Alguns filmes são marcados por grandes atuações. Outros,
pela trilha sonora ou pelo roteiro. Por fim, películas podem deslumbrar com
seus efeitos especiais. É o que
acontece no remake de “O Vingador do Futuro”. Na versão nova, o diretor Len
Wiseman não inovou tanto quanto Paul Verhoeven conseguiu no original, mas não
deixou de fazer um bom trabalho. Várias referências ao original estão lá, como a mutante com três seios.
A linha principal da história é a mesma de 1992, com o
diferencial de não haver Marte desta vez. Enquanto no original Shwarzenegger
saiu da Terra para aventurar-se no planeta vermelho, Farrel encara uma missão
entre a Colônia (Austrália) e United Federation of Britain (Grã-Bretanha).
A trama é similar. Douglas Quaid (Colin Farrell) é um
operário estressado e cansado, que trabalha na linha de montagem de policiais
sintéticos. Para piorar, um estranho sonho recorrente está perturbando-o. Para
fugir da dura realidade, ele vai até a empresa Recall, que implanta memórias em
seus clientes, dando a eles a sensação de uma experiência emocionante. Quaid então solicita as lembranças de um agente secreto.
Quando
o processo começa, um esquadrão de soldados invade a empresa e nosso
protagonista mata todos, sem saber como era capaz de realizar tal feito. Ao
regressar para casa, ele toma ciência de que sua esposa Lori ( Kate Beckinsale) é
na realidade uma agente sob ordens do Chanceler Cohaagen (Bryan Cranston), do
governo central britânico. O casamento não era real e sua missão era monitorá-lo.
Quaid então descobre que sua missão é salvar a Colônia da opressão da Bretanha,
indo de uma para a outra em um fantástico elevador que atravessa o centro da
Terra. Ele então encontra Melina
(Jessica Biel), sua antiga companheira e membro da resistência, que auxilia-o a
trilhar o caminho da vitória sobre seus inimigos.
O cenário onde tudo isto acontece, principalmente na
Colônia, lembra muito o pano de fundo do clássico de ficção dos anos 80 "Blade
Runner". A constante chuva, triste, bucólica e suja realmente parece uma
homenagem intencional ao filme de Ridley Scott. As tecnologias presentes na
história, como os videofones e os carros movidos a levitação magnética são
sensacionais e parecem bem plausíveis.
A trilha sonora é discreta, mas eficaz nos momentos de
tensão da película. A trama possui vários desfechos surpreendentes e em alguns momentos o espectador fica na dúvida se o que está se desenrolando é real ou
apenas um sonho do protagonista na Recall.
Por ser uma releitura de um clássico dos anos 90, o filme atual se sai razoavelmente bem, mesmo sem atuações marcantes.
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