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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Senado aprova em primeiro turno diploma obrigatório para jornalistas











Foi aprovada há pouco, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009, que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Houve 65 votos a favor e sete contrários à proposta.

A obrigatoriedade do diploma de jornalista foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2009, quando a maioria dos ministros entendeu que limitar o exercício da profissão aos graduados em jornalismo estaria em desacordo com a liberdade de expressão prevista no texto constitucional.

Se aprovada em segundo turno no Senado, a PEC 33/2009 seguirá para exame da Câmara dos Deputados.

Agência Estado

Comentário do Aurelio:
Jornalistas estudam várias matérias técnicas referentes à profissão, como técnicas de redação e técnicas jornalísticas, assim como eles estudaram anos a fio e profundamente as leis para serem magistrados de direito. A formação técnica garante a qualidade.
Algumas pessoas argumentam que existem cursos ruins de jornalismo. Se for este o caso, então deveria se reivindicar uma maior qualidade, mas esta seria uma tarefa constante do MEC.
Tambem falaram que a necessidade de diploma é uma afronta à liberdade de expressão. Outro equívoco, pois liberdade de profissão é diferente de liberdade de expressão.


O jornalista não é aquele especializado em x, y ou z (conquanto exista especialização); o jornalismo é para o polímata: tudo tem de saber. São anos de preparo nas cruzadas dos fatos históricos e nos labirintos da linguagem: apreensão cultural e perspicácia filológica. Maior desafio que deparar-se com a dinâmica afluente e não linear da informação que este (o jornalista) é não só obrigado a conhecer, mas reinterpretá-la e apresentá-la inteligivelmente ao leitor? Todo aquele que nega o status técnico do jornalismo abriu vagas ao amadorismo: depois que não lamentem quando se interpretar A por B, por má escrita, por leviandade cultural, etc. Não é questão de dizer-se que a ausência do diploma é proporcional à incapacidade (grande parte dos jornalistas do passado não tinham tal diploma), mas é questão de ressaltar que os tempos mudaram: o jornalista hoje é filólogo, filósofo, historiador, sociólogo e antropólogo. Quem é que tem calibre para isso? Deixemos que a técnica fale, e que nos tempos vindouros não tenhamos que nos lamentar por decisões reacionárias e contraculturais que este país têm realizado.


Além disto tudo, um jornalista pode e deve buscar especialização em uma área específica, como o jornalismo esportivo, o cultural, o econômico etc. Para cada um destes, existe uma literatura técnica que um leigo que queira se aventurar como jornalista não tem conhecimento e nem preparo para assimilar.
Espero que os jornais e todos os veículos de comunicação sejam responsáveis e continuem contratando jornalistas devidamente formados e não palpiteiros papagueadores de besteiras e sequazes da ignorância que se acham jornalistas. Obviamente existem alguns nomes na imprensa nacional que não possuem diploma e exercem bem esta profissão, mas são exceções. Que não me venham com a falácia do apelo à autoridade, dizendo que "Mino Carta é jornalista e não tem diploma".Exceções não podem fazer a regra.
O precedente para que um jornal contrate um palpiteiro para a vaga de jornalista é receoso.

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