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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Eleitor só precisa de um documento oficial com foto, decide STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira, por 8 votos a 2, que o eleitor só precisa levar um documento oficial com foto na hora da votação. A maioria dos ministros acatou ação do PT contrária à obrigatoriedade de dois documentos.
A preocupação do partido era com um grande número de abstenção na hora da votação, levando-se em conta que muitas pessoas não encontram o título eleitoral no dia das eleições.
A relatora do caso, ministra Ellen Gracie, encontrou uma solução para não declarar a norma inconstitucional, mas permitir que o eleitor vote apenas com um documento com foto, como identidade, carteira de motorista ou passaporte, por exemplo.
Folha de SP
Lideranças do PSDB já acusam Serra de uma "derrota histórica"
O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) conseguiu a proeza de perder 190 mil votos por dia, desde a data de início da disputa oficial, algo como 15 milhões de votos em 40 dias de horários gratuitos de rádio e televisão. Sua adversária, Dilma Rousseff, esteve com Lula 20 vezes em seus atos e comícios de campanha. Serra nunca foi acompanhado pelo líder honorário de seu partido e ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, com quem trabalhou desde os anos de exílio. Em seu partido já é acusado de ser o principal responsável por uma derrota histórica. O artigo é de Arturo Cano, do La Jornada.
Arturo Cano - La Jornada
José Serra toma seu lugar no palco, arregaça as mangas de sua eterna camisa azul e se mete nos papéis que leva consigo. Concentrado em sua leitura, nunca volta a ver os oradores. Ele, que julga ter sido o melhor ministro da Saúde que o Brasil já teve, deve conhecer de memória todos os dados que os funcionários encarregados citam no microfone. Tanto que segue em seus papéis. É possível que revise os dados que citará no breve discurso que pronunciará pouco depois, com esse tom de professor autoritário que seus adversários gostam de sublinhar.
No entanto, a julgar por seu rosto neste ato da campanha, com funcionários e empregados da saúde, também pode estar repassando os gráficos de sua derrota. Todo um caso de estudo para os especialistas, pois Serra, candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), conseguiu a proeza de perder 190 mil votos por dia, desde a data de início da disputa oficial, algo como 15 milhões de votos em 40 dias de horários gratuitos de rádio e televisão.
O auditório onde ocorre o ato tem várias regiões vazias. Os assistentes, funcionários e empregados de hospitais públicos e privados, muitos deles ligados a igrejas, como provam os padres e freiras com suas bandeirinhas do tucano – símbolo do PSDB – só se entusiasmam quando Geraldo Alckmin é apresentado, candidato ao governo de São Paulo, ligado a Opus Dei e candidato nas eleições presidenciais de 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito.
O ato ocorre num enorme centro de convenções, onde o maior número de visitantes está na vizinha exposição de instrumentos musicais.
Sua adversária, Dilma Rousseff, esteve com Lula 20 vezes em seus atos e comícios de campanha. Serra nunca foi acompanhado pelo líder honorário de seu partido e ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, com quem trabalhou desde os anos de exílio.
Do exílio à antipatia
José Serra era um promissor líder estudantil quando, em 1964, os militares brasileiros deram um golpe de estado. O presidente da União Nacional dos Estudantes pôde fugir para o Chile, depois de algumas peripécias.
Neste país segue seus estudos e trabalha para a Comissão Européia para a América Latina e Caribe. Também durante esses anos colabora com Fernando Henrique Cardoso, que nos anos futuros o chamaria para ser ministro.
O golpe de estado de 1973 no Chile obriga a Serra a ir aos Estados Unidos. Ele faz o doutorado na Universidade de Cornell e dá aulas em Princeton.
Na biografia oficial, que os maiores jornais do Brasil ecoam, sublinha-se que Serra é filho de um imigrante italiano que vendia numa quitanda e que nasceu e cresceu na Mooca, o bairro italiano do leste de São Paulo.
Seu passado de filho de um imigrante e vendedor de fruta numa quitanda foi sublinhado na biografia oficial de Serra, que os jornais ecoam talvez para marcar a diferença com a candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff que, segundo a revista Veja, viveu sua infância numa casa espaçosa com três empregados, num bairro de classe média alta.
Francisco de Oliveira, professor emérito da Universidade de São Paulo, disse que Serra sempre ocultou sua origem. Agora a usa, mas isso não tem a menor importância política.
Além de sua formação acadêmica, Serra, de 68 anos, tem uma longa história de cargos públicos. Depois de seu regresso ao Brasil, após 14 anos de exílio, foi deputado federal, senador duas vezes, ministro, governador do estado de São Paulo e candidato a presidente duas vezes. Por outro lado, Rousseff nunca havia pleitado um cargo pela via da eleição popular.
Quando se observa Serra metido com seus papéis, órfão de sorriso, tende-se a crer que o que o professor Chico Oliveira disse é verdade. Ele tem uma vocação autoritária muito grande, sempre fala num tom doutoral e é muito antipático pessoalmente.
“Um presidente não necessita de padrinho”
"O Brasil pode mais" é o nome da coalizão eleitoral que Serra encabeça. Ao pôr esse nome, o candidato pretendia indicar ao eleitorado que sua larga experiência era a melhor garantia de continuidade, frente à improvisada Rousseff.
Foi assim que, no início de sua campanha se deu ao luxo de mostrar-se nas propagandas da televisão em fotografias ao lado do presidente Lula, em parte para aproveitar-se de sua popularidade (80% ao término de dois períodos presidenciais ajudam a qualquer um). Mas até dentro de seu próprio partido a jogada, abandonada em seguida, é vista como uma forma de tomar distância do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que terminou a sua presidência em 2003, com uma popularidade de 47%.
A estratégia resultou falida e o lema "o Brasil pode mais" se mantém agora em letras pequeninhas na propaganda do PSDB. Foi alterada para "É hora de mudança".
Em seus comerciais, órfãos de imagens em que não sorri, Serra enumera sua larga trajetória em cargos públicos: me preparei para ser presidente. Não usa mais a fotografia do presidente Lula, mas trata de desmascarar-se: um presidente não precisa de padrinho.
Chico de Oliveira, que trabalhou 12 anos no mesmo centro de pesquisa em que Fernando Henrique Cardoso, conhece Serra bem. É, sem dúvida, o mais preparado de todos, mas como político é um fracasso.
Parte desse fracasso são suas promessas de última hora. Enquanto a candidata da esquerda fala de aumentar o salário mínimo gradualmente, para chegar aos 600 reais em 2014, Serra oferece um aumento imediato, além de um aumento de 10% nas aposentadorias e um décimo terceiro ao Bolsa Família. O candidato liberal levantando bandeiras populistas.
