A princípio, fazer um fime misturando o drama dos judeus nas mãos dos nazistas, a crise dos mísseis entre Estados Unidos contra União Soviética e mutantes parecia impossível. Não para o diretor Matthew Vaughn, que conta a origem da história dos X-men com competência, explicando como vários personagens surgiram e se tornaram o que são nos filmes anteriores e nas histórias dos desenhos dos anos 1990.
A história mostra Erik, o poderoso Magneto (Michael Fassbender) em busca de vingança contra seu algoz Sebastian Shaw (Kevin Bacon), que matou sua mãe apenas para despertar seus poderes mutantes e paranormais. Ele acaba cruzando com o sempre calmo e sábio professor Charles Xavier (James McAvoy) e sua irmã de criação Raven, a Mística, descobrindo que os seres humanos estão passando por uma nova mutação.
Ambos são chamados pelo governo norte-americano para combater e caçar o próprio vilão Shaw, um mutante que absorve energia para se manter sempre jovem e utiliza-a também como arma. Ambas forças antagônicas possuem mutantes notáveis, como o satânico Azazel com seu poder de teleporte ou o interessante Banshee, que consegue voar com seus gritos supersônicos. Um dos momentos mais engraçados do filme ocorre quando o professor Xavier vai recrutar mutantes para ajudá-lo e encontra o velho e boêmio Wolverine (vivido pelo próprio Hugh Jackman), em um diálogo curto e hilário. Também não podemos esquecer do sábio Fera (Nicholas Hoult), vivendo também sua dualidade sobre aceitar ou não sua aparência.
A ambientação nos anos 60 é precisa, colocando os mutantes no meio da crise dos mísseis entre Estados Unidos e União Soviética, que quase deflagrou a Terceira Guerra Mundial. É raro ver um filme de ficção que se inspira em um episódio real sem grandes invencionices. Aliás, um dos responsáveis pelo histórico episódio no filme é o próprio Shaw.
A questão do “nós contra eles” acontece tanto do lado dos mutantes quanto dos humanos, como quando russos e americanos se unem para tentar atacar os mutantes. Várias dualidades interessantes surgem na película, que consegue contar bem a história de todos os personagens, dando-lhes o que fazer sem sobressaltos.
É um filme de tirar o fôlego, tanto para quem já era fã da história dos X-men quanto para quem começa a acompanhar a história agora. Aliás, fica a dica: quem não viu os filmes anteriores, deve correr até a locadora para entender melhor a saga.
X-Men:First Class (X-Men:A origem)-Avaliação: Excelente
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Comentário do Celso:
Assisti ao filme somente hoje (16/06), gostei muito também pois sou aficcionado pelos X-men; direção competente, ótima fotografia e direção.
O filme realmente preenche algumas lacunas da história dos personagens e o porque de certas rivalidades, sem estragar o que já foi mostrado nos filmes me se passam em uma linha de tempo após este episódio.
Uma nota, sem querer estragar a surpresa para quem ainda não assistiu ao filme: a maioria dos mísseis que aparecem sendo disparados de navio russos e norte-americanos não existiam na década de 60.
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