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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cury quer criar táxi popular para reduzir carros nas ruas



Prefeitura estuda liberação de nova modalidade em São José para atrair motoristas e reduzir o número de carros no sistema viário da cidade, que já está saturado; já os taxistas temem concorrência desleal

Beatriz Rosa
São José dos Campos

O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), quer criar mais uma categoria de transporte na cidade --o táxi popular.

A proposta é liberar uma nova frota de carros básicos --1.0, a gás e sem ar condicionado-- para corridas rápidas e com tarifa reduzida.

“Estamos fazendo estudos para ver se existe a possibilidade de implantar um serviço complementar de táxi em São José. Se você cria uma categoria de táxis mais simples e barata, pode tirar um pouco dos carros das ruas”, disse Cury.

O prefeito aprova o atual sistema de táxi, mas defende um novo nicho. “O serviço de táxi em São José é bom e atinge um nicho, só que a gente acha que poderia entrar uma segunda licença por taxista para colocar um carro extra na rua com tarifas mais baixas.”

Sistema. Segundo o prefeito, o novo sistema não tem objetivo de criar competição entre as duas categorias de táxis, mas sim de agrupá-las.



“Nós propusemos isso aos taxistas. É uma ideia, é interessante debater isso e ver se é viável ou não. O objetivo não é competir com o táxi atual, mas competir com quem usa o carro para se locomover dentro da cidade. Esse novo serviço seria restrito à área urbana.”

Polêmica. O projeto ainda está em estudo, mas já causa polêmica entre os taxistas da cidade que temem reduzir sua clientela com o aumento de veículos na cidade.

Entre usuários do transporte público e motoristas, a medida pode ser viável, desde que com tarifa reduzida.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de São José, Carlos Avelar, é contrário ao táxi popular. “Não é viável. Dificilmente pegamos passageiro na rua. Não existe esse costume e a tarifa mais barata poderá provocar uma perda para os carros de primeira linha”, disse.

Avelar também questionou a fiscalização. “Como a prefeitura irá controlar se as viagens dos populares serão somente dentro da cidade?”

O atual sistema mantém 358 carros nas ruas, 90% deles de luxo. O custo da corrida inclui a saída de R$ 4,50, mais o quilômetro rodado que varia de R$ 2,25 a R$ 2,90, dependendo do horário e dia.

Em média, o sistema realiza 5.370 corridas por dia.

Estudos. O secretário de Transportes de São José, Anderson Farias Ferreira, informou que a pesquisa de origem e destino desenvolvida pela prefeitura irá apontar em quais destinos esse serviço poderá operar. “Queremos descobrir onde estão as demandas para viabilizar o projeto. Andar de táxi pode ser mais barato, dependendo do trajeto, porque sair de carro gera despesas e depreciação do carro”, disse.

Modelo. Segundo Ferreira, os táxis populares terão pontos livres de parada e irão circular em núcleos urbanos pré-definidos. “Iremos criar um desenho que não afete o atual sistema.”

Os planos da pasta incluem ainda, em uma segunda etapa, a liberação de alvarás para táxis de luxo. Ferreira espera concluir os estudos até o final deste ano.

O Vale

Mais uma do "gênio". Em vez de obrigar as concessionárias à colocarem mais ônibus na rua e com qualidade, quer colocar mais carros. São José poderia ter ônibus com ar-condicionado, como existem no Rio de Janeiro. É a carroceria comum e você paga um pouco mais pela passagem.
É impressionante como o Cury consegue ser ingênuo. Agora vai ter mais uma categoria contra ele, além dos servidores públicos. O bom dos tucanos é que eles próprios cavam suas covas.
Pensar em metrô de superfície, para diminuiar a poluição e o número de carros nas ruas? Nem pensar.
Fizeram um estudo incompleto e mal-feito para metrô de superfície, mas nem pensaram em outras alternativas de trajeto para um.
Quem está acostumado a pegar ônibus e anda com os vales-transporte (eletrônicos ou não) contados não vai querer gastar dinheiro com corrida de taxi, seja lá qual for, que certamente não vai aceitar passes de papel e também não terá catraca. Quando eu conto das burradas do Cury para quem não é de SJ, o pessoal não acredita. Para acabar com o excesso de carro, o prefeito quer colocar MAIS carro na rua. 

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