Se houver segundo turno buscarão alianças
Em seu partido já é acusado de ser o principal responsável por uma derrota histórica. O Brasil corre o risco de se converter numa democracia popular, e Lula, de adquirir o perfil de um caudilho, disse Cardoso, que hoje oferece seus serviços como ponte para conseguir a unidade das candidaturas de Serra e Marina Silva, do Partido Verde, e terceira nas pesquisas, em caso de Rousseff não superar os 50% dos votos válidos e haver segundo turno.
Esse é o debate do momento, que esquenta a publicação de pesquisas. O Datafolha, ligado ao jornal de maior circulação, dá à candidatura oficialista 46% dos votos, e 28% a Serra e 14% a Silva. Aumenta a chance de segundo turno, é a manchete do jornal.
À tarde, o Vox Populi/Band/Ig publica seus resultados; 49% para a candidata do PT, 25 para Serra e 12 para Marina (que detém seu crescimento nos últimos dias).
Os jornais e as agências publicam ao longo do dia informações sobre o possível segundo turno, ainda que os mesmos institutos de pesquisas dêem a Rousseff, depois de descontar os votos brancos e nulos, entre 51 e 55% dos votos válidos.
Tanto Serra como seu candidato a vice, Índio da Costa, celebram no twitter: "Datafolha: Dilma cai novamente: 46%. Nosso esforço é fundamental nesta resta final. Conquiste um voto para Serra 45!"
Por ora, os analistas e mesmo os líderes do PSDB só vêm o desastre chegar. Até o ex-presidente Cardoso tirou o corpo fora. Não só tem estado ausente dos atos de campanha, como deu por fato, no britânico Financial Times o triunfo de Rousseff. Na revista Istoé arrematou sobre o aspirante de seu partido: a campanha de Serra não está em sintonia com o Brasil. Com esses amigos...
PT também deverá governar o Distrito Federal
Segundo pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (17), Agnelo Queiroz (PT) lidera a disputa pelo governo do Distrito Federal com 43% das intenções de voto. A candidata do PSC, Weslian Roriz, tem 29% das intenções de votos. É a primeira vez que o nome da mulher do ex-senador Joaquin Roriz participa de um levantamento Datafolha.
De acordo com a nova pesquisa, o candidato do PSOL, Toninho, soma 7% das intenções de votos e Eduardo Brandão, do PV, tem 2%. Outros 10% não sabem ainda em quem votar, e 8% disseram que pretendem votar em branco ou nulo. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Encomendada pela Folha de S. Paulo e pela Rede Globo , a pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 29 de setembro, com 1.087 entrevistados, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de setembro de 2010, sob o número 33188/2010.
Terra.
Roriz, o macaco, a fraude e a piada do palhaço
Sebastião tinha 1m52 de altura, 70kg de peso e 34 anos quando morreu de diabetes, na véspera do Natal de 1996.
Oito anos antes quase conquistara a prefeitura do Rio de Janeiro, a segunda maior capital brasileira, arrebatando mais de 400 mil votos do esclarecido eleitorado carioca. Foi o terceiro mais votado entre 12 candidatos.
Se tivesse vencido, não seria empossado. A família Hominidae, da qual Sebastião fazia parte, não tinha nenhuma tradição política. Ele fazia parte de uma espécie, os pan troglodytes, popularmente conhecida como chimpanzé.
Carinhosamente aclamado pelas crianças como ‘Macaco Tião’ no Zoológico do Rio, ele foi a invenção política mais divertida do Casseta & Planeta, antigo programa humorístico da Rede Globo. Sebastião ganhou a eternidade no livro Guinness de recordes como o chimpanzé mais votado do mundo.
O ‘Macaco Tião’ é o deboche escancarado na política brasileira, que apela para o bizarro quando leva o eleitor ao voto de protesto fantasiado pela ironia, pelo bom humor e pela graça.
Isso já acontecera no final dos anos 50, nas eleições municipais de São Paulo, quando alguém se impressionou com uma praga hoje felizmente extirpada do território brasileiro: o baixo nível dos 450 candidatos que disputavam então uma vaga na Câmara Municipal.
Antecipando em três décadas o ‘Macaco Tião’ carioca, lançou-se em São Paulo a candidatura a vereador do rinoceronte ‘Cacareco’, do Zoo da capital paulista, numa época em que cada eleitor escrevia o nome de seu candidato numa cédula de papel. Cem mil paulistanos tiveram a pachorra de escrever no seu voto o nome do mamífero chifrudo e de casca mais grossa que a maioria da fauna política nacional. ‘Cacareco’ foi o nome mais sufragado da eleição de 1959, superando sozinho os 95 mil votos do partido mais consagrado nas urnas.
‘Tião’ e ‘Cacareco’ representam a face divertida e moleque da política.
Weslian, 1m70 de altura, 76kg de peso e 67 anos, é a faceta sem graça, a cara do escárnio, o lado mais debochado a que chegou a política em Brasília, a capital de 190 milhões de brasileiros, supostamente o centro mais esclarecido de uma multidão de 135 milhões de eleitores.
Da família Roriz, grife de um clã político que governou o Distrito Federal em quatro mandatos, num total de 14 anos, Weslian fez sua retumbante e tardia estréia nas eleições de 2010 na noite de terça-feira (28), no debate da Rede Globo com os candidatos a governador, quando faltava menos de uma semana para o pleito de 3 de outubro.
Weslian entrou no jogo eleitoral pela porta dos fundos: foi apontada na sexta-feira (24) pelo marido, o ex-governador Joaquim Roriz, que na véspera viu o Supremo Tribunal Federal empacar (5 votos contra 5) no julgamento em que ele tentava escapar dos efeitos sanitários da Lei da Ficha Limpa, que cassou Roriz por envolvimento e renúncia em um escândalo de corrupção.
Com o cálculo político da esperteza, Roriz imaginou enganar a lei e iludir os eleitores trocando seis por meia dúzia. Renunciou preventivamente e botou no lugar a mulher, dona Weslian, uma simplória dona de casa, companheira de 50 anos de casamento e dedicada a obras de cunho social e benemerente. Assim, mantinha o nome Roriz na tela de votação e o número da coligação, o que reviveu o mote de um antigo seriado de TV: o ‘Casal 20’.
A frieza de carrasco de Roriz ficou evidente no debate da Globo, quando expôs a mulher a um dos mais sórdidos espetáculos de auto-imolação já encenados na política brasileira.
Weslian, coitada, surgiu no estúdio, patética e apatetada, tentando interpretar o papel que o marido lhe empurrou, goela abaixo, exibindo toda a fragilidade de um projeto político esfacelado pelo advento da Lei da Ficha Limpa. Honrada e despreparada, Weslian tropeçava na gramática, no raciocínio, no noviciado e na improvisação, trocando perguntas, confundindo candidatos e espantando a grande maioria dos 1,8 milhão de eleitores da capital brasileira.
