O Banco Central decidiu rever a maior parte das regras que limitavam empréstimos a pessoas físicas desde dezembro do ano passado. A medida tem como objetivo evitar uma desaceleração mais forte da economia brasileira no próximo ano. Ela se junta a outra indiciativa do BC, que começou a reduzir os juros em agosto
Cartões
A instituição decidiu ainda manter o percentual mínimo de pagamento das faturas de cartão de crédito em 15%, adotado em junho deste ano. O BC desistiu de elevar esse percentual para 20% a partir de dezembro, pois o atual limite "tem se mostrado suficiente para o controle" das dívidas. O BC também reduziu as exigências que encareciam o crédito com desconto em folha de pagamento (consignado) com prazo entre 36 e 60 meses.
Em compensação, apertou ainda mais as exigências para financiamentos desse tipo acima desse prazo.
Crédito pessoal
No crédito pessoal, o BC flexibiliza empréstimos entre 24 e 36 meses, que voltam para as regras anteriores; mantém a regra para aqueles de até 60 meses e limita ainda mais financiamentos acima desse prazo. Com essas medidas, o BC pretende baratear o crédito de curto prazo e, ao mesmo tempo, evitar que os brasileiros contratem empréstimos muito longos, que acabam por ter nível de inadimplência mais alto.
Para restringir ou incentivar esses empréstimos de prazo maior, o BC usa uma ferramenta conhecida como "exigência de capital".
Em geral, o banco precisa de R$ 11 de capital para garantir cada R$ 100 emprestados. Em dezembro do ano passado, para segurar o crescimento do crédito, o Banco Central aumentou a exigência para R$ 16,5 nos empréstimos mais longos.
Agora, a instituição reduziu a exigência para os R$ 11 originais nos empréstimos mais curtos. No crédito de longo prazo, ela subiu para R$ 33.
Inalterado
15% foi o percentual mínimo de pagamento das faturas de cartão de crédito mantido pela instituição.
Com informações da Folha de SP.
Comentáruo do Celso:
Parece que o BC presta um desserviço aos brasileiros ao facilitar a compra de carroças caras e desatualizadas.
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