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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Igreja católica e lavagem de dinheiro

Itália confisca 23 milhões depositados em violação a regras contra lavagem de dinheiro



Vera Gonçalves de Araújo

Já acossado por acusações contínuas de abusos sexuais de menores por clérigos que mergulharam a Igreja Católica em sua maior crise das últimas décadas, o Vaticano viu-se ontem envolvido em mais um escândalo com potencial destrutivo para sua imagem.

Mal o Papa Bento XVI regressou de uma contestada viagem ao Reino Unido, um tribunal de Roma decretou o sequestro de 23 milhões depositados pelo Banco do Vaticano, o Instituto para Obras Religiosas (IOR), no banco italiano Credito Valtellinese.

Segundo os magistrados romanos, o IOR não respeitou as normas europeias contra a lavagem de dinheiro.

O diretor e o presidente do instituto, Ettore Gotti Tedeschi — que responde por suas ações a um colégio de cinco cardeais nomeados pelo Papa, entre eles o secretário de Estado — deverão revelar aos juízes os nomes dos dois clientes que depositaram a quantia alguns dias atrás, e explicar por que o IOR não informou aos parceiros italianos a identidade e a finalidade da operação.

Tal providência é requerida pelas normas da União Europeia contra a reciclagem do dinheiro sujo da máfia e das organizações terroristas. No total, foram bloqueados dois depósitos: um de 20 milhões e outro de 3 milhões.

Desde a sua fundação, em 1942, o IOR desempenhou suas atividades financeiras sem controle de organizações independentes ou de governos. As únicas autoridades que tinham acesso às informações eram as da Santa Sé.

Por iniciativa de Bento XVI e com a escolha de Gotti Tedeschi como presidente, o Banco do Vaticano lançou uma "operação transparência", chegando a um acordo com a União Europeia e acatando as normas vigentes contra a reciclagem.

Em 2003, o Supremo Tribunal italiano decretou a jurisdição da Itália nos negócios do IOR.

Para punir violações como as cometidas pela cúpula do IOR, a lei italiana prevê prisão de seis meses a um ano e uma multa entre 5.000 e 500 mil.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.vaticanbankclaims.com/

O Vaticano responde processo por receptação e lavagem de dinheiro de nazistas. (em especial os ustasha - nazi croatas). os ustasha, em parceria com o clero, cometeram atrocidades que chocavam até mesmo as SS! Quando o Eixo caiu em 1945, vários nazis e ustasha fugiram pra Roma onde foram acolhidos pelo Vaticano.....