O Ministério Público Eleitoral encaminhou à Justiça Eleitoral uma ação de investigação contra o tucano. Entre os pedidos da Promotoria está a cassação do registro de candidatura ou da diplomação de Junior.
O MP solicitou também que o prefeito eleito e o pai dele, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz, sejam declarados inelegíveis por um período de oito anos.
A ação foi baseada em inquéritos instaurados pelo Ministério Público de São Paulo para investigar possíveis fraudes em licitações da FDE (Fundação para Desenvolvimento do Estado), presidida pelo ex-prefeito.
Um desses inquéritos motivou uma ação de improbidade administrativa contra os tucanos, acusados de facilitar a formação de um cartel de empresas para atuar em certames da FDE. Em troca, Junior receberia 5% do valor de cada contrato firmado.
No início do mês, a Vara da Fazenda Pública da Capital determinou o bloqueio de bens dos tucanos e afastou o ex-prefeito da presidência da FDE.
O prefeito eleito nega as acusações do MP (leia texto nessa página).
Acusação. De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral de Taubaté, Ortiz Junior usou o dinheiro recebido como ‘propina’ para financiar sua campanha.
Segundo apurou O VALE, além de analisar a documentação enviada pelo MP de São Paulo, a Promotoria de Taubaté realizou diligências e ouviu outras testemunhas nas últimas duas semanas.
A ação foi protocolada no domingo, às 17h08, minutos depois do fim da votação --a estratégia teria sido adotada para não influenciar no resultado das urnas.
Além da inelegibilidade e da cassação do registro, o MP pediu à Justiça Eleitoral a aplicação de multa aos tucanos e a invalidação dos votos recebidos pela coligação na eleição majoritária.
Como Junior obteve mais de 50% dos votos válidos (o tucano foi eleito com 62,92% dos votos válidos), caso o pedido seja aceito, o pleito terá que ser invalidado, e uma nova eleição terá que ser realizada.
Andamento. A Justiça Eleitoral ainda não analisou o pedido do Ministério Público.
Procurado por O VALE, o promotor eleitoral Antonio Carlos Ozório Nunes, responsável pela ação, preferiu não comentar o caso.
Isto não é por acaso. O PSDB é o partido que mais teve candidatos barrados pela lei da ficha-limpa em 2012 e está envolvido em escândalos por todo o país. Os eleitores de Taubaté foram exaustivamente alertados sobre os problemas legais do tucano, mas ignoraram-nos e votaram nele. Agora correm o risco de perder seus votos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário