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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dilma Roussef no "Bom Dia Brasil"-21 de setembro






Em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, a candidata à presidência Dilma Rousseff defendeu o papel do Estado como indutor do desenvolvimento em parceria com a iniciativa privada. Destacando o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ela lembrou que o Brasil superou a fase da falta de crédito de longo prazo para financiamento de grandes obras de infraestrutura.

“Nós acreditamos na força da iniciativa privada no Brasil. Só não achamos que o Estado, por isso, não tem de estar presente, dando as condições para o investimento. Hoje, nós temos crédito de longo prazo graças ao BNDES”, afirmou, explicando que, antes do governo Lula, os empréstimos com prazo maior eram de cinco anos, o que impedia investimentos em hidrelétricas, gasodutos e refinarias de petróleo.

Segundo Dilma, o Brasil desfruta hoje de condições para avançar também nos investimentos sociais. Ela alertou que o presidente Lula assumiu o governo com dificuldades nas contas públicas, inflação a 12% ao ano, uma alta dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e uma taxa de crescimento da economia baixa.

A mudança, disse Dilma, foi consolidada no segundo mandato do governo Lula, ou seja, a partir de 2006. “Foi quando a gente conquista todas as condições para colocar o investimento na ordem o dia e gerar emprego.”

Além das obras de saneamento que já começaram com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), serão construídas 6 mil creches, 2 milhões de moradias populares e 500 UPAs (Unidades de Pronto-atendimento) no seu governo. “Eu acho que uma das coisas mais graves é fato de a gente não ter investido em saneamento. Os gastos com saneamento nos períodos passados eram pífios e nós elevamos este investimento em três vezes”, ressaltou.

Casa Civil

Na entrevista, Dilma voltou a defender rigorosa apuração das acusações de suposto tráfico de influência na Casa Civil que envolvem a ex-ministra Erenice Guerra. A candidata advertiu, no entanto, que não há provas de “atos inidôneos”.

“Eu até hoje nunca vi nenhuma prova e nenhuma ação inidônea da ex-ministra. Isso não significa que não tenham que ser apuradas. Eu posso dizer com absoluta franqueza. Eu nunca aceitei nem nomeação de parente ou por critérios de amizade. Mas eu quero que se apure o nível de responsabilidade da ex-ministra Erenice neste caso”, concluiu.

Fonte.

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