O Vaticano rejeitou neste sábado acusações do parlamento da Irlanda de que teria tentado acobertar casos de abuso de crianças por padres e boicotar leis de proteção infantil.
Em sua primeira resposta formal à repreensão do parlamento irlandês, o Vaticano afirmou estar "pesaroso e envergonhado" com o abuso de crianças por padres, mas acrescentou que as acusações são "infundadas".
"A esse respeito, a Santa Sé deseja deixar bem claro que não dificultou ou tentou interferir em nenhuma investigação sobre os casos de abuso sexual a crianças na diocese de Cloyne", afirmou o Vaticano em comunicado.
"Ademais, em nenhum momento a Santa Sé tentou interferir na legislação irlandesa ou impedir que a autoridade civil exercesse sua autoridade."
Em julho, o parlamento irlandês passou uma moção censurando a Santa Sé por "minar o marco de proteção infantil" depois que uma carta a bispos irlandeses pareceu minimizar as normas do país sobre como reportar casos de abuso infantil.
A acusação foi feita em um relatório sobre abuso sexual infantil por padres na diocese de Cloyne, no condado de Cork.
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