Sacha Bron Cohen sempre fez questão de ser debochado,
politicamente incorreto, bisonhamente engraçado e vulgar em seus trabsalho. Primeiro veio o filme
“Borat”, onde interpretava um jornalista do Cazaquistão em aventura pelos EUA. Depois Brüno, um repórter gay especializado em
moda. Seus filmes sempre confundiram o público, principalmente devido às
câmeras escondidas, sem deixar o espectador saber se algo é roteirizado ou
espontâneo.
Por fim chega a nova película da parceria entre Cohen e o
cineasta Larry Charles, “ O Ditador”, satirizando ditadores como Ahmadinejad
(Irã), Kim-Jong Il (Coreia do Norte) e tantos outros. No filme, Cohen é o
general Aladeen, governante da república de Wadyia.
Anti-semita, anti-ocidente e vivendo em um palácio
nababesco, ele é intimado pelas Nações Unidas a fazer um discurso nos EUA, para
explicar as intenções das suas pesquisas nucleares. É uma referência aos
problemas de nossos tempos, como quando Irã e Coreia do Norte são suspeitos de
desenvolverem armas nucleares, quando alegam que as pesquisas são para fins
pacíficos – o personagem dá risadas sempre quando fala sobre isso.
Aladeen é um completo idiota, que cisma com coisas banais e sempre manda matar quem discorda dele. Isto acontece, por exemplo, quando ele declara que um míssil nuclear deve ser pontiagudo, conforme ele viu em desenhos animados.
Aladeen é um completo idiota, que cisma com coisas banais e sempre manda matar quem discorda dele. Isto acontece, por exemplo, quando ele declara que um míssil nuclear deve ser pontiagudo, conforme ele viu em desenhos animados.
Nos EUA, ele é trocado por um sósia ao ser vítima de uma
conspiração de seu tio Tamir e precisa reconquistar seu lugar. Para isso, vai
contar com a ajuda da estereotipada ativista vegan de esquerda Zoey (Anna
Faris) – seu par romântico na história- e seu ex-cientista nuclear Nadal (Jason
Mantzoukas).
O ditador conquistador, após uma noite com Megan Fox
Piadas com o preconceito estadunidense com imigrantes não faltam, como
quando Aladeen ouve ao chegar no hotel que “ Na América, todos os não-americanos
parecem árabes” ou em uma das melhores cenas do filme, quando o protagonista e
seu amigo estão passeando de helicóptero, falando sobre carros e são presos por
terrorismo por não serem compreendidos enquanto conversam em seu idioma.
Ninguém é poupado, nem mesmo os comentaristas políticos que fazem comentários inúteis
na TV.
A crítica política ganha força no final da história. Em certo
momento, Aladeen discursa para líderes mundiais que aguardam que a democracia
seja instalada em seu país (para poderem explorar petróleo, claro). Surpreendendo,
ele tenta convencer as Nações Unidas enumerando as vantagens de um governo
ditatorial. Entre elas, a prisão sem julgamento, o controle da imprensa,
controle de renda na mão de poucos, mentiras sobre os motivos das guerras e
muitos outras coisas que acontecem justamente nos Estados Unidos.
A trilha sonora recheada de músicas árabes estereotipadas
entremeiam bem a película e as piadas, mesmo as mais escatológicas, valem o
ingresso.
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