Não soube nem mesmo administrar as dezenas de folhas, perguntas e respostas preparadas pela assessoria de Roriz, perdendo minutos preciosos tentando localizar a ‘cola’ salvadora. Não conseguiu nem mesmo usar, na plenitude, o tempo precioso reservado às perguntas e respostas. Não se fazia entender na hora de perguntar, não conseguia compreender a questão na hora de responder. Ao tentar responder uma pergunta sobre ‘transporte público’, dona Weslian lembrou que o candidato do PT, ex-comunista, não acreditava em Deus e devolveu com uma pertinente questão: “O senhor é contra o aborto?”.
Foi uma das cenas mais constrangedoras e pungentes de toda a campanha eleitoral de 2010, em qualquer quadrante do Brasil.
O desamparo e o abandono de dona Weslian, jogado às feras da política pelo marido impiedoso e insensível, desatou uma imprevista corrente de piedade para com a inesperada candidata, filha de um rico fazendeiro de origem libanesa que pastoreava o cerrado do Planalto no quadriláteiro que, anos depois, JK, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer demarcariam para encravar a futura capital brasileira. Misericordiosos, os três candidatos adversários – do PT, PSOL e PV – fizeram perguntas entre si, poupando a criatura de Roriz, que tropeçava em seus papéis, em suas frases, em suas idéias inacabadas.
Weslian, cristã e católica fervorosa, invoca sempre Deus e Nossa Senhora, lembrando que acompanhou de perto a vitoriosa carreira do marido. “Ele sabe administrar uma fazenda como ninguém”, confessou no debate, fazendo uma involuntária metáfora sobre o estilo que o Casal 20 agora evoca nos últimos momentos do programa eleitoral de rádio e TV, com seu lema de campanha: “Weslian vai trazer de volta o jeito Roriz de governar”.
Mais do que a fraude explicitada pela manobra esperta do marido, Weslian encarnava, no estúdio refrigerado da Globo, o personagem ridículo e subalterno que joga no chão a política brasiliense. Uma proeza nada desprezível para uma cidade que já viu desfilar figuras inusitadas, folclóricas, divertidas ou lamentáveis como Fernando Collor, Cacique Juruna, Severino Cavalcanti, Paulo Maluf, Clodovil, Roberto Jefferson, Agnaldo Timóteo, José Roberto Arruda e o próprio marido de Weslian, o implacável Joaquim Roriz.
A fauna política que teima em habitar o bioma do Cerrado é gerada, em boa parte, pela flacidez das leis e pela tolerância ou pelo bom humor do eleitor que, na falta de um ‘Macaco Tião’ ou de um ‘Cacareco’, acaba descobrindo utilidades inesperadas ou debochadas para o seu voto. Agora mesmo, as previsões mais modestas apontam o palhaço ‘Tiririca’ como um dos campeões de voto para a Câmara dos Deputados, virtualmente eleito com quase um milhão de votos pelo PR de São Paulo, o que seria a maior votação do país.
Ao contrário do Supremo, que decidiu não decidir no julgamento de Roriz, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF resolveu, na tarde desta quarta-feira (29), brecar o truque do ex-governador, vetando toda a propaganda de rua e os programas de rádio e TV que exaltam o Casal 20, um flagrante desrespeito à lei e um claro embuste da renúncia voluntária e programada de Roriz. Ele não poderá mais aparecer ao lado da mulher, como fiador, conselheiro ou sequer ‘amado esposo’ da candidata inventada de última hora para escapar da lâmina afiada da Lei da Ficha Limpa.
Não existem evidências de que Joaquim Roriz inveje o quociente intelectual ou a vestimenta colorida de ‘Tiririca’. Mas a desastrosa aparição de Weslian na corrida eleitoral e no debate da Globo reforçam a suspeita de que Joaquim Roriz vê os habitantes de Brasília com o nariz vermelho de palhaços, como aqueles que acreditam que “a política, pior do que está, não fica”. Com a ajuda do ex-governador, sabe-se, sempre poderá ficar.
No domingo, dia 3, os eleitores conscientes da capital brasileira terão a chance de devolver esta piada sem graça, cravando seus votos em quem merece.
Não precisam nem eleger o macaco ou o rinoceronte. Basta repudiar a fraude.
Luiz Cláudio Cunha é jornalista, eleitor em Brasília e não vota em palhaço.
Datafolha disfarça pesquisa mal-feita e coloca Dilma com 52% dos votos válidos
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
CNT/Sensus: Dilma tem 47,5% das intenções de voto; Serra, 25,6% e Marina, 11,6%
Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) indicou, nesta quarta-feira (29), que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, continua na liderança das intenções de voto, com 47,5%, seguida por José Serra (PSDB), com 25,6%, e Marina Silva (PV), com 11,6%.
Os demais candidatos não chegaram a pontuar 1% nas intenções de voto. O percentual de votos brancos e nulos é de 3,6%. Entrevistados que não sabem ou responderam somam 9,5%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 10 e 12 de setembro, a petista tinha 50,5% das intenções de voto, contra 26,4% de candidato tucano e 8,9% da ex-ministra do Meio Ambiente. Brancos e nulos totalizavam 3,5% e indecisos eram 9,1%.
A CNT/Sensus apresentou uma simulação de segundo turno entre Dilma e Serra. Nela, a ex-ministra da Casa Civil venceria com 53,9% dos votos, contra 34,5% do ex-governador de São Paulo. Brancos e nulos resultariam em 5,7% e indecisos, 5,9%.
A maioria dos entrevistados (74,1 %) acredita que Dilma deve vencer as eleições, mesmo não necessariamente votando nela. Os que apostam na vitória de Marina representam 2% da amostra e 13,4% acreditam que Serra é quem tem chance de ser o vencedor. Não sabem ou não responderam totalizaram 8,3%.
O maior índice de rejeição apontado na pesquisa foi de Marina Silva, com 42%, seguido por Serra (com 40,2%) e Dilma (32,6%).
Para pesquisa, foram realizadas 2 mil entrevistas, em 24 Estados, entre os dias 26 e 28 de setembro. O número de registro no Tribunal Superior Eleitoral é o 33.103/2010.
A CNT/Sensus apresentou uma simulação de segundo turno entre Dilma e Serra. Nela, a ex-ministra da Casa Civil venceria com 53,9% dos votos, contra 34,5% do ex-governador de São Paulo. Brancos e nulos resultariam em 5,7% e indecisos, 5,9%.
A maioria dos entrevistados (74,1 %) acredita que Dilma deve vencer as eleições, mesmo não necessariamente votando nela. Os que apostam na vitória de Marina representam 2% da amostra e 13,4% acreditam que Serra é quem tem chance de ser o vencedor. Não sabem ou não responderam totalizaram 8,3%.
