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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cientista desaconselha sexo e gravidez em Marte


Os cientistas ainda nem descobriram um jeito de enviar um ser humano a Marte, mas pelo menos três deles já se anteciparam à colonização e desaconselham veemente sexo e gravidez no planeta vermelho. O motivo? Os riscos à exposição de radiação existente no espaço.

O estudo, publicado no "Journal of Cosmology", é do biofísico especializado em radiação Tore Straume, do Centro de Pesquisa de Ames, que pertence à agência espacial americana, a Nasa.

Sexo no espaço, apesar de parecer coisa de louco, é tratado como assunto sério pela Nasa, que impõe um código de conduta para astronautas e aconselha manter um "relacionamento de confiança" e "padrões profissionais" em qualquer situação de trabalho.

DANOS GENÉTICOS

O DNA que se encarrega do desenvolvimento de um embrião fertilizado, e o funcionamento de todas células do corpo, é facilmente danificado pela radiação.

Ela tanto pode vir do próprio planeta como das explosões solares, indica a reportagem sobre o estudo de Straume publicado no site space.com.

Pesquisas com cobaias não humanas mostra que mesmo as pequenas doses de radiação espacial são suficientes para aniquilar células somáticas.

Segundo Straume, um dos efeitos mais radicais em uma possível colonização humana em Marte, exposta à radiação, seria a infertilidade feminina pelos danos provocados no útero delas.

Os bebês gerados, por sua vez, correriam o risco de desenvolver retardo mental e outras deficiências.

Folha

Grande coisa. Em breve inventarão medicamentos para evitar todos estes problemas, além de bases a prova de radiação.

Um comentário:

Luís disse...

Eu não li o artigo original mas como façó pesquisa numa área correlata, a radioterapia, e tenho o conhecimento básico de radiobiologia aqui vão minhas observações à reportagem:

- "seria a infertilidade feminina pelos danos provocados no útero delas." Acho que o que autor se referiu aos danos aos óvulos e ovários pois no parágrafo anterior o repórter da Folha menciona os danos às células somáticas, portanto óvulos.

- infertilidade não seria o grande problema mas sim a quantidade de defeitos genéticos ocasionados pela longa exposição à radiação cósmica durante a viagem. O repórter da Folha menciona isso no último parágrafo mas infertilidade não está diretamente relacionado com a exposição à radiação.

Mas não vejo restrição alguma ao sexo no espaço se não houver concepção.

Um comentário adicional, as drogas radioprotetoras estão ainda bem longe de serem eficazes. Na verdade elas hoje estão mais para pedra filosofal do que a cura do câncer. E quanto a blindagem das espaçonaves isso sim é muito estudado, porém ainda estamos longe de conseguir uma blindagem tão eficiente quanto a nossa atmosfera.