Mais da metade dos 76 deputados alemães do partido Die Linke, de esquerda, poderão abandonar o Parlamento durante o discurso do papa Bento 16, cidadão alemão, no próximo dia 22 como forma de protesto contra a visita papal ao país.
A informação foi dada pela líder da legenda, Ulla Jelpke, ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
"O papa não tem nada a compartilhar com o Parlamento", declarou Jelkpe, que classificou uma possível intervenção do papa sobre a questão da aids como "criminosa".
Segundo ele, alguns partidos de esquerda alemães que também são contra a postura da Igreja Católica com relação à homossexualidade e ao aborto estariam pensando em ações de protesto durante o pronunciamento do Pontífice, como mostrar camisinhas durante o discurso.
O Die Linke é, por enquanto, o único partido que se declarou contra o discurso do papa ao Parlamento alemão, o Bundestag.
De acordo com a agenda do líder máximo da Igreja Católica, Joseph Ratzinger se dirigirá aos deputados da Alemanha em 22 de setembro, o primeiro dia de sua visita ao país, onde ficará até 25 de setembro.
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