O maior índice de rejeição apontado na pesquisa foi de Marina Silva, com 42%, seguido por Serra (com 40,2%) e Dilma (32,6%).
Para pesquisa, foram realizadas 2 mil entrevistas, em 24 Estados, entre os dias 26 e 28 de setembro. O número de registro no Tribunal Superior Eleitoral é o 33.103/2010.
CNI/Ibope: Com 50%, Dilma se mantém estável e venceria eleição no 1º turno. Serra tem 27% e Marina 13%
BRASÍLIA - Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira mostra que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Dilma hoje tem 50% das intenções de voto contra 27% do candidato do PSDB, José Serra, e 13% da candidata do PV, Marina Silva. Os outros candidatos somam 1% das intenções de voto. Votos brancos e nulos somam 4%. Indecisos também têm 4%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Dilma se manteve estável em relação à última pesquisa divulgada pelo Ibope/TV Globo na sexta-feira, quando ela também tinha 50% das intenções de voto. Serra tinha 28% e Marina 12%.
A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Ibope ouviu 3.010 pessoas em 191 municípios entre os dias 25 e 27 de setembro. Ela está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 33162/2010.
O Globo.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Folha enxerta Lula na crítica da Marina
Marina critica Serra; Folha dá jeitinho para incluir Lula
A alegação da Folha de S.Paulo em seu hipócrita editorial de ontem de que “procura manter uma orientação de independência, pluralismo e apartidarismo editoriais” é escandalosamente desmentida hoje pelo próprio jornal com o título que criou para as críticas que Marina fez ao relacionamento- se é que se pode chamar assim - de Serra com a imprensa.
Para justificar seu título forçado, a Folha disse que a crítica a Lula foi velada e que a crítica a Serra foi direta. Mas o “imparcial” jornal paulista ignorou um dado fundamental que constava de sua própria matéria e deveria ter sido determinante na orientação do título. Depois de criticar intimidações à imprensa de uma forma geral, Marina foi perguntada a quem se referia, e respondeu que era a Serra.
“Tenho ouvido reclamações nos últimos dias que o ex-governador José Serra tem ficando nervoso quando fazem perguntas que ele não gosta”, disse Marina. Segundo O Globo, ela ainda foi perguntada de que forma Serra intimidaria o trabalho dos jornalistas, e respondeu: “Tenho visto relatos de algumas pessoas que cobrem as campanhas de que existem momentos, quando são feitas perguntas que não são consideradas agradáveis, que há uma atitude às vezes de intimidação dos jornalistas.”
Os jornalistas perguntaram a Marina a quem ela se referia, publicaram o diálogo. A resposta foi única, objetiva: Serra. A própria F olha regista que “Marina citou apenas Serra”, mas insiste que ela acusou Lula de intimidar a imprensa. É assim o jornalismo apartidário da Folha, que adapta os fatos a seu bel prazer.
A declaração de Marina não foi nem nova. O Terra já tinha noticiado após o debate da TV Record a mesma crítica a Serra. Marina cobrou uma postura isenta de publicações que declaram apoio a candidatos e defendeu que o importante é “que se tenha uma relação respeitosa com a imprensa, porque, muitas vezes, não se faz a crítica aberta, mas nos bastidores existem aqueles que ameaçam, tratam de forma deselegante, que ficam ligando para as redações, pedindo cabeça de jornalistas.”
Questionada pelos jornalistas se estava se referindo a Serra, Marina disse: “isso são vocês que, às vezes, reclamam”. Os jornalistas insistiram: “Você está falando do Serra?”. Marina responde: “do Serra”.
Não poderia haver direcionamento mais explícito nas declarações de Marina, mas a Folha não faz jornalismo, mas propaganda.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Quanto mais religioso, mais pobre tende a ser um país
Quanto mais religiosos são os habitantes de um país, mais pobre ele tende a ser. Essa é a conclusão de uma pesquisa Gallup feita em 114 nações e divulgada no último dia 31 que mostra uma correlação forte entre o grau de religiosidade da população e a renda "per capita".
Correlação, vale lembrar, é um conceito traiçoeiro. Quando duas variáveis estão correlacionadas, tanto é possível que qualquer uma delas seja a causa da outra como também que ambas sejam efeitos de outros fatores.
Desde o século 19, a sociologia tem preferido apostar na tese de que a pobreza facilita a expansão da religião. "Em geral, as religiões ajudam seus adeptos a lidar com a pobreza, explicam e justificam sua posição social, oferecem esperança, satisfação emocional e soluções mágicas para enfrentar problemas imediatos do cotidiano", diz Ricardo Mariano, da PUC-RS.
"As religiões de salvação prometem ainda compensações para os sofrimentos e insuficiências desta vida no outro mundo", acrescenta.
O sociólogo, porém, lembra que há outros fatores: "A restrição à liberdade religiosa, ideologias secularistas e o ateísmo estatal dos países socialistas contribuíram para a baixa importância que sua população atribui à religião, como ocorre na Estônia, campeã nesta matéria, e na própria Rússia".
Já na Europa Ocidental, diz Mariano, "modernização, laicização do Estado e relativismo cultural erodiram bastante a religiosidade".
A grande exceção à regra são os EUA. Com uma das maiores rendas "per capita" do planeta, 65% dos norte-americanos atribuem importância à religião em sua vida diária. Tal índice é bem superior à média dos países mais ricos, que é de 47%.
Sem descartar um papel para as explicações sociológicas mais tradicionais, que chama de "fator ópio do povo", Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) aventa algumas hipóteses na direção contrária, isto é, de que a religião é causa da pobreza. "Ela promove o fatalismo e o deus-dará", diz.
Em certos lugares, notadamente alguns países islâmicos, ela desestimula a educação e impede a adoção do pensamento científico.
Além disso, afirma Sottomaior, "a religião não apenas não gera valor como sequestra bens, dinheiro e mentes que deixam de ser empregados em atividades econômicas e de desenvolvimento".
Folha.
Advertência: liberdade de imprensa é enfiar o dedo na cara do presidente
Blog do Provocador:
Este domingo, 26, vai entrar para a história do jornalismo botocudo. Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, cada qual no seu quadrado, caíram do muro e tascaram porrada no Lula. Assim que é bom.
Cara a cara. Na bucha. Sem rodeios. Não gostam dele e pronto. O Estadão foi mais atrevido e manifestou apoio ao Serra. Não que não soubéssemos. Mas é melhor quando o óbvio fica claro.
Pena que o editorial de declaração de voto do Estadão seja tão mal redigido. A ocasião merecia mais solenidade. Não deviam deixar o dono escrever nessas horas. Pagam redator pra quê?
