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domingo, 20 de fevereiro de 2011

PSDB:Moradores isolados por pedágio estocam gás e comem pão velho

ALENCAR IZIDORO
ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

Heraldo Ezier Bizi, 68, que montou um estoque de seis botijões de gás para fugir do pedágio instalado em Paulínia

Moradores que ficaram isolados pela implantação de uma praça de pedágio na SP-332, em Paulínia (a 117 km da capital paulista) têm que pagar R$ 7,65 até para ir à padaria, ao banco ou à farmácia. Para atenuar a passagem no pedágio, estocam gás e mantimentos. A informação é de reportagem de Alencar Izidoro, publicada na edição da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Há mais de um ano quase toda a vizinhança nas proximidades da fazenda Cascata não come mais pão fresquinho, não recebe a visita da Guarda Municipal (que alega não ter isenção e nem como custear a tarifa para fazer ronda) nem a pizza do delivery. Empresas que vendem gás, galões de água e material de construção interromperam as entregas na região --exceto se a tarifa de R$ 7,65 for paga pelo próprio cliente.

O transporte público não serve de opção --por ser uma área afastada, os ônibus só passam três vezes no dia. A rota à cidade vizinha, Cosmópolis, não adianta. A 3 km, tem outro pedágio, de R$ 5,45 -na ida e na volta.


OUTRO LADO

A concessionária Rota das Bandeiras afirma que a localização dos pedágios foi definida pelo governo e que os contratos não preveem a isenção da tarifa aos serviços públicos como guardas civis. Só veículos de emergência, como os da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, estão livres de cobrança, diz.

A concessionária não comentou a situação de isolamento de alguns moradores. A Artesp (agência do governo paulista) nega qualquer problema e diz que os moradores 'podem utilizar as vias urbanas', mas não apontou quais.

A reportagem esteve no local na última quarta, entrevistou moradores, funcionários do município e da concessionária. Teve que pagar os R$ 7,65 --ninguém soube apontar qualquer alternativa, mesmo que um atalho, para fugir da cobrança.




É assim que o PSDB trata as pessoas.Os moradores poderiam ter isenção e isto não prejudicaria ninguém. Novamente é a marca do desrespeito dos tucanos com a população, explorando todos.

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