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quarta-feira, 9 de março de 2011

Futuristas colocam universo digital dentro dos óculos


Olha, Steve Jobs, sem as mãos! E num piscar de olhos. É dessa forma que se interage com as máquinas no futuro, de acordo com os projetos de vanguarda exibidos na Cebit 2011.

O exemplo mais eloquente deste universo "pós-touchscreen" veio do instituto de pesquisas alemão Fraunhofer -de onde surgiu, entre outros, o algoritmo de compressão do MP3.

Esse dispositivo, em forma de óculos, seria o sucessor das telas sensíveis ao toque, que usamos em iPhones e iPads. O aparelho revelado na Cebit mostra informações personalizadas de acordo com o que o usuário estiver observando. Chama-se iStar e funciona a partir de uma microtela bidirecional.

Hoje, as telas de aparelhos são unidirecionais. Ou seja, apenas exibem imagens e menus conforme o comando manual de seus donos. O iStar pretende não apenas lançar imagens, mas processar o que está na frente da lente e rastrear o que está atrás (o movimento dos olhos, no caso).

TELA NO OLHO, OLHO NA TELA

A partir daí, a interface traria informações relevantes para o usuário. Para Sascha Voth, pesquisador do instituto, a gama de possibilidades para este tipo de tecnologia é imenso.

Imagine, por exemplo, o uso de óculos que informam em que ponto da cidade você está e qual é o caminho mais rápido para determinado local --sem que seja preciso digitar qualquer endereço. Em uma projeção ainda mais futurista, com apetrechos biométricos, seria possível olhar para uma pessoa e automaticamente ver seu perfil no Facebook, por exemplo.

Os pesquisadores não descartam uso militar e para segurança, no caso do controle de missões à distância.

O projeto é desenvolvido desde abril de 2008 pelo Fraunhofer. Segundo Voth, o maior desafio dos pesquisadores tem sido descobrir qual é o nível saudável de informação que se pode receber em uma tela que estará praticamente presa ao rosto do usuário, sem atrapalhar sua visão do "mundo real".

O instituto espera enviar, até o fim do ano, quites de desenvolvimento para parceiros selecionados da indústria, que poderão decidir se é o momento ou não de construir um produto a partir da tecnologia para o consumidor final.

Folha

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