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quarta-feira, 9 de março de 2011
China estuda fim à política do filho único
Após 30 anos de vigência, a China estuda o fim da controvertida Política do Filho Único devido a pressões demográficas como o rápido envelhecimento, informou o Comitê de Recursos Populacionais. O tema está na pauta da reunião anual do Congresso Nacional do Povo, atualmente em sessão.
"Deveríamos encorajar uma criança, permitir duas crianças e proibir três crianças", disse anteontem Ji Baocheng, membro do Congresso e presidente da Universidade Renmin da China.
Entre os principais problemas da atual política de controle de natalidade estariam a crescente falta de mão de obra, a desproporção entre homens e mulheres e o envelhecimento populacional.
"A força de trabalho populacional entre as idades de 28 e 40 anos cairá pela metade em dez anos", afirmou Ji.
Segundo Wang Yuqing, vice-diretor do Comitê de Recursos Populacionais do Congresso, o alto custo para criar um filho em cidades como Xangai e Pequim ajudará o controle de natalidade.
Atualmente, a Política do Filho Único só é aplicada nas cidades. A população rural já pode ter uma segunda criança se a primeira for do sexo feminino. Minorias, como os tibetanos, estão isentas.
Segundo números oficiais, foram realizados cerca de 265 milhões de abortos em três décadas. Muitos deles são feitos tardiamente e de forma arriscada, já que a preferência por bebês do sexo masculino leva os pais a esperar até o segundo trimestre, quando o sexo já está definido.
A política também provocou milhões de casos de punições. Em várias partes do país, aplicavam-se os "cinco procedimentos" contra famílias transgressoras: toma da colheita, dos animais e dos móveis, demolição de casas e prisão.
A China é o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de habitantes, ou 20% da população mundial.
POBREZA
O premiê chinês, Wen Jiabao, estabeleceu como meta a erradicação da pobreza no país dentro de dez anos, relata a agência oficial Xinhua.
O governo planeja ainda aumentar a parcela da população que recebe ajuda oficial, especialmente em áreas com maior índice de pobreza, como o oeste chinês.
Na abertura da reunião anual, no sábado, o premiê estabeleceu como uma meta que a renda familiar cresça em média 7% ao ano em termos reais até 2015.
Outras diretrizes são uma leve desaceleração do crescimento econômico, ambiciosas metas ambientais e mais investimento em pesquisa.
Pelos critérios chineses, o país tem 70 milhões de pobres (pessoas que vivem com menos de US$ 182 por dia). Porém, segundo os critérios da ONU (pessoas com menos de US$ 1 por dia), cerca de 150 milhões estão abaixo da linha da pobreza no país.
Folha
Receio que o problema da China seja ainda falta de abertura econômica, melhores salários e a falta de uma democracia plena. Penso que o problema não é a falta de habitantes e sim mais oportunidades por exemplo para quem mora nas áreas rurais do país. Aí sim a questão da mão-de-obra seria resolvida. Para reduzir a pobreza, não é necessário que as pessoas tenham mais filhos e sim que estes tenham boas oportunidades de estudo e trabalho.
O ponto positivo é que o país tem, ainda que devagar, buscado fontes mais sustentáveis de energia. Suprir a demanda energética de uma população como esta baseada no carvão não dá. Por isso, o país vai construir em breve nada menos que 16 usinas nucleares, bem menos poluentes que as usinas movidas à carvão.
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