O editorial da Folha, na primeira página, todo pimpão, é mais limpinho, mas nem por isso deixa de ser meio doidão. Fica enrolando meia hora naquela conversinha de ser apartidário, independente e ruralista. Algo assim.
Só vai dizer a que veio no último parágrafo. A chefia mandou pegar pesado. Sem nenhum constrangimento, dão um pito no atual presidente. E na futura. Pelo visto, acreditam que tudo se resolve no primeiro turno.
Com um tom bem mal educado, descascam essa: "Fiquem ambos advertidos, porém, de que tais bravatas somente redobram a confiança na utilidade pública do jornalismo livre".
Depois, dão chilique de novo: "Fiquem advertidos de que tentativas de controle da imprensa serão repudiadas". Ui.
Se falam com o dirigente máximo da nação assim, imaginem como tratam os funcionários. E ainda vêm com essa conversinha de bravatas. Olha quem diz.
Teve gente que ouviu na sala mais imponente da Folha que o jornal daria a manchete que seria o tiro de misericórdia na campanha da Dilma. A bala de prata. Seria bem divertido ver isso.
Nada como a liberdade de imprensa. Só em um país democrático, no pleno estado de direito, jornais podem enfiar o dedo na cara do presidente da República. "Numa nice", como diria o Serra. Como tem que ser.
Declarar voto a favor e voto contra é positivo e transparente. Agora só faltam O Globo, a Globo e a Veja. Cada qual no seu quadrado, bem apertadinho.
Fiquem os leitores advertidos: imprensa livre é bom e eu gosto! Pena que estejam todos de um lado só. Para que ser livre, então?
Este domingo, 26, vai entrar para a história do jornalismo botocudo. Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, cada qual no seu quadrado, caíram do muro e tascaram porrada no Lula. Assim que é bom.
Cara a cara. Na bucha. Sem rodeios. Não gostam dele e pronto. O Estadão foi mais atrevido e manifestou apoio ao Serra. Não que não soubéssemos. Mas é melhor quando o óbvio fica claro.
Pena que o editorial de declaração de voto do Estadão seja tão mal redigido. A ocasião merecia mais solenidade. Não deviam deixar o dono escrever nessas horas. Pagam redator pra quê?
O editorial da Folha, na primeira página, todo pimpão, é mais limpinho, mas nem por isso deixa de ser meio doidão. Fica enrolando meia hora naquela conversinha de ser apartidário, independente e ruralista. Algo assim.
Só vai dizer a que veio no último parágrafo. A chefia mandou pegar pesado. Sem nenhum constrangimento, dão um pito no atual presidente. E na futura. Pelo visto, acreditam que tudo se resolve no primeiro turno.
Com um tom bem mal educado, descascam essa: "Fiquem ambos advertidos, porém, de que tais bravatas somente redobram a confiança na utilidade pública do jornalismo livre".
Depois, dão chilique de novo: "Fiquem advertidos de que tentativas de controle da imprensa serão repudiadas". Ui.
Se falam com o dirigente máximo da nação assim, imaginem como tratam os funcionários. E ainda vêm com essa conversinha de bravatas. Olha quem diz.
Teve gente que ouviu na sala mais imponente da Folha que o jornal daria a manchete que seria o tiro de misericórdia na campanha da Dilma. A bala de prata. Seria bem divertido ver isso.
Nada como a liberdade de imprensa. Só em um país democrático, no pleno estado de direito, jornais podem enfiar o dedo na cara do presidente da República. "Numa nice", como diria o Serra. Como tem que ser.
Declarar voto a favor e voto contra é positivo e transparente. Agora só faltam O Globo, a Globo e a Veja. Cada qual no seu quadrado, bem apertadinho.
Fiquem os leitores advertidos: imprensa livre é bom e eu gosto! Pena que estejam todos de um lado só. Para que ser livre, então?
Quer dizer que o jenio ia virar nos debates …
O jenio é mais preparado.
O jenio se expressa melhor.
O jenio tem biografia.
O jenio fez os genéricos, acabou com AIDS, inventou a penicilina, fez o mutirão da próstata, acabou com a peste negra, é engenheiro, economista, editorialista da Folha, especialista em cálculo de porcentagem, o mais consistente, construiu a torre Eiffel, professor da Unicamp, instalou o bondinho do Pão de Açúcar, autor dos livros do David Ricardo, social-democrata, salvou as APAES, desalagou o Jardim Romano – o jenio é um gênio.
Como em 2002, ele ia para o debate da Record, o decisivo, para destroçar a Dilma.
Ia ser impiedoso, fulminante, contundente, feroz, incontrastável – um Russel Crowe do “Gladiador” combinado com Winston Churchill.
Aí, começou o debate.
Primeiro, a fotografia.
Como diz o Zé Simão, mais importante que a entrevista é a foto.
E o jenio está um caco.
Exausto.
As olheiras se aproximam das gengivas.
Está mais cansado que professor de escola pública de São Paulo.
Este ordinário blogueiro desconfia que ele começa a ter um problema de audição.
No dia 4, ele deveria dar um pulo num Otorrino.
Ele parece o Nixon daquele debate com o Kennedy.
Deus lhe beijou na testa, e concedeu a oportunidade de abrir o debate com a primeira pergunta.
Pelos cálculos (sempre falhos) deste ordinário blogueiro, àquela altura o IBOPE deveria estar na casa dos 15 pontos.
Pau a pau com o Fantástico.
O Serra ia falar para uma audiência gigantesca.
Um público capaz de levá-lo, com sua precisão de raio laser, ao primeiro lugar no Datafalha.
Era bater o pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, com o goleiro adversário manco, prostrado ao chão num canto da trave.
Era só correr para o abraço.
A jenialidade se encontrava com a Fortuna.
Aí, o jenio começa.
“Plinio” – ele, jenial, ia interpelar o não-candidato.
Ia fazer escada nas costas do Plínio e subir a rampa do Planalto de costas, tal a oportunidade que se abria à sua frente.
Deus é paulista !
Aí, veio a pergunta jenial: sobre o Irã.
Lá em Marechal, onde este ordinário blogueiro estudou as primeiras letras, o Irã, careca, de pernas tortas, joga um bolão no time dos “casados”.
O Irã.
Agora a Dilma não valia um fósforo queimado.
O Irã que ameaça a Mooca, com uma bomba atômica muti-fásica, pluri-letal.
Quem mandou ousar competir com o jenio ?
O Irã !
Como a Dilma não tinha pensado nisso ?
E o Irã, Plínio ?
Aí, o Plínio virou o Russel Crowe.
Deixa de ser hipócrita, Serra.
Quer dizer que o Irã não pode ter bomba atômica, mas os Estados Unidos e Israel podem.
Te manca, Serra.
