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domingo, 26 de agosto de 2012

Resenha do filme " O Ditador"




Sacha Bron Cohen sempre fez questão de ser debochado, politicamente incorreto, bisonhamente engraçado e vulgar em seus trabsalho. Primeiro veio o filme “Borat”, onde interpretava um jornalista do Cazaquistão em aventura pelos EUA. Depois Brüno, um repórter gay especializado em moda. Seus filmes sempre confundiram o público, principalmente devido às câmeras escondidas, sem deixar o espectador saber se algo é roteirizado ou espontâneo. 


Por fim chega a nova película da parceria entre Cohen e o cineasta Larry Charles, “ O Ditador”, satirizando ditadores como Ahmadinejad (Irã), Kim-Jong Il (Coreia do Norte) e tantos outros. No filme, Cohen é o general Aladeen, governante da república de Wadyia.



Anti-semita, anti-ocidente e vivendo em um palácio nababesco, ele é intimado pelas Nações Unidas a fazer um discurso nos EUA, para explicar as intenções das suas pesquisas nucleares. É uma referência aos problemas de nossos tempos, como quando Irã e Coreia do Norte são suspeitos de desenvolverem armas nucleares, quando alegam que as pesquisas são para fins pacíficos – o personagem dá risadas sempre quando fala sobre isso.

Aladeen é um completo idiota, que cisma com coisas banais e sempre manda matar quem discorda dele. Isto acontece, por exemplo, quando ele declara que um míssil nuclear deve ser pontiagudo, conforme ele viu em desenhos animados.
Nos EUA, ele é trocado por um sósia ao ser vítima de uma conspiração de seu tio Tamir e precisa reconquistar seu lugar. Para isso, vai contar com a ajuda da estereotipada ativista vegan de esquerda Zoey (Anna Faris) – seu par romântico na história- e seu ex-cientista nuclear Nadal (Jason Mantzoukas).

O ditador conquistador, após uma noite com Megan Fox


Piadas com o preconceito estadunidense com imigrantes não faltam, como quando Aladeen ouve ao chegar no hotel que “ Na América, todos os não-americanos parecem árabes” ou em uma das melhores cenas do filme, quando o protagonista e seu amigo estão passeando de helicóptero, falando sobre carros e são presos por terrorismo por não serem compreendidos enquanto conversam em seu idioma. Ninguém é poupado, nem mesmo os comentaristas políticos que fazem comentários inúteis na TV.
A crítica política ganha força no final da história. Em certo momento, Aladeen discursa para líderes mundiais que aguardam que a democracia seja instalada em seu país (para poderem explorar petróleo, claro). Surpreendendo, ele tenta convencer as Nações Unidas enumerando as vantagens de um governo ditatorial. Entre elas, a prisão sem julgamento, o controle da imprensa, controle de renda na mão de poucos, mentiras sobre os motivos das guerras e muitos outras coisas que acontecem justamente nos Estados Unidos.


A trilha sonora recheada de músicas árabes estereotipadas entremeiam bem a película e as piadas, mesmo as mais escatológicas, valem o ingresso.


Trailer:


 

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