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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Em apoio à Argentina, Brasil barra escala de navio inglês
BUENOS AIRES - Em apoio político à Argentina, o governo brasileiro impediu que um navio de guerra britânico, vindo das ilhas Malvinas, fizesse uma escala no porto do Rio de Janeiro.
Ontem, o Itamaraty confirmou que o governo negou autorização para que a embarcação atracasse no Brasil, explicando que foi uma decisão política e diplomática. O caso havia sido revelado pelo jornal argentino "Clarín".
"A decisão foi tomada à luz do quadro político e diplomático da região", informou o Itamaraty, acrescentando que o Brasil deseja ter um relacionamento mais denso com o país vizinho em relação à situação nas ilhas.
Antes de negar a escala ao navio de patrulha britânico, o governo brasileiro conversou com o argentino. Apesar disso, o Itamaraty disse que a permissão para que navios britânicos parem será tomada caso a caso --não há uma ordem para que a decisão seja estendida a todas as embarcações vindas das Malvinas.
Segundo a Embaixada do Reino Unido no Brasil, foi feito um pedido de "autorização diplomática" para que o HMS Clyde --o navio de defesa das ilhas Malvinas-- fizesse uma escala no porto do Rio entre o fim da primeira semana de janeiro e o início da segunda semana. Ao ter o pedido negado, o navio parou para abastecimento em um porto do Chile.
A embaixada afirmou que o governo britânico respeita a decisão brasileira. O episódio com o navio britânico é a primeira consequência prática da posição adotada pelo Brasil sobre as Malvinas. Em 3 de agosto do ano passado, o então presidente Lula assinou uma declaração em que declarou ser legítima a luta da Argentina pelo território.
A disputa entre a Argentina e o Reino Unido sobre as ilhas Malvinas (ou Falkland, para os britânicos) remete ao ano de 1833, quando Londres ocupou o arquipélago localizado no oceano Atlântico.
Fonte.
Por uma simples questão de proximidade geográfica, defendo que as Malvinas fossem logo declaradas terras argentinas. Os ingleses não precisam de um território na América do Sul e ainda por cima chegaram à ameaçar covardemente a Argentina com armas nucleares no conflito de 1982:
"Porém, a grande revelação dos últimos anos foi a informação publicada no livro Rendez-vouz: La psychanalyse de François Miterrand, escrito por Ali Magoudi, psicanalista de Miterrand entre 1982 e 1983. Magoudi conta que a "Dama de Ferro" Margareth Thatcher ameaçou detonar um ataque nuclear contra a argentina, caso a França não divulgasse os códigos de desativação dos mísseis franceses "Exocet" vendidos para a Argentina, responsáveis por vários estragos à armada britânica.
A "cruel" Margareth Thatcher
Miterrand teria declarado em uma das sessões: "Que mulher mais terrível, esta Thatcher. Com seus quatro submarinos nucleares destacados no Atlântico Sul, ameaça lançar mísseis nucleares contra a Argentina, a menos que a proporcione os códigos secretos que deixariam os mísseis que vendemos surdos e cegos aos argentinos"
Ou seja, a Inglaterra se utilizou de uma sórdida chantagem envolvendo até a França. Quando faltam argumentos racionais e diplomáticos, apela-se para este tipo de manobra suja.
Argentina cita "irmandade" em decisão do Brasil sobre Malvinas
O governo argentino considerou uma prova de "irmandade" o fato de o Brasil ter impedido um navio britânico vindo das ilhas Malvinas de fazer escala no porto do Rio de Janeiro neste mês.
O chanceler do país, Hector Timerman, falou nesta quarta-feira pela primeira vez sobre o assunto, após o governo brasileiro ter confirmado à Folha que barrou a embarcação britânica HMS Clyde por razões "políticas e diplomáticas". O episódio ocorreu no início de janeiro.
"Essa medida mostra nossa relação tão próxima com o Brasil. É parte dessa construção que temos realizado de aliança estratégica e de irmandade, que é demonstrada não só pelo comércio, mas também por meio deste reconhecimento da soberania [argentina nas ilhas Malvinas]", disse o chanceler em entrevista a uma rádio local.
Segundo a Embaixada do Reino Unido no Brasil, o Itamaraty negou um pedido de "autorização diplomática" para que o navio de guerra HMS Clyde atracasse no porto do Rio. A embarcação teve de seguir até um porto do Chile para reabastecer.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que a decisão do governo brasileiro é "padrão".
Segundo ele, o Brasil tomou essa medida porque reconhece a soberania da Argentina sobre as Malvinas.
"É padrão porque todas as demandas que são feitas de navios ou de aviões britânicos de operações de guerra para as Malvinas, o Brasil não aceita sua atracação em portos brasileiros porque nós reconhecemos a soberania nas Malvinas da Argentina e não da Inglaterra", afirmou.
Na terça-feira (11), o Itamaraty informou a permissão para que navios britânicos atraquem em portos brasileiros será tomada caso a caso.
Folha.
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