou quimioterapia à noite para pacientes internados", completou Padilha.

A estratégia começou a ser estudada no início do ano por uma equipe do ministério, integrantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. "O objetivo é reduzir ao máximo a espera para o início do tratamento de câncer", disse o ministro.

Além de aproveitar a capacidade já instalada dos centros, Padilha disse ser necessária a criação de pontos de atendimento em áreas onde hoje a oferta ainda é deficiente. "Precisamos reduzir as desigualdades. Para criação de novos serviços, é preciso também garantir profissionais."

O ministro conta que a partir de 2013 uma nova dinâmica para discussão do atendimento de pacientes com câncer será adotada. A ideia é fazer reuniões periódicas com direção de hospitais e representantes de Estados e municípios onde serviços funcionam para avaliar as necessidades, criar estímulos e, se necessário, reorganizar o atendimento.

Fragilidades. O grupo formado no início do ano identificou duas fragilidades no atendimento: a oferta de serviços de radioterapia e cirurgias.

Numa primeira etapa, o governo anunciou a expansão dos centros de radioterapia. A meta é ter, até 2014, 80 centros de atendimento. Além dos serviços públicos, o governo autorizou a realização de tratamentos radioterápicos em serviços especializados particulares conveniados com o SUS.

"Novos centros foram credenciados, sobretudo nas Regiões Norte e Nordeste", disse o ministro. A meta agora é melhorar a oferta de cirurgias. "Além da incorporação de novas técnicas, decidimos reajustar as tabelas."

Entre as novas cirurgias, cinco são de cabeça e pescoço. O valor da internação para quimioterapia em pacientes com leucemias também foi ampliado em três vezes. O valor passará de R$ 167 para R$ 562. Pelos cálculos do governo, isso vai representar um aumento de R$ 25,2 milhões no orçamento de quimioterapia. Ao todo, serão reservados para o tratamento R$ 39,4 milhões.

A revisão nos valores das cirurgias também trará um impacto significativo. A expectativa é de que, para financiar os 121 procedimentos existentes, o orçamento reservado para cirurgias oncológicas passe de R$ 172,1 milhões para R$ 380,3 milhões.

Estadão

Brasil possui vários hospitais de referência no tratamento do câncer, como o de Barretos. O maior problema do SUS está na gestão dos municípios e estados, que muitas vezes não utilizam direito as verbas enviadas pelo governo federal. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Brasil produz medicamento para tratamento de câncer



O Brasil passa a produzir um medicamento para o tratamento contra o câncer pela primeira vez. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã desta quarta-feira (19) o recebimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro lote nacional do Mesilato de Imatinibe, indicado para o tratamento de leucemia mieloide crônica e de estroma gastrointestinal (tumor maligno no intestino).






A produção será feita pelos laboratórios públicos Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Instituto Vital Brazil (da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com cinco empresas privadas. "O Brasil só tem condições de produzir um medicamento como esse e atrair o investimento de empresas nacionais porque somos um dos únicos países com mais de 100 milhões de habitantes a buscar atendimento universal e gratuito para todos", disse Padilha.

O acordo prevê a transferência de tecnologia para fabricação e distribuição do medicamento pelos próximos cinco anos. Para este período, o Ministério da Saúde estima que a iniciativa gerará uma economia de R$ 337 milhões ao SUS. A medida beneficiará cerca de 8 mil pessoas. A previsão é de que em 2013 sejam entregues ao SUS cerca de 4 milhões de comprimidos do medicamento.





Estadão

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aprovado projeto que obriga planos de saúde a oferecer tratamento domiciliar a doentes de câncer




Os planos de saúde poderão ser obrigados a cobrir o tratamento quimioterápico domiciliar de uso oral ao doente de câncer e os custos de medicamentos usados pelos pacientes, como reposição hormonal. Na noite desta quarta, 28, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara aprovou projeto de lei que trata do assunto.

De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), a proposta segue, agora, para análise da Comissão de Constituição e Justiça, em caráter conclusivo, ou seja, caso aprovada, irá à sanção presidencial sem a necessidade de votação pelo plenário da Casa.

De acordo com relator da proposta, deputado Reguffe (PDT-DF), a medida poderá representar economia de R$ 175 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a economia [de recursos] será possível adquirir 58 equipamentos de radioterapia, uma das principais carências do sistema público de saúde, ou construir 580 postos de saúde”, estimou o relator em seu parecer.

Atualmente, segundo o deputado, 40% dos tratamentos oncológicos são de uso oral e feitos em casa. O percentual deve dobrar em 15 anos. “Isso mostra que a legislação deve acompanhar as inovações científicas”, disse.

Pelo texto, os planos de saúde serão obrigados a oferecer planos que incluem atendimento ambulatorial, tratamento de quimioterapia oncológica domiciliar de uso oral e medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento.

No caso dos planos que incluem internação hospitalar, a proposta obriga a cobertura para o tratamento de quimioterapia oncológica ambulatorial e domiciliar, procedimentos radioterápicos e hemoterapia, visando a garantir a continuidade da assistência prestada na internação hospitalar.

“Além do prejuízo causado ao consumidor beneficiário de planos de saúde, a problemática do tratamento oral contra o câncer tem causado impacto negativo ao SUS, que acaba recebendo a demanda reprimida dos planos de saúde, provocando mais custos para o sistema público, que já enfrenta uma crise financeira sem precedentes na história”, ressaltou.


Agência Brasil

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Gastos com tratamento de vítimas de câncer podem chegar a US$ 8 bilhões em 2030



Especialistas estimam que até 2030 os gastos com o tratamento de doentes de câncer cheguem a US$ 8 bilhões. Apenas as doenças derivadas do consumo de tabaco podem custar US$ 133 bilhões. Nos Estados Unidos, a estimativa é que sem novas medidas, o número de tumores malignos deve aumentar 70% até 2030 nos países de rendimento médio e 82% nos países pobres.

No Brasil, pesquisas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que a leucemia é o tipo mais frequente na maioria das populações, correspondendo a 25% ou 35% de todos os tipos, sendo a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) a de maior ocorrência em crianças até 14 anos.

Pelos dados do Inca, os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, correspondem ao segundo lugar, ficando atrás apenas das leucemias. Só na Índia, 70% das mortes por câncer ocorrem na faixa dos 35 aos 69 anos, reduzindo a vida das vítimas em duas décadas em média, segundo as autoridades do país.

Representantes de várias entidades científicas que pesquisam a prevenção e a cura do câncer defendem que é fundamental ampliar os investimentos em pesquisas e políticas públicas. O diretor do Centro para a Pesquisa Global sobre a Saúde, em Toronto, no Canadá, Prabhat Jha, apelou para que os líderes políticos deem mais atenção ao assunto.

Agência Brasil

sábado, 25 de agosto de 2012

Mensagem do ex-presidente Lula sobre o problema do câncer no mundo



Por solicitação do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o ex-presidente Lula gravou vídeo-mensagem para ser exibido na abertura do 22º Congresso Mundial de Câncer da Union for International Cancer Control (UICC), que acontece entre 27 e 30 de agosto de 2012, em Montreal, Canadá. Na mensagem, Lula fala sobre o crescimento do câncer no mundo, de experiência pessoal na luta contra a doença e da importância de unir esforços de governos e sociedades em prol do controle do câncer.

Leia:
Sobre o câncer

Sobre o câncer de laringe

Linfoma

Como reduzir fatores de risco