E o Serra foi reduzido à condição de …
O Serra virou … o Serra.
Isso foi aos 5’ do primeiro tempo.
Daí em diante, as olheiras desabavam, a cada bloco.
O jenio perdeu o caminho de casa.
Não dizia mais coisa com coisa.
Até a Bláblárina Silva ousou desmoralizá-lo.
Quando chove, cai uma tempestade, dizem os americanos.
A tempestade foi uma posição que o jenio adotava e fazia com que a iluminação aplicasse uns traços verticais escuros, abaixo das olheiras.
A fotografia é tudo …
No ponto mais alto da audiência, quando o jenio ia destruir a Dilma, ele confirmou o que o grande amigo Fernando Henrique Cardoso preferiu dizer em inglês: bye-bye Serra forever.
Quem nasceu para José Serra não chega a Carlos Lacerda.
O futuro do Brasil está nas mãos do Ali Kamel.
Paulo Henrique Amorim
domingo, 26 de setembro de 2010
Jornal inglês diz que Dilma é "uma líder extraordinária"
O jornal The Independent destacou neste domingo que o Brasil se prepara para eleger no próximo final de semana a "mulher mais poderosa do mundo" e "uma líder extraordinária". As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Jornal também afirma que candidata tem sofrido ataques em uma campanha impiedosa de degradação patrocinada pela mídia brasileira.
Hugh O'Shaughnessy - The Independent
A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.
A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.
Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.
Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.
Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamaram “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.
A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.
Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.
Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.
Ela tinha mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.
Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.
A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.
Tradução: Katarina Peixoto
Promessas de Serra na campanha já foram alvo do TCE
Algumas das principais bandeiras hoje empunhadas por José Serra (PSDB) na campanha à Presidência foram objeto, durante sua gestão no governo de São Paulo, de ressalvas de auditorias promovidas pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado).
Uma equipe de 15 técnicos finalizou, em maio, a análise das contas relativas a 2009, terceiro ano de Serra à frente do governo ao qual renunciou em abril para concorrer.
As contas foram aprovadas, mas o relatório de mais de 700 páginas inclui, além das variáveis econômicas, a avaliação dos indicadores de gestão e uma compilação das auditorias realizadas ao longo daquele ano pelo tribunal em 21 ações de governo.
Essas auditorias apontam problemas nas áreas de saúde, distribuição de medicamentos, habitação popular, expansão da oferta de transporte de massa, saneamento e política de esporte nas escolas, entre outras.
Todas essas áreas incluem propostas centrais do candidato José Serra, divulgadas tanto em seu programa de TV como no seu site oficial e em entrevistas e debates.
Na saúde, área da qual foi ministro no governo Fernando Henrique Cardoso, a gestão de Serra é cobrada por ignorar os planejamentos anuais definidos pela Secretaria da Saúde na definição de investimentos. Apesar de algumas metas terem sido superadas, o TCE diz que há "ausência de garantias quanto a critério, planejamento e racionalidade".
Também foram verificados problemas em obras realizadas pelo Estado, como valor contratado acima do orçado e obras entregues já com infiltrações e rachaduras. Agora, uma das principais propostas de Serra é construir 154 ambulatórios médicos de especialidades.
Ainda na área da saúde, Serra promete distribuição de "cestas de medicamentos" gratuitas. O TCE, contudo, afirma que, como governador, ele não cumpriu a destinação de valores mínimos determinados por normas para um programa semelhante e reduziu a verba disponível para a ação.
Nessa área, o órgão descobriu que o governo paga mais por medicamentos do que outras instituições e recomenda que a "pactuação de preços deveria ser revista".
Outra promessa do presidenciável Serra é "garantir a oferta de moradia popular de qualidade", com imóveis "bem acabados". Quando governador, casas e apartamentos entregues a partir de sua posse, em 2007, apresentam uma série de problemas, segundo fiscalização do TCE.
Na região metropolitana de São Paulo, 62% dos moradores consultados pelos auditores disseram sofrer com vazamentos e infiltrações.
No interior, onde prevalecem casas, a maior reclamação (38% dos entrevistados) foi em relação a goteiras.
Além disso, o governo entregou, em 2009, menos de 40% da meta prevista para aquele ano. Um dos motivos alegados pelo governo à época foram as chuvas no segundo semestre.
Outra meta não cumprida foi em relação à expansão de vagas no ensino técnico. O número de vagas criadas naquele ano não chegou à metade do programado, apesar de toda a verba disponibilizada ter sido executada.
A política é bandeira de Serra, que prevê criar 1 milhão de vagas em todo o país, uma das principais promessas do candidato do PSDB.
Na área de saneamento, os auditores fizeram duas inspeções em uma série de "piscinões" (reservatórios para evitar enchentes). Uma em 2008, outra em 2009. Segundo os técnicos, houve uma "pequena melhora" com relação à limpeza, mas o assoreamento chegou a piorar.
Folha.
sábado, 25 de setembro de 2010
Combatendo a fome do jeito brasileiro
Pela natureza de nosso trabalho, enquanto jornalistas tendemos a frequentemente contar histórias sobre coisas que estão “quebradas” e não funcionam no mundo.
Então contar uma história sobre algo que não está quebrando e funciona muito bem acaba sendo uma boa divergência.
Foi isso que me levou à pequena cidade de Mirandiba, no Brasil, recentemente.
Com uma população de 13.810, a cidade se situa no interior do estado de Pernambuco, a aproximadamente 500km de distância da capital Recife.
Mirandiba é uma das cidades mais pobres em todo o Brasil, onde 76% da população vivem com menos de metade de um salário mínimo por mês.
Não há praticamente nenhuma indústria por lá. Para piorar as coisas, a cidade está no coração da região semi-árida do Brasil, onde na maior parte do ano o sol cozinha a paisagem de terra batida.
Mirandiba é, de certo modo, um lugar típico e imperdoável no nordeste do Brasil, de onde no passado as pessoas tinham de fugir para buscar empregos decentes.
Mas agora isso está mudando e é por isso que vim para cá.
Mirandiba está se tornando um exemplo reluzente do renomado programa Fome Zero do Brasil, implementado no início da década pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ele mesmo tendo sofrido com a fome enquant criança).
O governo brasileiro possui mais de 50 diferentes iniciativas de administração, de vários ministérios, que combatem a pobreza, sendo a iniciativa intitulada Fome Zero a pedra fundamental.
Dito isso, o governo investiu mais de US$9 bilhões somente no ano passado nesse esforço.
O que faz do Brasil único nesse sentido é como combater a fome e melhorar a segurança alimentar não é somente um elemento de uma campanha anti-pobreza mais ampla (como em outros países), mas ao invés disso, lutar contra a fome é visto no Brasil como a base de todas as outras iniciativas contra a pobreza.
Todas as iniciativas anti-pobreza, de um modo ou de outro, brotaram dos programas Fome Zero.
Esse modo de compreensão da questão da fome têm tido resultados: nos últimos 10 anos o Brasil cortou em 50% o número de crianças abaixo do peso e está no caminho para também cortar os níveis gerais de fome pela metade.
O país está no caminho para atingir uma das Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU sobre a fome antes do prazo em 2015.
Fonte.
Jornal histórico-Eleição de Lula em 2002
Clique para ampliar:
É bom registrar: Ao se confirmar a vitória de Dilma, no 1o ou no 2o turno, farão um título como "Em eleição histórica, Dilma é eleita primeira presidente do Brasil".
Estadão assume: tudo, menos Dilma. Faltam a Folha, Globo, Veja
Alertado por um leitor, pedi que vissem para mim o editorial de hoje do Estadão que – segundo diz o Paulo Henrique Amorim, amanhã anunciará seu apoio a Serra, num gesto hipócrita – anuncia a verdadeira posição do jornal paulista.
O jornal tem todo o direito, diga-se de passagem, de ter seu candidato. É salutar que faça publicamente esta declaração, para que seus leitores saibam – embora todos suponham – que ele tem uma preferência e que esta será mantida sem prejuízo do equilíbrio de seu noticiário.
Se a fizer amanhã será um mal menor, porque é esta sua posição há muito tempo e não se a manteve, nas últimas semanas, circunscrita aos editoriais.
Mas o texto de hoje mostra que a declaração pró-Serra de amanhã não é totalmente verdadeira.
É o próprio Estadão quem o diz. No editorial e também no noticiário.
No noticiário, quando destaca a “subida” de 1% de Marina Silva – numa pesquisa que tem margem de erro de 2% – como algo que tornasse factível ela tirar, em uma semana, a diferença de superior a 12 pontos que qualquer das pesquisas lhe dá.
Está evidente que a promoção de Marina se dá com a única finalidade de tentar conter um avanço maior de Dilma na reta final, diante da rejeição de Serra que será – mesmo com o esforço feroz que faz para conseguir ser o 3º – o 2º colocado nestas eleições.
E isso o editorial de hoje confessa, ao afirmar que “espera que não aconteça” a eleição de Dilma.
Marina é uma simples cortina de fumaça para o que realmente desejam. Porque sabem que um remoto e eventual 2º turno será com Serra. E um mês mais de bombardeiro midiático, com direito a mais uma salva de matérias que, partindo da realidade ou da pura ficção, ajude a direita chegar, de novo, ao monopólio do poder.
Brizola Neto.
Marina, queridinha da mídia
De jurássica, ecologista fundamentalista, que travava o desenvolvimento do país, Marina virou a nova queridinha da mídia – lugar deixado vago por Heloisa Helena. Mas o fenômeno é o mesmo: desespero da direita para chegar ao segundo turno e incapacidade de alavancar seu candidato. Daí a promoção de uma candidata que, crêem eles, pode tirar votos da Dilma, para tentar fazer com que a derrota não seja tão acachapante, levando a disputa para o segundo turno e dando mais margem do denuncismo golpista de atuar.
Marina, por sua vez, para se prestar a esse papel, se descaracterizou totalmente, já não tem mais nada de candidata verde, alternativa. Não tem agenda própria, só reage, sempre com benevolência, às provocações da direita, seja sobre os sigilos bancários, a Casa Civil ou qualquer insinuação da direita.
Presta um desserviço fundamental à causa que supostamente representaria: é um triste fim do projeto de construir um projeto verde, uma alternativa ecológica, uma pauta fundada no equilíbrio ambiental para o Brasil. Tornou-se uma candidata vulgar, em que nem setores de esquerda descontentes com outras correntes conseguem se representar.
Uma vez mais uma tentativa de construir alternativa à esquerda deixa-se levar pelo oportunismo. Quantas vezes Marina denunciou o monopólio da mídia privada e seu papel assumido de partido político da oposição? Nenhuma. Quantas vezes afirmou que a imprensa é totalmente alinhada com uma linha radical de oposição, não deixando espaços para a informação minimamente objetiva e para o debate democrático da opinião pública? Nenhuma. Quantas vezes se alinhou claramente com a esquerda contra a direita? Nenhuma.
Nenhuma, porque já não está no campo da esquerda – e os aliados, incluídos os que fazem campanha par ao Serra, como Gabeira, entre outros, provam isso. Se situa em um nebuloso espaço da terceira via – refúgio do oportunismo, quando os grandes enfrentamentos polarizam entre direita e esquerda. Nenhuma, porque essa mesma imprensa golpista, monopolista, que a criticava tanto, agora lhe abre generosos espaços para desfilar seu rancor porque não foi a candidata do Lula e vê a Dilma ser promovida a continuadora do governo mais popular da história do país.
Esses 15 minutos de gloria serão sucedidos pela ostracismo, pela intranscendência. Depois de usada, sem resultados, pela direita, Marina voltará ao isolamento, o suposto projeto verde, depois de confirmado o amálgama eleitoreiro que o articulou, desaparecerá, deixando cadáveres políticos pelo caminho.
Blog do Emir.
"O último exorcismo" segue o tom de "Bruxa de Blair"
Procuro ver algo positivo mesmo quando um filme não é tão bom. Se o tom de documentário "realista" do filme não convence tanto, os protagonistas se destacam. Na história, o reverendo Cotton Marcus resolve registrar em um documentário o seu último exorcismo, escolhendo a ingênua Nell Sweetzer, filha de um fanático religioso.
A princípio, Cotton utiliza equipamentos eletrônicos para mostrar como é fácil simular uma possessão demoníaca, como quando usa gravadores com sons demoníacos para criar um ambiente de terror e crença de que o diabo realmente existe. Tudo dá certo até ele começar a perceber que existe mesmo um demônio no corpo de Nell, interpretada pela boa atriz Ashley Bell. Seu irmão, Caleb, desconfia de Cotton desde o início, mas sente o problema literalmente na pele, quando a irmã louca, insandecida e possuída esfaqueia-o.
Patrick Fabian no papel de reverendo também encarna bem o personagem, uma mistura de pregador de Igreja Universal com oportunista que tenta desmascarar toda a crença em exorcismo e que se dá mal.
O filme trás uma critica embutida ao fanatismo religioso que predomina no interior dos Estados Unidos, com pais que mal deixam seus filhos terem contato com o mundo exterior e que são avessos ao ensino tradicional, optando pelo ensino em casa (homeschooling). Se você não gosta de religiões e de fanatismo religioso como eu, ao menos vai gostar deste lado do filme, pois fica a lembrança de que sempre vão existir reverendos, pastores e padres muito charlatães que fazem de tudo para imbutir a crença no diabo nos pobres seguidores para ganharem dinheiro e benefícios. Sobre isto, o reverendo aparece segurando vultuosos maços de dólares, após o primeiro exorcismo "falso". Enfim, a história segue até Nell aparecer de surpresa no hotel onde o reverendo e os documentaristas estavam hospedados.
Possuída, Cotton decide levá-la para o hospital. Ao voltar para casa, nossa ingênua possuída por um demônio recebe agora uma verdadeira sessão de descarrego, digo, exorcismo, mas então uma ligação de um médico do hospital conta que ela estava grávida e a situação aparentemente muda. Durante o exorcismo, Cotton deduz que as tais possessões na verdade eram sintomas de vergonha de uma gravidez, que seria fruto de um rápido relacionamento com um rapaz de sua cidade. Mistério supostamente resolvido, Cotton vai embora com a equipe de filmagem mas para no café onde o alegado pai do bebê trabalha. O reverendo fica perplexo ao perceber que obviamente ele não era o pai da criança, pois o garoto é gay. Ao voltar para a casa dos Sweetzer, a bagunça está instalada e ocorre o que eu conto um pouco mais abaixo.
Atenção, spoilers-não leia se não quiser saber o final do filme:
O final do filme é decepcionante, com um grande clima de "e daí?" deixado no ar.
Contando com um baixo orçamento, os roteiristas e o diretor colocaram o pastor da igreja local da cidade da possuída Nell para fazer uma espécie de ritual satânico para tirar o feto que ela carregava, que era o que a deixava possuída em questão (??). Isto não tem nenhum sentido nem para o roteiro e nem para a história dos exorcismos, que obviamente sempre envolveram questões psicológicas.
Os membros da equipe de filmagem que acompanhavam o reverendo Cotton são assassinados por fanáticos religiosos (??) e o reverendo ao que parece morre nas chamas da fogueira onde o filho do demônio retirado de Nell foi atirado.
As cenas de possessão da garota não trazem nada de novo, para quem já assistiu "O exorcista", caindo algumas vezes em alguns clichês de filmes de terror, como " a garota assustadora no corredor", mas ainda assim são capazes de dar alguns sustos.
Se você estiver com dinheiro sobrando, assista. Se não, procure assistir clássicos do tema, como o "O exorcista", de 1973.
Trailer:
Serra isenta Dilma de envolvimento com denúncias na Casa Civil
São Paulo - A coligação de oposição "Brasil Pode Mais" isenta a candidata Dilma Rousseff (PT) de envolvimento nos casos de lobby e tráfico de influência na Casa Civil, que levaram à demissão da ex-ministra Erenice Guerra. A posição está expressa na defesa apresentada pela chapa encabeçada por José Serra (PSDB) ao pedido de direito de resposta demandado pelos governistas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou a demanda do PT.
O processo originou-se no pedido da coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" pelo uso, no programa eleitoral no dia 18 de imagens da revista Veja com menções a denúncias sem comprovação e ainda em fase de investigação. A análise dos partidários de Dilma é que se tratava de "propaganda eminentemente difamatória e negativa", voltada a "degradar a honra e a imagem da candidata".
Na defesa de Serra, a alegação foi de que se tratou apenas de "exercício do direito de crítica". "Não há, nem na revista, nem na propaganda a mais remota sugestão de que Dilma estivesse envolvida nos supostos ilícitos descritos".
Por isso, o ministro Henrique Neves, que julgou o pedido, descartou o direito de resposta. "As alegações e afirmações (...) não apontam fato determinado em relação à candidata Dilma Rousseff", concluiu. A deliberação foi tomada pelo relator e não pelo pleno do TSE, por causa do julgamento do da aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal (STF).
Brasil atual
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Vox Populi/Band/iG: Alckmin cai e vitória no 1º turno é ameaçada
O cenário de vitória do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) logo no primeiro turno, em São Paulo, está ameaçado, de acordo com a mais recente pesquisa Vox Populi/Band/iG. O tucano perdeu nove pontos em relação ao último levantamento, em agosto, e conta agora com 40% das intenções de voto – exatamente a soma do desempenho dos quatro principais adversários.
O senador Aloizio Mercadante, do PT, foi quem mais cresceu: saltou de 17% para 28% entre agosto e setembro. Celso Russomano (PP) oscilou dois pontos para baixo e aparece agora com 7%. Paulo Skaf (PSB), que antes tinha 1%, soma agora 3%. Fábio Feldmann, do PV, tem 2% das preferências. Com o cenário, fica no limite a possibilidade de a disputa ser decidida no primeiro turno. Em julho, a distância de Alckmin em relação à soma dos demais candidatos era de 18%.
A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. A pesquisa, registrada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.704/10, ouviu 1.500 pessoas entre os dias 18 e 21 de setembro.
O índice dos que se dizem indecisos ou não responderam à pesquisa é de 13% em São Paulo, ainda segundo o Vox Populi. Brancos e nulos somam 7%.
Último Segundo.
Nova pesquisa Ibope: Dilma ainda vence no 1o turno
A candidata Dilma Rousseff (PT) lidera a disputa pela Presidência da República com 50% pontos percentuais. José Serra (PSDB) tem 28% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope de intenção de voto divulgada nesta sexta-feira (24) pela TV Globo. De acordo com a pesquisa, Marina Silva (PV) tem 12%.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 202 municípios de 21 setembro a 23 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso quer dizer que Dilma pode ter entre 48% e 52%; José Serra, entre 26% e 30%; e Marina Silva, entre 10% e 14%.
Segundo o Ibope, considerando apenas os votos válidos, Dilma seria eleita no primeiro turno, se a eleição fosse hoje. A vantagem de Dilma sobre os demais candidatos caiu de 14 para 9 pontos percentuais. No levantamento anterior do Ibope, divulgado no dia 17 de setembro, Dilma tinha 51%, e Serra, 25%.
G1.
Comentário:
A pesquisa demonstra que o voto de Dilma está muito consolidado. Talvez Serra tenha oscilado um ponto além da margem de erro, mas considerando apenas os votos válidos, a candidata do presidente Lula está bastante à frente de Serra e Marina. Mesmo com a recente onda de ataques do PSDB e de denuncismo, o eleitor de Dilma não vê razões para mudar o voto.
Margem de erro agora é virada. Chama o homem-legenda!!
Do excelente site de sátira "Falha de São Paulo":
Dilma e Serra oscilaram na margem de erro no Datafolha (que já é aquela beleza de credibilidade, mas vá lá). A manchete foi a seguinte:
Aí chamamos o homem-legenda!
Ou, indo direto ao assunto, mais ao estilão do homem-legenda…
ENQUANTO ISSO, NO MUNDO REAL…
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